domingo, 16 de fevereiro de 2014

"DESMÃEME" NOTURNO - A AVENTURA CONTINUA !

Muito tempo sem escrever... Muita coisa para falar... Muita gente me pedindo novos posts...
Nem sei por onde começar.
Vou ter que ler o último texto para a achar o fio da meada, para me encontrar no meio de tantas mordidas, cabeçadas, cocos, cocós, Vovôs e Tatás, nesta simbiose que parece não ter nem começado a chegar perto do início do começo do fim. Simbiose que me proporciona beijos ardentes depois de dentadas ardidas mesclado com uma profunda tristeza e dor e ao mesmo tempo raiva e MUUUUITO, mas MUUUUITO amor.
Pronto ! Me achei !
Ian estava ainda na nossa cama depois de 5 meses dormindo conosco comprovando que a simbiose não está só na literatura e que vivemos de fato essa mistura de corpos, ares, salivas, sonhos e emoções.
Eu tinha uma viagem a trabalho planejada para o fim de Outubro e pela primeira vez em nossas vidas passaríamos duas noites distantes. Ia participar de um evento num super Resort da Praia do Forte na Bahia e entre biquines e protetor solar guardava na minha bagagem uma profunda angústia da separação e do medo do desmame.
"Será que Ian esqueceria a existência do meu peito em dois dias?
Esquecendo meu peito ele vai passar a dormir  a noite inteira nos permitindo voltar a comemorar a chegada da lua, certos de noites de descanso de fato?
Mas eu não quero parar de amamentar ainda... No fim do ano vamos para Montevidéu, 3 horas de vôo! Como segurar Ian em um avião sem peito?
Mas desmamar talvez seja bom, Ian é apegado de mais a mim, é  um viciado."
Essas entre muitas outras dúvidas povoaram minha cabeça durante dias.
Na volta da viagem Ian passaria a dormir em seu quarto. Láááááááááá em cima, do ooooooutro lado da casa, beeeeeeem distante do papai e da mamãe.
Isso era certo. Estavámos decididos a tirar Ian da nossa cama inclusive com sob orientação e total apoio da minha psiquiatra que me deu um monte de motivos "acadêmicos" para o bem do Rebentão.
Nas duas noites que dormi em berço esplêndido no quarto luxo e poder do Resort onde o evento aconteceu, tirei leite antes de me deitar para o peito não ficar grandão e correr o risco de empedrar. Fiquei abismada com a quantidade de gordura que saiu de dentro de mim e tive certeza de que o volume de dobras do corpo do meu Bolão está totalmente relacionado com o chantilly que eu produzo, afinal Ian come pouco.
A pia  do banheiro onde eu despejei meu néctar virou uma bacia de sebo. Tive que passar shampoo do hotel para tirara a "manteiga" da cerâmica sem deixar marcas da minha ordenha.
Senti muita pena das mulheres que tem a ordenha manual integrada na rotina puerperal. Ô coisa chata e demorada de fazer! Mas não deixa de ser muito louco ver leite saindo do corpo mesmo depois de um ano e meio de parir.
Ainda tenho leite...
Pensar em dormir duas noites inteiras foi um dos motivos que me fez aceitar o trabalho que me rendeu muito pouco dinheiro, e minha decepção com meu sono foi enorme a cada despertar na madrugada das duas noites longe do calor do corpo de Ian.
Acordei muitas vezes durante as noites e em uma delas "fritei" horas até  o amanhecer.
Nas duas noites sem mim Ian acordou várias vezes também. Na primeira noite na casa da Vovó só com ela, acordou umas cinco vezes e Dona Regina teve como saber o que não viveu quando nos teve a mim e minhas duas irmãs. Era Eva, nossa babá que mora na casa da minha mãe há 43 anos, quem passava as noites conosco. Mas meu diário não relata noites tortuosas, as memórias de minha mãe não descrevem meu sono movimentado como de seu neto.
Dizem que as mulheres dormem melhor que os homens.
Assim como dizem que andam e falam mais rápido e desmamam mais cedo também.
Será que existem pesquisas que comprovam essas lendas?
Minha mãe chegou a dar uma banana para Ian no meio da noite achando que ele sentia fome e que acordava por esse motivo.
Na segunda noite dormiu com meu amor em casa e aprontou um berreiro de uma hora sem parar ao despertar pela primeira vez e detectar que mamãe não estava. E depois dormiu a noite toda exausto da produção de lágrimas.
Na volta para São Paulo viveríamos duas mudanças revolucionárias. Levar Ian para seu quarto e não dar de mamar na madrugada cada vez que ele acordasse.
Assim ficou acordado entre as partes. No caso as partes éramos eu e Galdino.
Ian precisava aprender a dormir sem meu peito  e voltar a dormir sem o mesmo.
Para o bem dele.
Para o bem da minha saúde física e mental.
Para o bem geral da nação De Toledo Galdino.
Voltei de viagem na manhã de um sábado e fomos passar a tarde na piscina da casa da minha irmã mais nova que é madrinha de Ian. Ao sol da Vila Leopoldina na beira da piscina Ian manisfestou vontade de mamar puxando o meu biquine e falando mamã, mama, mamá e todas as variações de acentuação do mesmo tema.
Lógico que botei as tetas para fora da lycra e permiti que Ian matasse a saudade de meus mamilos.
Senti olhares de reprovação...
Mas dei continuidade no jogo de prazer, sucção e muito amor que a amamentação proporciona à díade mãe e filho.
A noite do dia 28 de Outubro foi a pior de toda a minha vida o que não vem ao caso me estender e desenvolver o tema. Mas também foi uma noite importantíssima para transformar definitivamente nossas vidas. Jamais me esquecerei desta data.
Durante uma semana eu dormi com Ian em seu quarto onde foi colocado no lugar de um colchão de solteiro no chão, um futon gostoso e grande o suficiente para um corpo adulto e um corpo de mini pessoa.
Não só não deixei que Ian mamasse na madrugada como não deixei que ele dormisse mamando. Quando percebia que eles estava quase dormindo, tirava o meu peito dele e contava história fazendo carinho no pé e na cabeça.
Na semana seguinte foi a vez de Galdino dormir no andar de cima da casa com nosso herdeiro.
Na terceira semana Galdino  dormiu no escritório que fica ao lado do quarto de Ian para que ele se acostumasse com a solidão de seu quarto infernalmente quente.
O próximo passo seria deixar Ian de vez sozinho em seu quarto iluminado pela pequena lâmpada  de led da câmera da babá eletrônica.
Ele dormiu pouco menos de um mês durante toda a noite e sem mamar. E se acordava dormia rapidamente após "mamar água" em seu copinho de transição que se tornou tão importante quanto os paninhos, travesseirinhos e ursinhos de muitas crianças. O copinho de transição é o objeto transicional de Ian até hoje.
Ao final do mês de outubro eu e Ian faríamos uma viagem com minha mãe para o interior de São Paulo onde ela tem fazenda. Passaríamos dois dias em Mirassol para a festa de noventa anos de uma tia avó e depois seguiríamos para a Nova Providência apresentar Ian às vacas, bois, bezerros, pássaros, besouros e toda a fauna e flora deliciosamente receptiva a um bebê engatinhante e curioso da cidade grande.
Papai que havia ficado em São paulo por causa de trabalho e de comemorações de fim de ano, não suportou de saudades e pegou um ônibus até Planalto, a cidade mais próxima da Nova Providência dando continuidade a simbiose da tríade papai/mamãe/bebê.
Nos dias que seguiram à chegada do papai, Ian passou a acordar mais vezes durante a noite. Na primeira achei que ele tivesse ficado excitado com a chegada de Galdino, nas outras eu não encontrava explicação e automaticamente lembrava da minha psicóloga dizendo:
- " Legal Veri! Que bom que vocês estão dormindo bem há dias e que Ian não tem acordado para mamar. Mas saiba que isso pode mudar a qualquer momento pois não há regras para o universo dos bebês. Não é um balde de água fria, é um alerta."
Passeando de carrinho com meu Ian no piquete frente o alpendre da casa construída por meus avós, apresentei as cagadas das vacas, cavalos, bois e bezerros da pequena criação de minha mãe e a partir de então tudo no chão passou a ser coco. Coco era coco, pedra era coco, frutas caídas dos pés eram coco, ciscos no chão eram coco, xixi continuava sendo coco e coco passou a ser mais coco que nunca !
Todos os pássaros eram cocó, a lua foi descoberta e verbalizada pela primeira vez em uma noite linda e estrelada e minha mãe em uma dedicada campanha para que Ian falasse papai.
Dos oito dias que ficamos na fazenda não me lembro de ter vestido Ian uma única vez. Que delícia poder deixá-lo peladinho, livre para brincar e descobrir belezas e curiosidades do mundo.
Na volta a São Paulo Galdino voltou a dormir no quarto com Ian por achar mais gostoso, prático, seguro e cômodo e acalmou nosso filhinho a cada despertar com carinhos e beijos.
Ian foi batizado na Catedral Nossa Senhora do Paraíso no dia 13 de Dezembro e por um instante a minha fé cristã acreditou que agora sim Ian dormiria bem para sempre. Lendas dizem que é preciso batizar para  que bebês durmam bem.
Poucos dias depois embarcamos para Montevidéu para uma passagem de sete dias pela cidade.
Nosso hotel tinha piscina aquecida, coberta e salinizada. Nosso quarto tinha banheira de hidromassagem e enquanto eu planejei a viagem tive certeza de que essa água toda chaparia Ian todas as noites pois faríamos um "balneário´s tour" todos os fins de tarde visando um sono perfeito.
É lóóóóóógico que não foi o que aconteceu. Na primeira noite, Ian excitadíssimo com o painel de controle de luz da parede sobre a cama, com o rádio relógio que ele aprendeu a ligar e desligar e com o espaço do quarto enorme do hotel que escolhemos para que justamente ele pudesse engatinhar livremente, foi conseguir dormir somente ás 23:00 hs !!!!!!!!!!!
Quando ele espertamente percebeu que eu queria poupar os vizinhos de quarto de sua reclamação por teta, e que não deixaria ele chorar, passou a acordar para dar umas mamadas e assim seguimos até o fim das férias de um mês que estivemos também em Visconde de Mauá e em Angra dos Reis.
Além de precisar e querer dormir nas férias, minha noção de cidadania não me permitiu pensar na possibilidade de dar continuidade ao treino de desmame noturno para o bom sono de Ian nesta fase "Vacaciones".
Eu quando solteira e sem filhos ficava muito incomodada com choro de crianças em hotéis e pousadas em temporadas onde o silêncio era muito importante para mim.
Na semana em Montevidéu fui eleita por Ian a mulher mais linda, rica e magra do mundo. Todas as modelos, manequins e atrizes famosas de outdoors, cartazes de supermercados e farmácias, anúncios nos pontos de ônibus e capas de revista para ele eram "mama".
Todos os pássaros continuavam sendo Cocó,os cachorros Au Au, os gatos também, todos os senhores, ou homens barrigudos, ou carecas, ou de barba eram vovô e todos os bonecos, palhaços e Papais Noel eram Tatá.
Porque Tatá?
Ian ganhou dois fantoches do Patati Patatá de uma grande amiga e Maria que trabalha uma vez por semana limpando nossa casa lhe ensinou a falar "Patatá". A brincadeira é: Ela fala Patati e ele responde Tatá.
Depois Papai Noel virou vovô também, pedras entre muitas outras coisas continuaram sendo coco e eu continuei sendo uma mulher linda, famosa e rica até nossa chegada ao Brasil.
Depois a carruagem virou abóbora e eu passei a ser uma reles mortal até o fim das férias.
Nossas viagens foram divinas. Conhecemos pessoas legais nos três destinos que estivemos e em Angra Ian conheceu seu terceiro amor.
Quais são o primeiro e o segundo?
O primeiro foi Maria Fernanda Cândido, hoje minha amiga, quando nos conhecemos no verão passado em uma pousada de Paúba.
O segundo amor foi Paloma Bernardi em Julho do ano passado quando fui fazer um longa na Ilha de Guriri no Espírito Santo e o terceiro foi Tetê! Maria Teresa ! Uma menina lindinha de 5 anos que esteve com sua família na Pousada da Figueira em Angra dos Reis durante os mesmos dez dias que estivemos por lá.
Outro dia vendo fotos no lap top reconheceu Tetê e disparou; Tetê Tetê Tetê Tetê Tetê.
Mas agora ele já arranjou um novo amor. O quarto! Gabi, uma menina linda de sete anos que ele conheceu na Praça Irmãos Karman.
Babi Babi Babi Babi Babi Babi Babi Babi. E assim que ele desembesta a falar quando digo que vamos passear na Avenida Sumaré.
Achamos que Ian voltaria das férias andando afinal teria uma praia em frente nosso quarto onde ele poderia treinar sua passadinhas e cair sem risco de se machucar.
Voltou para São Paulo engatinhando ainda melhor e mais velozmente e com novas técnicas para pisos ásperos. Andava com a bunda empinada para cima sempre que seu joelho se incomodava com pedregulhos e irregularidades.
E o sono ?
Minhas tetas me permitiram dormir até 8:00 algumas manhãs e durante algumas tardes ao ventinho geladinho e gostoso do ar condicionado de nossos quartos.
Na volta à vida real deixaríamos o Bolón dormindo de uma vez por todas sozinho em seu quarto e o monitor da babá eletrônica com câmera passaria a ocupar na nossa cama de casal um lugar que já foi dele.
Na madrugada do dia que voltamos para São Paulo minha avó morreu e eu não consegui chegar no crematório a tempo de participar da cerimônia. Na verdade a morte dela foi um alívio para todos, ela era demente e "inexistia" há muitos anos. Pedi muito que Deus a levasse mas na hora que a morte foi anunciada como fato; chorei !
No dia seguinte a nossa chegada e morte da minha avó, eu e Galdino fomos assaltados sob ameaça de uma espingarda em frente a casa da minha mãe poucos minutos antes da meia noite e vimos nosso carro com bolsas , Iphones, carrinho do Ian, cadeirinha do Ian e os programas do espetáculo que havíamos acabado de assistir no Tuca Arena fazerem a curva a esquerda na Agostinho Cantú sentido Cidade Universitária.
Nos levaram tudo mas a boa notícia é que o mais importante de tudo, Ian, estava dormindo tranquilamente no berço da casa da vovó.
Tive a nítida sensação de que ele sentiu tudo pois quando acordou passou a mão no meu rosto e voltou a dormir abraçado a mim depois de mamar como nunca havia feito. Ele estava me acalmando e dizendo; " Está tudo bem, eu estou aqui".
E cada vez que eu senti ódio dos assaltantes, do Brasil, do Lula e toda sua corja entre outras coisas inclusive de mim que fui distraída e um tanto responsável por ter sido assaltada, pensava : "Ian está aqui, ele não estava no carro, se estivesse poderia ter sido levado pelos bandidos, mas não foi. Ele está aqui e bem!" e pensar nele me acalmou muitas vezes.
Durante duas semanas Ian ficou um tanto abandonado no meio de MUUUUITOS telefonemas para corretora do seguro do carro, seguradora do carro, locadora de carro reserva do seguro, centrais de bancos para o cancelamento de cartões de débito e crédito de conta física e jurídica e sustação de talão de cheque, Polícia, idas a delegacia, tentativas de B.O por internet, testes de publicidade, testes na TV Cultura, e mais telefonema e idas a Qualicorp e PROCON e MUUUUUITOS e -mail e ligações para o filho da puta de um corretor de plano de saúde que por irresponsabilidade e incompetência cometeu um grave erro que fez o nome de Galdino ir parar no SPC !!!!
Imaginem Ian no meio disso depois de um mês em que toda a nossa atenção esteve completamente voltada para ele e tudo foi feito em função dele.
Tadinhooooooo...  O que ele reclamou por nossa falta de atenção.
Agora... Imaginem o sono de Ian no meio disso tudo.
Ele passou a ter ataques e chiliques noturnos não aceitando ter Galdino a seu lado de forma alguma aprontando berreiros histéricos na madrugada enquanto batia a cabeça na parede e tentava morder o pai.
Ahhhhhhh ! Tem as mordidas ! Estava me esquecendo de falar sobre elas e as marcas que hoje carrego no meu ombro esquerdo por conta das garras de Ian que descobriu uma arma poderosa a beça; seus dentes e a eficácia de uma mordida.
Ian vem me mordendo há meses em circunstancias diversas. Por revolta quando é contrariado, por sono, por fome, por cansaço, por alegria. Um saco !!! Nossa como fui mordida!
Voltando às noites chiliquentas e histéricas! A solução foi voltar a dormir com Ian para que ele não rachasse a cabeça na parede antes de completar dois anos de vida.
Estamos no futon de seu quarto infernalmente quente, cercados de umidificador de ar e ventilador, misturando nosso suor e ares respirados das noites pelantes que São Paulo vem nos "presenteando".
Ele continua acordando uma , duas vezes na noite e então eu faço carinho em sua cabeça e  "pé bisnaga", canto e algumas vezes ele dorme rápido. Outras ele se revolta, tenta me morder, bate a cabeça na parede...
O que eu faço?
Algumas vezes abraço ele muito forte e o impeço de se machucar, outras não faço nada e vejo até onde vai sua capacidade de me chantagear, essa noite por exemplo acendi a luz para ver o que acontecia e pude perceber o quanto ele se encontrava em um estágio de "in-consciência" muito louco. Ele só acalmou quando enfiou a cabeça dele embaixo do meu peito de um jeito também muito louco, como um pintinho nas asas da galinha.
Amanhã meu pintinho completa um ano e seis meses. Há três dias ele começou a andar.
Nunca movi uma palha para que ele andasse, não estava fazendo a menor questão que ele deixasse de ser um quadrupede já que andará para o resto da vida.
Mas alguns na família já estavam começando a se preocupar e manifestar um certo incomodo com o fato de Ian estar "atrasado"...
Aiiiiiiiiii que preguiça de tudo isso ! Da literatura do livro mais elaborado do mundo ao site mais chinfrim  sobre maternidade fala-se em não forçar e nem acelerar o processo de um bebê a fim de que ele passe a ser um bípede no momento que nós escolhemos.
Mas mesmo agindo assim, falamos sobre o assunto com o pediatra em uma consulta de rotina que aconteceu dois dias antes de Ian simplesmente se levantar do chã sem apoio algum e dar três passos sozinho em minha direção. E mais uma vez ouvi a famosa frase: " cada bebê tem seu tempo".
Confiante na crença que muitos tem a respeito da agitação que antecede os famosos "SALTOS" , fui para o futon na na noite do dia 13 de Fevereiro segura de uma noite de sono sem interrupção alguma, afinal Ian foi batizado, não mama mais durante a madrugada e deu um salto importantíssimo; começou a andar!
Lóóóóóógico que o sono de Ian não agiu de acordo com os pedidos de minhas orações e no decorrer da madrugada regressa à consciência dos despertos, identifiquei que para meu rebento muitas coisas ainda são coco pois ele chorando dizia: " mamãe coco coco coco papai coco coco coco". E ele não havia feito coco, estava querendo dizer outra coisa, algo mais...
Apesar de seu repertório de palavras ter crescido nestas últimas quatro semanas, mamãe e papai são as prediletas para serem faladas ininterruptamente sem parar há de eternum sem intervalo infinitamente.
Cocó continua sendo todas as aves, Tatá todos os palhaços e bonecos, coco continua sendo coco entre muitas coisas, assim como mamãe que também passou a ter novos significados.
E eu ?
Continuo sendo mamãe e algumas vezes só mãe e continuo dormindo no quarto de Ian.
Não tão linda como as modelos e atrizes dos outdoors de Montevidéu e nem tão magra e famosa quanto gostaria mas cada dia mais amada pela pessoa mais importante desse mundo.
Ian Ian Ian Ian Ian Ian Ian Ian Ian Ian Ian Ian ... Ian ...    ....   Ian ................... Ian.... Ian     IAN !









3 comentários:

  1. Adorei o post!!! Como as crianças mordem, né? Aqui também é assim. Estamos ensinando o Davi a adormecer sozinho, ele também tem dado uns shows.... Não sei se você conhece esse blog, mas é bem bacana, tem este texto sobre sono dos bebês que se não fosse trágico seria cômico: http://tudosobreminhamae.com/blog/2013/10/26/eu-li-todos-os-livros-de-como-fazer-beb-dormir .
    Adorei ler você novamente!
    Bjos Ká.

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  2. Oi Karina !
    Que bom que vc continua fiel a mim mesmo eu tendo estado tão relapsa em relação ao BLOG...
    Obrigada por continuar "me lendo" e por gostar do que escrevo.
    Vou entrar nesse blog sim !
    Quem sabe será minha salvação?!!!
    beijosss e boas mordidas
    Veri

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  3. hehehe....
    Esse texto na verdade, é um resumo contraditório de todas as técnicas "infalíveis" de fazer os bebês dormirem.... Beijos!!!

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