tag:blogger.com,1999:blog-73753467644929122942024-03-05T03:30:39.745-08:00"Meu Trabalho é um Parto"Desenvolvido para promover a comunicação da Atriz
Veridiana Toledo, criadora do espetáculo
" Meu Trabalho é um Parto", com as pessoas interessadas nos milhares de assuntos que os temas GRAVIDEZ e MATERNIDADE proporcionam.Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.comBlogger36125tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-19305865227510516072014-02-16T09:28:00.001-08:002014-09-24T12:09:59.606-07:00"DESMÃEME" NOTURNO - A AVENTURA CONTINUA !Muito tempo sem escrever... Muita coisa para falar... Muita gente me pedindo novos posts...<br />
Nem sei por onde começar.<br />
Vou ter que ler o último texto para a achar o fio da meada, para me encontrar no meio de tantas mordidas, cabeçadas, cocos, cocós, Vovôs e Tatás, nesta simbiose que parece não ter nem começado a chegar perto do início do começo do fim. Simbiose que me proporciona beijos ardentes depois de dentadas ardidas mesclado com uma profunda tristeza e dor e ao mesmo tempo raiva e MUUUUITO, mas MUUUUITO amor.<br />
Pronto ! Me achei !<br />
Ian estava ainda na nossa cama depois de 5 meses dormindo conosco comprovando que a simbiose não está só na literatura e que vivemos de fato essa mistura de corpos, ares, salivas, sonhos e emoções.<br />
Eu tinha uma viagem a trabalho planejada para o fim de Outubro e pela primeira vez em nossas vidas passaríamos duas noites distantes. Ia participar de um evento num super Resort da Praia do Forte na Bahia e entre biquines e protetor solar guardava na minha bagagem uma profunda angústia da separação e do medo do desmame.<br />
"Será que Ian esqueceria a existência do meu peito em dois dias?<br />
Esquecendo meu peito ele vai passar a dormir a noite inteira nos permitindo voltar a comemorar a chegada da lua, certos de noites de descanso de fato?<br />
Mas eu não quero parar de amamentar ainda... No fim do ano vamos para Montevidéu, 3 horas de vôo! Como segurar Ian em um avião sem peito?<br />
Mas desmamar talvez seja bom, Ian é apegado de mais a mim, é um viciado."<br />
Essas entre muitas outras dúvidas povoaram minha cabeça durante dias.<br />
Na volta da viagem Ian passaria a dormir em seu quarto. Láááááááááá em cima, do ooooooutro lado da casa, beeeeeeem distante do papai e da mamãe. <br />
Isso era certo. Estavámos decididos a tirar Ian da nossa cama inclusive com sob orientação e total apoio da minha psiquiatra que me deu um monte de motivos "acadêmicos" para o bem do Rebentão.<br />
Nas duas noites que dormi em berço esplêndido no quarto luxo e poder do Resort onde o evento aconteceu, tirei leite antes de me deitar para o peito não ficar grandão e correr o risco de empedrar. Fiquei abismada com a quantidade de gordura que saiu de dentro de mim e tive certeza de que o volume de dobras do corpo do meu Bolão está totalmente relacionado com o chantilly que eu produzo, afinal Ian come pouco.<br />
A pia do banheiro onde eu despejei meu néctar virou uma bacia de sebo. Tive que passar shampoo do hotel para tirara a "manteiga" da cerâmica sem deixar marcas da minha ordenha.<br />
Senti muita pena das mulheres que tem a ordenha manual integrada na rotina puerperal. Ô coisa chata e demorada de fazer! Mas não deixa de ser muito louco ver leite saindo do corpo mesmo depois de um ano e meio de parir.<br />
Ainda tenho leite...<br />
Pensar em dormir duas noites inteiras foi um dos motivos que me fez aceitar o trabalho que me rendeu muito pouco dinheiro, e minha decepção com meu sono foi enorme a cada despertar na madrugada das duas noites longe do calor do corpo de Ian.<br />
Acordei muitas vezes durante as noites e em uma delas "fritei" horas até o amanhecer.<br />
Nas duas noites sem mim Ian acordou várias vezes também. Na primeira noite na casa da Vovó só com ela, acordou umas cinco vezes e Dona Regina teve como saber o que não viveu quando nos teve a mim e minhas duas irmãs. Era Eva, nossa babá que mora na casa da minha mãe há 43 anos, quem passava as noites conosco. Mas meu diário não relata noites tortuosas, as memórias de minha mãe não descrevem meu sono movimentado como de seu neto.<br />
Dizem que as mulheres dormem melhor que os homens.<br />
Assim como dizem que andam e falam mais rápido e desmamam mais cedo também.<br />
Será que existem pesquisas que comprovam essas lendas?<br />
Minha mãe chegou a dar uma banana para Ian no meio da noite achando que ele sentia fome e que acordava por esse motivo.<br />
Na segunda noite dormiu com meu amor em casa e aprontou um berreiro de uma hora sem parar ao despertar pela primeira vez e detectar que mamãe não estava. E depois dormiu a noite toda exausto da produção de lágrimas.<br />
Na volta para São Paulo viveríamos duas mudanças revolucionárias. Levar Ian para seu quarto e não dar de mamar na madrugada cada vez que ele acordasse.<br />
Assim ficou acordado entre as partes. No caso as partes éramos eu e Galdino.<br />
Ian precisava aprender a dormir sem meu peito e voltar a dormir sem o mesmo.<br />
Para o bem dele.<br />
Para o bem da minha saúde física e mental.<br />
Para o bem geral da nação De Toledo Galdino.<br />
Voltei de viagem na manhã de um sábado e fomos passar a tarde na piscina da casa da minha irmã mais nova que é madrinha de Ian. Ao sol da Vila Leopoldina na beira da piscina Ian manisfestou vontade de mamar puxando o meu biquine e falando mamã, mama, mamá e todas as variações de acentuação do mesmo tema.<br />
Lógico que botei as tetas para fora da lycra e permiti que Ian matasse a saudade de meus mamilos.<br />
Senti olhares de reprovação...<br />
Mas dei continuidade no jogo de prazer, sucção e muito amor que a amamentação proporciona à díade mãe e filho.<br />
A noite do dia 28 de Outubro foi a pior de toda a minha vida o que não vem ao caso me estender e desenvolver o tema. Mas também foi uma noite importantíssima para transformar definitivamente nossas vidas. Jamais me esquecerei desta data.<br />
Durante uma semana eu dormi com Ian em seu quarto onde foi colocado no lugar de um colchão de solteiro no chão, um futon gostoso e grande o suficiente para um corpo adulto e um corpo de mini pessoa.<br />
Não só não deixei que Ian mamasse na madrugada como não deixei que ele dormisse mamando. Quando percebia que eles estava quase dormindo, tirava o meu peito dele e contava história fazendo carinho no pé e na cabeça.<br />
Na semana seguinte foi a vez de Galdino dormir no andar de cima da casa com nosso herdeiro.<br />
Na terceira semana Galdino dormiu no escritório que fica ao lado do quarto de Ian para que ele se acostumasse com a solidão de seu quarto infernalmente quente.<br />
O próximo passo seria deixar Ian de vez sozinho em seu quarto iluminado pela pequena lâmpada de led da câmera da babá eletrônica.<br />
Ele dormiu pouco menos de um mês durante toda a noite e sem mamar. E se acordava dormia rapidamente após "mamar água" em seu copinho de transição que se tornou tão importante quanto os paninhos, travesseirinhos e ursinhos de muitas crianças. O copinho de transição é o objeto transicional de Ian até hoje.<br />
Ao final do mês de outubro eu e Ian faríamos uma viagem com minha mãe para o interior de São Paulo onde ela tem fazenda. Passaríamos dois dias em Mirassol para a festa de noventa anos de uma tia avó e depois seguiríamos para a Nova Providência apresentar Ian às vacas, bois, bezerros, pássaros, besouros e toda a fauna e flora deliciosamente receptiva a um bebê engatinhante e curioso da cidade grande.<br />
Papai que havia ficado em São paulo por causa de trabalho e de comemorações de fim de ano, não suportou de saudades e pegou um ônibus até Planalto, a cidade mais próxima da Nova Providência dando continuidade a simbiose da tríade papai/mamãe/bebê.<br />
Nos dias que seguiram à chegada do papai, Ian passou a acordar mais vezes durante a noite. Na primeira achei que ele tivesse ficado excitado com a chegada de Galdino, nas outras eu não encontrava explicação e automaticamente lembrava da minha psicóloga dizendo:<br />
- " Legal Veri! Que bom que vocês estão dormindo bem há dias e que Ian não tem acordado para mamar. Mas saiba que isso pode mudar a qualquer momento pois não há regras para o universo dos bebês. Não é um balde de água fria, é um alerta."<br />
Passeando de carrinho com meu Ian no piquete frente o alpendre da casa construída por meus avós, apresentei as cagadas das vacas, cavalos, bois e bezerros da pequena criação de minha mãe e a partir de então tudo no chão passou a ser coco. Coco era coco, pedra era coco, frutas caídas dos pés eram coco, ciscos no chão eram coco, xixi continuava sendo coco e coco passou a ser mais coco que nunca !<br />
Todos os pássaros eram cocó, a lua foi descoberta e verbalizada pela primeira vez em uma noite linda e estrelada e minha mãe em uma dedicada campanha para que Ian falasse papai.<br />
Dos oito dias que ficamos na fazenda não me lembro de ter vestido Ian uma única vez. Que delícia poder deixá-lo peladinho, livre para brincar e descobrir belezas e curiosidades do mundo.<br />
Na volta a São Paulo Galdino voltou a dormir no quarto com Ian por achar mais gostoso, prático, seguro e cômodo e acalmou nosso filhinho a cada despertar com carinhos e beijos.<br />
Ian foi batizado na Catedral Nossa Senhora do Paraíso no dia 13 de Dezembro e por um instante a minha fé cristã acreditou que agora sim Ian dormiria bem para sempre. Lendas dizem que é preciso batizar para que bebês durmam bem.<br />
Poucos dias depois embarcamos para Montevidéu para uma passagem de sete dias pela cidade.<br />
Nosso hotel tinha piscina aquecida, coberta e salinizada. Nosso quarto tinha banheira de hidromassagem e enquanto eu planejei a viagem tive certeza de que essa água toda chaparia Ian todas as noites pois faríamos um "balneário´s tour" todos os fins de tarde visando um sono perfeito.<br />
É lóóóóóógico que não foi o que aconteceu. Na primeira noite, Ian excitadíssimo com o painel de controle de luz da parede sobre a cama, com o rádio relógio que ele aprendeu a ligar e desligar e com o espaço do quarto enorme do hotel que escolhemos para que justamente ele pudesse engatinhar livremente, foi conseguir dormir somente ás 23:00 hs !!!!!!!!!!!<br />
Quando ele espertamente percebeu que eu queria poupar os vizinhos de quarto de sua reclamação por teta, e que não deixaria ele chorar, passou a acordar para dar umas mamadas e assim seguimos até o fim das férias de um mês que estivemos também em Visconde de Mauá e em Angra dos Reis.<br />
Além de precisar e querer dormir nas férias, minha noção de cidadania não me permitiu pensar na possibilidade de dar continuidade ao treino de desmame noturno para o bom sono de Ian nesta fase "Vacaciones".<br />
Eu quando solteira e sem filhos ficava muito incomodada com choro de crianças em hotéis e pousadas em temporadas onde o silêncio era muito importante para mim.<br />
Na semana em Montevidéu fui eleita por Ian a mulher mais linda, rica e magra do mundo. Todas as modelos, manequins e atrizes famosas de outdoors, cartazes de supermercados e farmácias, anúncios nos pontos de ônibus e capas de revista para ele eram "mama".<br />
Todos os pássaros continuavam sendo Cocó,os cachorros Au Au, os gatos também, todos os senhores, ou homens barrigudos, ou carecas, ou de barba eram vovô e todos os bonecos, palhaços e Papais Noel eram Tatá.<br />
Porque Tatá?<br />
Ian ganhou dois fantoches do Patati Patatá de uma grande amiga e Maria que trabalha uma vez por semana limpando nossa casa lhe ensinou a falar "Patatá". A brincadeira é: Ela fala Patati e ele responde Tatá.<br />
Depois Papai Noel virou vovô também, pedras entre muitas outras coisas continuaram sendo coco e eu continuei sendo uma mulher linda, famosa e rica até nossa chegada ao Brasil.<br />
Depois a carruagem virou abóbora e eu passei a ser uma reles mortal até o fim das férias.<br />
Nossas viagens foram divinas. Conhecemos pessoas legais nos três destinos que estivemos e em Angra Ian conheceu seu terceiro amor.<br />
Quais são o primeiro e o segundo?<br />
O primeiro foi Maria Fernanda Cândido, hoje minha amiga, quando nos conhecemos no verão passado em uma pousada de Paúba.<br />
O segundo amor foi Paloma Bernardi em Julho do ano passado quando fui fazer um longa na Ilha de Guriri no Espírito Santo e o terceiro foi Tetê! Maria Teresa ! Uma menina lindinha de 5 anos que esteve com sua família na Pousada da Figueira em Angra dos Reis durante os mesmos dez dias que estivemos por lá.<br />
Outro dia vendo fotos no lap top reconheceu Tetê e disparou; Tetê Tetê Tetê Tetê Tetê.<br />
Mas agora ele já arranjou um novo amor. O quarto! Gabi, uma menina linda de sete anos que ele conheceu na Praça Irmãos Karman.<br />
Babi Babi Babi Babi Babi Babi Babi Babi. E assim que ele desembesta a falar quando digo que vamos passear na Avenida Sumaré.<br />
Achamos que Ian voltaria das férias andando afinal teria uma praia em frente nosso quarto onde ele poderia treinar sua passadinhas e cair sem risco de se machucar.<br />
Voltou para São Paulo engatinhando ainda melhor e mais velozmente e com novas técnicas para pisos ásperos. Andava com a bunda empinada para cima sempre que seu joelho se incomodava com pedregulhos e irregularidades.<br />
E o sono ?<br />
Minhas tetas me permitiram dormir até 8:00 algumas manhãs e durante algumas tardes ao ventinho geladinho e gostoso do ar condicionado de nossos quartos.<br />
Na volta à vida real deixaríamos o Bolón dormindo de uma vez por todas sozinho em seu quarto e o monitor da babá eletrônica com câmera passaria a ocupar na nossa cama de casal um lugar que já foi dele.<br />
Na madrugada do dia que voltamos para São Paulo minha avó morreu e eu não consegui chegar no crematório a tempo de participar da cerimônia. Na verdade a morte dela foi um alívio para todos, ela era demente e "inexistia" há muitos anos. Pedi muito que Deus a levasse mas na hora que a morte foi anunciada como fato; chorei !<br />
No dia seguinte a nossa chegada e morte da minha avó, eu e Galdino fomos assaltados sob ameaça de uma espingarda em frente a casa da minha mãe poucos minutos antes da meia noite e vimos nosso carro com bolsas , Iphones, carrinho do Ian, cadeirinha do Ian e os programas do espetáculo que havíamos acabado de assistir no Tuca Arena fazerem a curva a esquerda na Agostinho Cantú sentido Cidade Universitária.<br />
Nos levaram tudo mas a boa notícia é que o mais importante de tudo, Ian, estava dormindo tranquilamente no berço da casa da vovó.<br />
Tive a nítida sensação de que ele sentiu tudo pois quando acordou passou a mão no meu rosto e voltou a dormir abraçado a mim depois de mamar como nunca havia feito. Ele estava me acalmando e dizendo; " Está tudo bem, eu estou aqui".<br />
E cada vez que eu senti ódio dos assaltantes, do Brasil, do Lula e toda sua corja entre outras coisas inclusive de mim que fui distraída e um tanto responsável por ter sido assaltada, pensava : "Ian está aqui, ele não estava no carro, se estivesse poderia ter sido levado pelos bandidos, mas não foi. Ele está aqui e bem!" e pensar nele me acalmou muitas vezes.<br />
Durante duas semanas Ian ficou um tanto abandonado no meio de MUUUUITOS telefonemas para corretora do seguro do carro, seguradora do carro, locadora de carro reserva do seguro, centrais de bancos para o cancelamento de cartões de débito e crédito de conta física e jurídica e sustação de talão de cheque, Polícia, idas a delegacia, tentativas de B.O por internet, testes de publicidade, testes na TV Cultura, e mais telefonema e idas a Qualicorp e PROCON e MUUUUUITOS e -mail e ligações para o filho da puta de um corretor de plano de saúde que por irresponsabilidade e incompetência cometeu um grave erro que fez o nome de Galdino ir parar no SPC !!!!<br />
Imaginem Ian no meio disso depois de um mês em que toda a nossa atenção esteve completamente voltada para ele e tudo foi feito em função dele.<br />
Tadinhooooooo... O que ele reclamou por nossa falta de atenção.<br />
Agora... Imaginem o sono de Ian no meio disso tudo.<br />
Ele passou a ter ataques e chiliques noturnos não aceitando ter Galdino a seu lado de forma alguma aprontando berreiros histéricos na madrugada enquanto batia a cabeça na parede e tentava morder o pai.<br />
Ahhhhhhh ! Tem as mordidas ! Estava me esquecendo de falar sobre elas e as marcas que hoje carrego no meu ombro esquerdo por conta das garras de Ian que descobriu uma arma poderosa a beça; seus dentes e a eficácia de uma mordida.<br />
Ian vem me mordendo há meses em circunstancias diversas. Por revolta quando é contrariado, por sono, por fome, por cansaço, por alegria. Um saco !!! Nossa como fui mordida!<br />
Voltando às noites chiliquentas e histéricas! A solução foi voltar a dormir com Ian para que ele não rachasse a cabeça na parede antes de completar dois anos de vida.<br />
Estamos no futon de seu quarto infernalmente quente, cercados de umidificador de ar e ventilador, misturando nosso suor e ares respirados das noites pelantes que São Paulo vem nos "presenteando".<br />
Ele continua acordando uma , duas vezes na noite e então eu faço carinho em sua cabeça e "pé bisnaga", canto e algumas vezes ele dorme rápido. Outras ele se revolta, tenta me morder, bate a cabeça na parede...<br />
O que eu faço?<br />
Algumas vezes abraço ele muito forte e o impeço de se machucar, outras não faço nada e vejo até onde vai sua capacidade de me chantagear, essa noite por exemplo acendi a luz para ver o que acontecia e pude perceber o quanto ele se encontrava em um estágio de "in-consciência" muito louco. Ele só acalmou quando enfiou a cabeça dele embaixo do meu peito de um jeito também muito louco, como um pintinho nas asas da galinha.<br />
Amanhã meu pintinho completa um ano e seis meses. Há três dias ele começou a andar. <br />
Nunca movi uma palha para que ele andasse, não estava fazendo a menor questão que ele deixasse de ser um quadrupede já que andará para o resto da vida.<br />
Mas alguns na família já estavam começando a se preocupar e manifestar um certo incomodo com o fato de Ian estar "atrasado"...<br />
Aiiiiiiiiii que preguiça de tudo isso ! Da literatura do livro mais elaborado do mundo ao site mais chinfrim sobre maternidade fala-se em não forçar e nem acelerar o processo de um bebê a fim de que ele passe a ser um bípede no momento que nós escolhemos.<br />
Mas mesmo agindo assim, falamos sobre o assunto com o pediatra em uma consulta de rotina que aconteceu dois dias antes de Ian simplesmente se levantar do chã sem apoio algum e dar três passos sozinho em minha direção. E mais uma vez ouvi a famosa frase: " cada bebê tem seu tempo".<br />
Confiante na crença que muitos tem a respeito da agitação que antecede os famosos "SALTOS" , fui para o futon na na noite do dia 13 de Fevereiro segura de uma noite de sono sem interrupção alguma, afinal Ian foi batizado, não mama mais durante a madrugada e deu um salto importantíssimo; começou a andar!<br />
Lóóóóóógico que o sono de Ian não agiu de acordo com os pedidos de minhas orações e no decorrer da madrugada regressa à consciência dos despertos, identifiquei que para meu rebento muitas coisas ainda são coco pois ele chorando dizia: " mamãe coco coco coco papai coco coco coco". E ele não havia feito coco, estava querendo dizer outra coisa, algo mais...<br />
Apesar de seu repertório de palavras ter crescido nestas últimas quatro semanas, mamãe e papai são as prediletas para serem faladas ininterruptamente sem parar há de eternum sem intervalo infinitamente.<br />
Cocó continua sendo todas as aves, Tatá todos os palhaços e bonecos, coco continua sendo coco entre muitas coisas, assim como mamãe que também passou a ter novos significados.<br />
E eu ?<br />
Continuo sendo mamãe e algumas vezes só mãe e continuo dormindo no quarto de Ian.<br />
Não tão linda como as modelos e atrizes dos outdoors de Montevidéu e nem tão magra e famosa quanto gostaria mas cada dia mais amada pela pessoa mais importante desse mundo.<br />
Ian Ian Ian Ian Ian Ian Ian Ian Ian Ian Ian Ian ... Ian ... .... Ian ................... Ian.... Ian IAN !<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZDhFKbmO8UJ0S8F33tRPnMP8KTJnIlkW7q1e5DrxllqOdGIFPjJbewSFp6IaE9cBP052pIFzru3rssyIRFXJRlhwD7hrY1uDGDf2Y4wQ5B_0CURVyb6glDkAretqjeneh8n_ob0sgmVwu/s1600/2%C2%BA+Natal+2013+e+Reveillon+2014+(19).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZDhFKbmO8UJ0S8F33tRPnMP8KTJnIlkW7q1e5DrxllqOdGIFPjJbewSFp6IaE9cBP052pIFzru3rssyIRFXJRlhwD7hrY1uDGDf2Y4wQ5B_0CURVyb6glDkAretqjeneh8n_ob0sgmVwu/s1600/2%C2%BA+Natal+2013+e+Reveillon+2014+(19).JPG" height="212" width="320" /></a></div>
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<br />Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-35800906028806937582013-09-23T20:46:00.001-07:002013-12-12T05:10:44.196-08:00COMPARTILHANDO A CAMA, OS LENÇÓIS, O HALITO OS GASES E OS SONHOS NUM ALONGAMENTO DE TETAS ELÁSTICAS SEM FIM.Depois de falar sobre uma variedade considerável de assuntos no último post que surpreendentemente teve um recorde de acesso nas primeiras 24 horas "pós parido", tentarei me conter da divagação e abrir menos portas e janelas das minhas elucubrações e memórias para não me perder no caminho curvilíneo da massa cinzenta da minha imaginação.<br />
Pela primeira vez na história deste Blog cumprirei uma promessa feita de abordagem de assunto de post anterior.<br />
Fui prometendo assuntos no decorrer de quase três anos, não cumpri, e pedir desculpas foi o que restou para eu me retratar.<br />
Então vamos lá. Voltaremos no tempo. Mais precisamente dia 17 de Junho, o dia que Ian completou 10 meses e teve a primeira febre de sua existência.<br />
Era uma segunda feira, percebi que ele não estava em seu melhor dia, me pareceu um pouco indisposto e mesmo assim levei-o para a natação.<br />
Fui criada sem "frescuras gripais". Minha mãe nunca fez o tipo "bedéu de resfriado" que controla se o pé está descalço, o cabelo molhado em dias mais frios, se o corpo está agasalhado o suficiente, a garganta protegida... Nada disso!<br />
Não me lembro de ter faltado a um único treino de natação ou de Pólo aquático por causa do clima ou por início de manifestação de baixa imunidade.<br />
E olha que desde muito pequenininha nadava no alto do Morumbi no Clube Paineiras onde os dias mais frios da cidade não alcançam as baixas temperaturas da área da piscina descoberta!<br />
Sempre fui forte. Muito forte! E fui criada em uma casa sem remédios. Essa história de farmacinha nunca rolou dentro da bolsa da minha mãe e nem em suas frasqueiras de viagem. <br />
Sim! Sou do tempo da frasqueira!<br />
Tenho impressão que meus resfriados ao se sentirem completamente desprestigiados por minha mãe e consequentemente por mim, saiam de cena e ia se apresentar em palcos onde a plateia era mais ligada no assunto e mais contribuinte aos cofres da BAYER.<br />
Por todas essas características de criação e pelo fato de Ian nunca ter tido até seus exatos 10 meses uma única febre ou manifestação de enfermidade, não dei crédito algum a seu comportamento mais amoado.<br />
Na aula de natação, mais uma vez como nas últimas 2 aulas, ele deu um show de "mergulho, pererecada e retorno ao ar" e eu me empolguei de mais com aquilo.<br />
- Zip zip zip zá, o Ian vai pular, um dois três e já !<br />
E lá ia Ian da borda da piscina, onde fica sentado "buddhamente" com sua fralda de "NEMO", para o submersão das águas ozonizadas da ECOFIT e depois para os meus braços.<br />
- Que lindo meu amor ! Como você está mergulhando lindo ! De novo! Zip zip zip zá, o Ian vai pular, um dois três e já !<br />
- E já !<br />
- E já !<br />
- E já !<br />
Nunca me preocupei muito com a saída da água morna da piscina para o vestiário infantil. As camadas de gordura de Ian sempre me pareceram espessas o suficiente para protege-lo de um possível golpe de ar. Mas naquele dia resolvi enrolar meu Bolão em sua toalha maravilhosa de capuz de leão "regalada" por uma grande amiga que me visitou na maternidade.<br />
Seguimos nosso dia normalmente até suas famosas bochechas começarem a pegar fogo no início da tarde quando medi sua temperatura e não me surpreendi com seus 38 graus de febre.<br />
Supusemos, eu e meu amor, uma possível gripe de inverno. Era meio de Junho, milhares de pessoas gripadas pela cidade... Natural que em algum momento Ian fosse pego por um desses vírus mutantes e traiçoeiros.<br />
No desconforto de sua indisposição, Ian ficou sensível o bastante para desenvolver uma carência sem fim de mim e decidi então liberar minhas tetas no decorrer do dia e da noite como já não acontecia há 4 meses desde que os alimentos vinham sendo introduzidos aos poucos em seu estomagozinho interessado em novidades gastronômicas. <br />
Fora as mamadas liberadas com o único intuito de medir temperatura. Só minhas tetas distraiam-no para que o termômetro fosse encaixado em sua dobra maior. O sovaco !<br />
Ian tem tanta dobra no braço que o sovaco se confunde com todas elas e parece a maior das dobras. É lindo ! É Micchelin total!<br />
Galdino estava com uma super gripe e se culpou por achar que havia transmitido a virose invernal a nosso filho.<br />
Na enfermidade é preciso repouso, dormir bem, e assim sendo Ian veio para nossa cama onde liberei de vez as mamadas noturnas responsáveis por darem continuidade a seu sono vulnerável.<br />
Desde o fim do carnaval nossas noites vinham sendo de terror.<br />
Estava sem dormir desde então e catalisando minha depressão noite após noite não dormida.<br />
Galdino foi para o sofá de nossa sala que além de enorme é aconchegante como muitas camas pelo mundo não são. Com medo de ficar em uma troca de vírus de gripe com Ian , decidiu dormir longe de nós.<br />
Os dias se passaram e a febre de Ian voltava ao final da tarde nos fazendo sofrer com seu sofrimento.<br />
Assim como minha mãe, nunca fui muito ligada em médicos, morro de preguiça de requisitá-los. Em 10 meses de vida eu só havia telefonado 1 vez para o pediatra quando Ian tomou sua primeira vacina e URRAVA de dor na perninha.<br />
Fui muito gentil com meu Rebentão ao chamar sua perna de perninha... Quem conhece Ian sabe o tamanho de seu pernil.<br />
Resolvi procurar o pediatra pela segunda vez na vida e ele como "bom" pediatra de plano de saúde agiu exatamente como eu esperava. Não me deu atenção alguma e nem retornou meu telefonema.<br />
Quatro dias depois, ou seja, quinta feira daquela semana tortuosa para nós, pela manhã percebo no edredom do colchão do quarto de Ian ( aquele que ele não dorme ), uma gosma cinzenta amarelada que havia escorrido de seu ouvidinho, na soneca da manhã, deixando um caminho de secreção seca na lateral de seu rosto.<br />
No primeiro momento pensei que fosse cera e achei que um acúmulo muito grande pudesse estar causando a febre...<br />
Naquela tarde vi suas mãozinhas gordinhas esfregando o ouvido. Não era a orelha como faz quando tem sono. Era o ouvido.<br />
- Vamos para o pronto socorro já !<br />
Fim de tarde, o dia caindo e as estrelas chegando para a festa do céu escuro e fomos para o São Camilo. Depois de passar pela triagem e esperar 1 hora para sermos atendidos, saímos do hospital sem passar por consulta alguma pois a UNIMED... ... ...<br />
Bom... Para não tornar o texto uma ode de protesto aos planos de saúde e mais particularmente a UNIMED, vou parar por aqui.<br />
Seguimos para o hospital Metropolitano e continuamos esperando um retorno do pediatra que nunca nos retornou. E nós também nunca mais a seu consultório.<br />
Também não fomos atendidos no Metropolitano onde a espera foi mais breve e as birras das crianças menos agudas aos meus ouvidos do que as que esperavam no S.Camilo.<br />
Qual o motivo de não termos sido atendidos ?<br />
A UNIMED criou novos planos e não oficializou contratos com os parceiros e...<br />
Ai ai ai, me desculpem! Prometi que não ia falar mal da UNIMED.<br />
Fomos então para o Albert Sabin onde fomos atendidos imediatamente por ausência absoluta de concorrência com outros pacientes.<br />
Quando a pediatra olhou dentro do ouvidinho de Ian exclamou seguindo em direção a seu prontuário médico rapidamente rabiscado por letras indecifráveis e clássicas da medicina clínica:<br />
- Nossa ! Está super infeccionado! Isso não é cera, é pus! Ele vai ter que tomar antibiótico já! Não poderá ir a notação por 15 dias e se não melhorar até domingo vocês devem voltar aqui.<br />
Devo ter permitido que 10 litros de água entrasse no ouvido de meu ser venerado no "zip zip zip zá" ao admirar seu "nado pererecal" em desenvolvimento, e como Ian deve ser forte e resistente à dor como eu (porque Gadinho é uma bicha! Com todo respeito do mundo aos gays), e não manifestou incomodo no ouvido, nós não tínhamos como saber o que de fato estava acontecendo. E os "bichos bacterianos" foram dominando e proliferando dentro do Rebentão até o "amigo alerta" pus escorrer para fora de seu corpinho dizendo;<br />
-Ei ! Socorro! tem coisa errada por aqui..<br />
Fui gentil de novo com minha cria! Ian é dono de um corpanzil !<br />
Aquele foi o primeiro de 10 dias também tortuosos em que uma batalha de perninhas e bracinhos se travou contra mim e uma seringa injetora de antibiótico via oral.<br />
O antibiótico parecia leite de magnésia com sabor de Fanta laranja híper concentrado. Ou seja: uma merda!<br />
Galdino já estava de volta a nossa cama agora sem a culpa de transmissor de vírus.<br />
Acordar Ian a meia noite e algumas vezes ás 8:00 da manhã para entuchar aquela pasta leitosa nojenta em seu estômago me doeu a alma e o coração por 10 dias exaustivos em que só me separei de Ian para ir a terapia.<br />
Não fiz nada a não ser ficar colada no meu filhinho.<br />
Apesar do cansaço emocional da primeira experiência de enfermidade de mãe de primeira viagem, começamos a dormir melhor. <br />
Galdino voltou para nossa cama mas Ian continuou lá. <br />
Era eu ouvir o primeiro som emitido pelas preguinhas vocais do Bolão que eu sacava meu peito para fora do pijama, enfiava na boca dele permitindo que minha varizes continuassem na horizontal e o corpo de Ian em contato com o colchão da nossa cama Super King Size e deliciosa presenteada por minha avó demente há 8 anos, hoje internada em uma clínica vegetando. <br />
Mas essa é outra história e um dia eu conto pois minha avó, sua vida e sua ajuda à minha são relevantes.<br />
Passei a dormir 3, 4 horinhas seguidas por noite e não viver mais o terror noturno com Ian e seus 11 kg no colo rodando pela casa, criando melodias para o Pai Nosso e implorando a Deus uma solução para o sono de nosso herdeiro.<br />
Eu e Galdino que vínhamos numa toada brava de desentendimentos noturnos e reavaliação frequente de vida conjugal, voltamos a sorrir ao amanhecer com beijos de bom dia e até voltamos a dizer EU TE AMO no café da manhã !!!<br />
Ó que beleza ?!!!!<br />
Acordar em família com uma gostosura como Ian entre a gente com sua carinha linda e sorriso de poucos dentes passou a ser gostoso de mais. Despertar para um novo dia por duas vezes com seu beijinho ainda em aperfeiçoamento performático é o que chamo de benção maior.<br />
Nos abraçarmos todos com troca de beijos e delicadezas verbais nos acomodou por 3 meses na cama compartilhada em que ouço seus punzinhos, escuto sua respiração, percebo quando sonha e sinto o cheirinho delicioso do hálito mais puro que minhas narinas já tiveram contato. Cheirar o bafinho de aroma inigualável de Ian é um prazer que confesso ter.<br />
Aliás, se eu for confessar meus prazeres e vontades a respeito de Ian é capaz de eu ser presa por pedofilia e incesto. Minha relação com ele é totalmente Edipiana, Freudiana e Rodriguiana. <br />
Quem já leu Nelson Rodrigues sabe do que estou falando!<br />
A ideia era tirar Ian do nosso quarto no mês de Julho já que Galdino entraria em férias como professor universitário e poderia ajudar ainda mais na adaptação de Ian em seu quarto isolado e solitário no andar de cima da casa.<br />
Incompativelmente à decisão de treinar Ian para dormir sozinho em seu quarto, eu e Galdino também planejamos viagens para o mês Julho. E de partida para a casa de meu melhor amigo e padrinho do Ian em Visconde de Mauá para 10 dias de descanso na companhia de vários amigos queridos, pássaros, cachoeiras e montanhas maravilhosas, recebo um telefonema com um convite para em menos de 24 horas estar em um set de filmagem de um longa metragem no Espírito Santo substituindo uma atriz que não pode embarcar para filmar por uma razão que não cabe aqui citar.<br />
Lóóóóógico que aceitei o convite e as roupas invernais de serra de Visconde de Mauá foram trocadas por praianas para a Ilha de Guriri.<br />
Nada a fim de desmamar Ian repentinamente, sem preparo emocional e "tetal" algum e temendo não suportar a saudade do Rebentão e os prováveis problemas com a concentração de leite sem a potente sucção de Ian pelas madrugadas a dentro, decidi levar marido e filho depois de uma navegada rápida pela internet em que constatei ter milhas suficientes para trocar por uma passagem para Vitória e não me separar dos amores da minha vida.<br />
Passar uma semana longe de Ian e de Galdino, decorando texto e tirando leite com bomba depois de 10 meses amamentando sem auxílio algum de adereços de ordenha, achei que seria puxado de mais para o curto tempo do "cocktail psiquiatra/remédio/terapia" em ação nas minhas emoções vulneráveis e desequilibradas.<br />
Em exatas 24 horas após o telefonema da produtora de casting me consultando para integrar o elenco de LASCADOS- O FILME, estávamos eu, Galdino e Ian no set de filmagem em São Matheus - ES, conhecendo equipe técnica e o figurino que eu viria a vestir nos próximos 5 dias.<br />
No quarto da pousada da ilha de Guriri tínhamos para nosso aconchego uma cama de casal e uma de solteiro que se transformaram em uma grande cama de família, e assim Ian continuou acoplado a meu peitos nas noites de ventania beira mar do pequeno hotel "pé na areia".<br />
Foram dias muito gostosos. A equipe toda caiu de amores por Ian que havia acabado de começar a engatinhar e estava no auge da alegria com a nova descoberta e progresso evolutivo Homo Sapiensmente falando. <br />
Sozinho ele desenvolveu uma dança clássica com os bracinhos todas as vezes que escutava alguma melodia no ar. Sofri de saudades todos os dias com a distância de 13 km da pousada ao set de filmagem e me perguntava o que teria sido de mim se meus homens tivessem ficado em São Paulo.<br />
Galdino deu um show de paternagem. Com a ajuda de apenas 3 brinquedos que Ian já não se interessava mais, hospedado em uma pousada sem estrutura alguma para receber bebês, um clima dificílimo onde no mesmo dia chuva caia, sol tostava e vento zunia, distante do centrinho comercial, na dependência de boa vontade e favor dos motoristas da produção do longa para comprar guloseimas e cigarros (sim! Galdino fuma!) e um cardápio que continha de buchada e língua a pescoço de galinha, Galdino divinamente entreteve nosso filhinho nos momentos que São Pedro lhes permitiu serem felizes com as tartarugas do Projeto Tamar, com as ondas do mar, areia da praia e formigas que passeavam pela área da piscina da pousada.<br />
Ian se apaixonou e entupiu de vitamina A (de areia), e desconfiei que ele defecaria pedras depois de uma manhã se lambuzando na praia de Guriri contemplando a linha do horizonte e tendo seu segundo contato com a imensidão do mar.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4ZOHJUffZEhC8X1Lt99uBGae40NFHS_AMWjZCqitaddj9E27bSKgR5bWsQc5OZqbBgq5mKNy-lVtW9Ku1tWfwYF4Ga4CyBouSK3yCsTWh_j8j0jp-u6A8QYnazugnWdovVnIbRD2bcH2d/s1600/Ian+no+set+do+filme+Lascados+(25).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4ZOHJUffZEhC8X1Lt99uBGae40NFHS_AMWjZCqitaddj9E27bSKgR5bWsQc5OZqbBgq5mKNy-lVtW9Ku1tWfwYF4Ga4CyBouSK3yCsTWh_j8j0jp-u6A8QYnazugnWdovVnIbRD2bcH2d/s320/Ian+no+set+do+filme+Lascados+(25).JPG" width="320" /></a></div>
Voltamos para São Paulo depois de uma semana no Espírito Santo e em seguida fomos para Visconde de Mauá onde Ian continuou dormindo em uma Super King Size conosco. Nosso carro estava hospitalizado com apenas 2 meses de vida em um recall que durou exatos 30 dias, tivemos que ir com o carro da minha mãe e também que escolher entre levar o berço de Ian ou nossas roupas.<br />
O carro da minha mãe definitivamente não serve para uma casal com filho bebê.<br />
Voltando para São Paulo Julho já estava chegado ao fim junto de muitas notícias felizes de trabalho para mim e para Galdino.<br />
Essas notícias envolviam uma necessidade enorme da colaboração da minha mãe, de sua casa, seus cuidados e dedicação a Ian num vai e vem de um mês e meio sem rotina alguma e muito trabalho.<br />
Qualquer um desses livros que ensinam técnicas de como "treinar" uma criança a dormir diz que o processo de educação ao sono tem que ser feito dentro de uma rotina que não envolva fatos extraordinários como uma enfermidade.<br />
Galdino passaria o mês todo viajando nos finais de semana fazendo teatro pelo interior e litoral de São Paulo e eu rodaria 12 CEUs da cidade "parindo" para comunidades e estudantes da rede pública. <br />
Neste fim de semana encerrarei esta jornada que envolveu minha mãe, sua casa, e tudo de maravilhoso que uma mãe maravilhosa pode oferecer.<br />
Meu cenário fica depositado em sua casa, então a van que nos leva aos CEUs parte de lá onde Ian fica e dorme sem "suas" tetas até a minha volta depois das apresentações sempre noturnas.<br />
Estou desde a metade de agosto carregando sacolas, malinhas, bolsas e mochilas da Pompéia ao Butantã com minhas roupas e as de Ian, maquiagem do espetáculo e ingredientes para os lanchinhos da equipe técnica da peça.<br />
No quarto em que durmo na casa de minha mãe montei o berço portátil onde Ian iniciou suas noites até a chegada de seus melhores amigos, meus mamilos.<br />
Esses 3 meses e meio de cama compartilhada nos trouxe alegrias, me presenteou algumas horas de sono e material para as histórias aqui relatadas mas também nos trouxe um novo labirinto do qual não estamos conseguindo sair.<br />
Ian continua acordando várias vezes por noite, está cada dia mais viciado no meu peito e consciente dos espaços e distâncias que envolvem nossos quartos, berço e cama.<br />
Acabada esta fase de CEUs e Partos a vida volta ao normal, a rotina se reinstala em nossas vidas e também a necessidade de noites bem dormidas porque Galdino continua sendo um professor universitário que acorda cedo para dar aulas, ator em constante procura por trabalho e pai e eu uma atriz em constante procura por trabalho e mãe que precisa dormir par acordar com o nascer do sol e beijinhos do filho que como todos os bebês madruga todos os dias.<br />
Senti os olhares de reprovação absoluta com nossa postura de divisão de espaço noturno de algumas pessoas que ouviram essa trajetória aqui narrada. Algumas verbalizaram o quão absurdo pensam ser tudo isso e o possível problema e dificuldade que teremos mais adiante para nos separarmos de Ian.<br />
Decidi não contar mais esse "causo" a ninguém já que minha vontade de dizer: " Tá achando absurdo? Vai passar uma semana lá em casa cuidando de Ian na madrugada então! " , vinha crescendo a cada repetição de reação de espanto.<br />
Graças a Deus minha mãe não nos reprovou em momento algum e sempre repete que faz-se o que é possível.<br />
Que tipo de consequências poderemos vir a arcar no futuro por causa desta "suruba sonífera familiar" agora eu não quero nem pensar.<br />
O tempo está passando e não estamos conseguindo escolher a estratégia de separação ou definir a forma que nos parecerá menos sofrida.<br />
O sofrimento me parece ser inerente a qualquer opção o que já antecipa o meu sofrer.<br />
Mudar de casa e ir para um lar onde o quarto de Ian seja próximo ao nosso poderia ser uma opção menos "milionária" já que hoje os imóveis razoavelmente decentes em São Paulo não custam menos de 1 milhão. Vender nossa casa e comprar outra poderia ser uma alternativa mais simples e fácil de ser adotada.<br />
Por essa razão o dono da casa lotérica da Alfonso Bovero tem me visto com mais frequência nas longas filas de apostadores da LotoFácil e LotoMania acumuladas. Só ganhando na Loto para conseguir trocar um imóvel hoje em dia...<br />
Amanhã gravo um institucional para o Shopping Iguatemi e tenho que acordar cedo. Ian dorme desde ás 20:45 hs. São 00:38 e ele já acordou 2 vezes.<br />
Vou me deitar na torcida de uma noite pouco interrompida e na esperança de uma solução para o dilema sem a colaboração de NANA NENÊ algum, mas com a deliciosa expectativa da surpresa do próximo alvorecer.<br />
Será que acordarei com um beijinho, uma dedada dentro do nariz, um puxão de cabelo, uma cutucada no olho ou uma baforada inodora de um anjo sem asas de braços roliços e 2 grandes pernis ?<br />
Somente dormindo a seu lado poderei saber.<br />
Ian meu amor, mamãe está acabando esse post e indo para cama onde meus peitos estarão a disposição para que seus mamilos sigam de encontro a sua boca macia, carnuda e cheirosa.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4JBos59rugsazYkEnhJVM5l7cm2cyzQkYRecMM-8um0jhJoGgiy-BMxYnOHG7OTDlmwchBmp7dLMN-27c4mrlcq-ohiWdM9lnxEc4eA6UpnApkolub_tSnX7V89SjygIt8sJZODSXuqZ0/s1600/IMG_7105.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4JBos59rugsazYkEnhJVM5l7cm2cyzQkYRecMM-8um0jhJoGgiy-BMxYnOHG7OTDlmwchBmp7dLMN-27c4mrlcq-ohiWdM9lnxEc4eA6UpnApkolub_tSnX7V89SjygIt8sJZODSXuqZ0/s320/IMG_7105.JPG" width="320" /></a></div>
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<br />Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-73809660082464957102013-09-11T20:43:00.001-07:002013-09-12T16:59:52.597-07:00A DÚVIDA NÃO É CRUEL AO CÉU ABERTO DO CEUFaz muito tempo que não passo por aqui.<br />
Estava com saudades mas confesso que também morrendo de preguiça.<br />
Preguiça de pensar para escrever com coerência.<br />
Neste período de mais de dois meses muitas coisas acontecera. <br />
MUITAS!<br />
Ian começou a engatinhar, teve sua primeira febre por uma infecção no ouvido, fui fazer um longa metragem no Espirito Santo onde a estrela do filme, Paloma Bernardi, viveu com Ian um romance tórrido e breve, fomos a Visconde de Mauá nas férias, encontrei um tatu bola no coco de Ian, meia centopeia em uma mão e a outra metade em sua boca, comemoramos o primeiro ano de vida do Bolão em uma festa deliciosa, vivemos a preocupação de sua primeira queda da cama, aprendeu a beijar, desaprendeu a falar mamãe, reaprendeu, desaprendeu a gostar de vários alimentos, passou a não aceitar mais ser alimentado pelas minhas mãos nem as de Galdino, só aceitou comida servida pela vovó Regina entre outros eventos que fazem do meu trabalho um parto.<br />
Muito tempo, muitos acontecimentos, muitos assuntos... Fica difícil organizar e selecionar.<br />
Quanto mais opção maior é a dúvida. E a dúvida é cruel. <br />
Dúvida cansa.<br />
Quanto mais se pensa mais se sofre e é por isso que a ignorância é a mãe da felicidade.<br />
E dia 7 de Setembro, indo fazer uma apresentação de "Meu Trabalho é um Parto" no CEU Paz, na Brasilândia, lááááááááá no alto do morro de uma das comunidades - ai que preguiça dos termos politicamente corretos, comunidade o escambau, é favela mesmo !!! - mais perigosas, sujas e surreais do Brasil, me peguei pensando na diferença de comportamento dos sentimentos que habitam os corações e as mentes nas diferentes classes. Mais uma vez me peguei pensando que depressão de forma geral incluindo a PÓS PARTO, é coisa de classe média.<br />
Subir o morro dentro da van com equipe técnica e produtora, vendo pela janela os moradores da Brasilândia em seus afazeres de um sábado de feriado mexeu comigo. Muitas mães carregando suas crias no colo e andando no meio daquele amontoado de construções irregulares, lixo, motos de montão, pequenos ônibus da prefeitura que não passam pelas ruelas promovendo um trânsito inacreditável e pessoas cheirando cocaína a céu aberto.<br />
Essas mulheres não me pareceram preocupadas com os exemplos expostos a seus filhos, não me pareceram tensas nem mesmo infelizes.<br />
Talvez seja pelo fato de elas não terem dúvidas, e não tem dúvidas por não terem opção. <br />
Ou é aquilo daquele jeito ou é aquilo daquele jeitinho mesmo.<br />
Não acredito que elas se angustiem ao ter que decidir com quem deixar os filhos para voltar ao trabalho após uma suposta licença a maternidade. Não tendo vaga em creche é com a mãe que deixam os filhos e se a mãe não pode é com a irmã ou com a vizinha e se uma vizinha não pode é com a outra e não há questionamento algum se a pessoa que cuidará da criança está apta a estimular de forma correta, limpar de forma correta, alimentar de forma correta...<br />
O que é correto ?<br />
Isso não existe. Existe o que é possível e o mais incrível; sem culpa alguma.<br />
Bem diferente de nós da "Zona Oeste" que nos culpamos até pelo açúcar mascavo, mesmo que orgânico da bolacha de vários grãos e farinha integral da marca Mãe Terra.<br />
Sei de histórias de mulheres de comunidades que se sentem estranhas no puerpério, e por absoluta falta de informação e de espaço em suas vidas para receber, aceitar entender e cuidar da "coisa estranha", não dão atenção ao que sentem e um dia essa "coisa estranha" passa. <br />
Porque passa mesmo! Com remédio, sem remédio, com terapia ou não; um dia a depressão pós parto passa.<br />
Graças a Deus porque essa coisa estranho é ruim de mais de sentir. Mas quando se tem mais filhos, marido, casa, emprego e horas e horas de transporte público para chegar ao emprego, a "coisa estranha" não recebe atenção e não se desenvolve.<br />
Tive depressão pós parto. Ela foi real e genuína mas tenho certeza que ela foi potencializada pelo meio que vivo, pessoas que me relaciono, opinião de familiares e informações que recebo com leituras variadas. <br />
Depressão pós parto é hormonal, é químico é fisiológico mas é também doença de classe média intelectualizada.<br />
Sei que minhas angústias relacionadas à minha carreira. a transformação do meu corpo depois da gravidez e tudo relacionado a Ian seriam menores ou nem existiriam se antes delas tivesse que me preocupar com ter o que comer.<br />
Pobre não tem carreira, pobre tem trabalho e não ter a preocupação pelo espaço que se ocupa no mercado a través do desenvolvimento de uma carreira facilita muito.<br />
Mulheres com carreiras sofrem mais que mulheres que labutam pelo dilema maternagem X profissão.<br />
Quando vivi em Londres e levava uma vida pobre em que acordava ás 5:00 da manhã para fazer faxina, estudava a tarde e trabalhava como garçonete a noite, eu não me permitia deprimir pois eu não tinha saída. Muitas vezes eu acordava na escuridão do inverno Londrino ás 5:00 da "madrugada", sentia uma profunda tristeza, vontade ZERO de levantar para ir trabalhar, um desejo enorme de chorar, chorar, chorar e continuar dormindo mas eu não podia me dar ao luxo de me atirar nas profundezas da depressão. Eu tinha contas caras a pagar e precisava levantar para faxinar a casa de Mrs. Dorren entre outras várias inglesas, francesas, árabes residentes da terra Londres de ninguém.<br />
Em Londres eu cheguei a conclusão de que pobre não tem depressão. Na verdade em Cuba eu desconfiei,em Londres tive certeza e no 7 de Setembro da Brasilândia vi que continuo concordando comigo mesma!<br />
A depressão é muito amiga do ócio, e quando se tem que ir para a labuta, caso contrário não haverá comida na mesa, não há espaço para depressão alguma se instalar.<br />
Procriar é mais antigo que andar para frente. A princípio não há mistério algum e nem motivo para muito filosofar.<br />
Porém o mundo capitalista deu um jeitinho de tornar o ato mais natural da existência em algo digno de muita elucubração publicada em livros, blogs, sites e teses. <br />
E nós das classes favorecidas com acesso a informação somos as grandes vítimas de tudo isso.<br />
Ler de mais, pensar de mais e saber de mais em alguns casos não faz nada bem.<br />
E para as classes sem acesso a informação as coisas são como são e ponto. <br />
Engravidar, parir, voltar a trabalhar, colocar na creche, ver crescer é a vida e não um grande evento relatado em um Blog que é exatamente o que eu venho fazendo desde que resolvi ser mãe.<br />
Faço parte disso de forma expressiva!<br />
Outro dia estive com uma amiga que estava super agoniada, angustiada mesmo, por não saber em qual escolinha colocar seu filho de pouco mais de um ano. A dúvida era entre a Alecrim, Espaço Brincar, Arte de Ser, Quintal do Zé Menino, Grão de chão... Se ela não tivesse condições de colocar seu filho em escolas como essas, a creche publica seria a única solução e a dúvida estaria sanada.<br />
Não que eu quisesse ter dificuldades financeiras, mas dinheiro apesar de delicioso e maravilhoso e de eu ADORAR, traz dúvida e dificulta as decisões.<br />
E como eu já disse láááááa em cima; a dúvida é cruel.<br />
Estranhamente, depois que comecei a fazer terapia e ser medicada parei de escrever minhas impressões da vida de mãe neste espaço. Passei a falar de forma direcionada com minha psicóloga Junguiana/Bioenergética o que vem me ajudando muito em todos os sentidos. Profissional, social, conjugal, familiar e maternal.<br />
Estar na mão de bons profissionais fez e faz toda a diferença. E voltar a trabalhar com condições emocionais para tal foi crucial.<br />
Voltar a ganhar dinheiro além de necessário é gostoso de mais! Poder colaborar com o orçamento familiar... Nem Mastercard !<br />
Estou certa de que a combinação remédio/terapia/trabalho/dinheiro não são os únicos ingredientes de uma depressão pós parto solucionada com sucesso. <br />
Dormir melhor é também uma questão FUNDAMENTAL !!!!!<br />
Suponho que quem me lê esteja pensando: " Nossa! Que legal ! Ian aprendeu a dormir a noite inteira, Veridiana resolveu a questão SONO de uma vez por todas".<br />
Não meus caros leitores! Isso não é uma verdade...<br />
Mas como iniciei o post falando em escrever com coerência, deixo o tema recorrente para o texto seguinte e assim não misturo os assuntos.<br />
Mas darei uma dica para aquecer as curiosidades de vocês mulheres !<br />
Na tentativa de tirar Ian de nosso quarto, há quase 3 meses ele está em nossa cama...<br />
Estou aproveitando para escrever agora que Ian dorme profundamente seu soninho da tarde. Estamos na minha mãe e na casa da vovó seu sono é melhor. O motivo nunca saberemos pois aqui não há nada de especial a não ser o fato de ser a casa da vovó: especialidade por excelência.<br />
Ôpa ! Ian acordou...<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIcCpipGfowevmbmg99yfmdyS5amutF8P_5AnS5N5gGf_aZEVvxHyyV_LtDB2v8nOYLmeaX-LdM4j01pnFK3_90g2i7omDrxsV3a-O74QfWIQ1YHqqywZlSF5WRRp_ZxIemrC_ZqqOBHxB/s1600/Ian+no+set+do+filme+Lascados+(104).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIcCpipGfowevmbmg99yfmdyS5amutF8P_5AnS5N5gGf_aZEVvxHyyV_LtDB2v8nOYLmeaX-LdM4j01pnFK3_90g2i7omDrxsV3a-O74QfWIQ1YHqqywZlSF5WRRp_ZxIemrC_ZqqOBHxB/s320/Ian+no+set+do+filme+Lascados+(104).JPG" width="320" /></a></div>
Ilha de Guriri - ES- Julho de 2013 <br />
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Obviamente não terminei o post no dia seguinte ao da Independência do Brasil que estive no CEU Paz. Afinal... <em>Ian acordara...</em><br />
Já Passei pelo CEU Jardim Paulistano, também na Brasilândia mas sem cocaína a céu aberto, e no momento estou no CEU Casa Blanca tentando fazer das horas de espera para a montagem de luz um tempo produtivo.<br />
Decepcionada, triste e revoltada com meu técnico de luz que não compareceu no horário marcado por ele mesmo na casa da minha mãe, ponto de partida da equipe de "Meu Trabalho é um Parto". <br />
Da Agostinho Cantú no Butantã onde nasci e onde fica meu cenário, partimos a cada CEU na Van de Milena, minha mais nova amiga e operadora de luz.<br />
Meu operador de luz não compareceu para trabalhar e também não deu satisfação alguma. Soube há pouco por conhecidos que meu EX técnico é viciado em crack e nunca ninguém me avisou. <br />
Que pecado ! Que lástima ! Coitado ! Que pena e que raiva ao mesmo tempo !<br />
Deve ter caído em uma noitada negra e não saiu da escuridão até agora.<br />
Hoje Ian ficou com meu amor, por coincidência seu pai, e foram juntos a aula de música que estou também há tempos para falar sobre. Sandra Oak e sua musicalização para bebês, sua pesquisa e trabalho de 16 anos em desenvolvimento merecem um Post exclusivo.<br />
No 7 de Setembro quando estive no CEU Paz Ian ficou com minha mãe, por coincidência sua avó, e passou a tarde brincando com seus primos no delicioso jardim com amoreira, pitangueira, mamoeiro e jabuticabeira da casa onde cresci. Enquanto crianças bolavam baseado dentro do teatro em que eu me apresentava e outros cheiravam cocaína, Ian ralava e furava sua calça nos joelhos engatinhando pelo piso de pedra do quintal da casa da vovó. <br />
Hoje Ian aprendia música enquanto eu levava o cano de um craqueiro...<br />
Que ele demore muito para saber da existência das depressões, das diferenças de classe, das drogas e de tudo de desnecessário que pertence a esse mundão de meus Deus de Partos, CEUs e cocaína a céu aberto.<br />
Agora vou me maquiar para entrar em cena.<br />
Milena, a dona da Van e motorista que nos leva para os CEUs da cidade está na cabine de luz e som se preparando para sua estreia como técnica, está dilatada e com contrações para seu parto.<br />
Ela vai operar a minha luz sob orientação de Robson, meu amigo ator e operador de som e vai dar a luz.<br />
Boa hora Milena !<br />
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" Parir é como estrear um espetáculo, a gente ensaia , se dedica, se entrega , se apaixona, dá nome ao grupo, à peça e depois de alguns meses ela nasce, ela estreia. E é por isso que eu brinco que meu trabalho é uma parto, porque nos embriaga das mesmas sensações " <br />
(Texto da última cena de Meu trabalho é um Parto).<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCGW8pk5_t9CyxwVS5L0SDYAYmMmBeT9k79x_A9k1cQVJp7dkFQp6oM2b77c1c5N4NmtcIZGbk3w_hU4a7cF5ervPwk3zdgChJWa76GsuwpkTKkMNXtGBqLJOJCIIPQbgo_TFUUJWHK4j6/s1600/7+de+Setembro+na+vov%C3%B3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCGW8pk5_t9CyxwVS5L0SDYAYmMmBeT9k79x_A9k1cQVJp7dkFQp6oM2b77c1c5N4NmtcIZGbk3w_hU4a7cF5ervPwk3zdgChJWa76GsuwpkTKkMNXtGBqLJOJCIIPQbgo_TFUUJWHK4j6/s320/7+de+Setembro+na+vov%C3%B3.jpg" width="320" /></a></div>
Ian na casa da vovó Regina no dia 7 de setembro<br />
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<br />Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-66386849992743294442013-06-07T20:43:00.000-07:002013-06-07T20:43:14.756-07:00O SONO NOSSO DE CADA NOITE NOS DAI HOJE II... NOS DAI PARA SEMPRE!!!<br />
Faz tanto tempo que não passo por aqui, que nem lembrava a minha senha de entrada no Blogspot, pode?<br />
O fato pode fazer com que se pense: "Nossa! A memória de pós parida da Veridiana continua faltando e falhando!". Mas não!<br />
Minha memória anda muito melhor mesmo dormindo pouco, muito pouco, desde a volta do carnaval quando decidi tirar a mamada da madrugada de meu amado, idolatrado, SALVE SALVE, Ian Rebentão...<br />
Desde a volta do carnaval não tenho mais de 3 horas de sono contínuo e acreditei que essa loucura acabaria depois da quaresma, fase que muitos acreditam ser de bruxas soltas e demônios em atividade.<br />
Tive fé que a páscoa, o renascimento e todos os simbolismos que passeiam pela data e pelos ovos fossem se manifestar nas minhas noites, no meu quarto, no sono de Ian e consequentemente no meu.<br />
Mas não!<br />
Nada mudou. Ian continua acordando três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove vezes por noite. Nunca duas. Nunca dez, mas nove sim. E não foi apenas uma noite. Não sei precisamente quantas. <br />
Noites mal, ou não dormidas, vão me tirando da realidade, do eixo, do centro, do equilíbrio e vou perdendo a noção de tempo, quantidade e intensidade das coisas.<br />
Até que o corpo e a cabeça vão se acostumando com a prática do "acorda, levanta, deita, dorme, acorda, levanta" de tal forma que no dia que resolvi passar a noite na casa da minha mãe para que ela cuidasse de Ian na madrugada e eu poder dormir uma noite inteira no quarto que um dia foi meu, adivinhem o que aconteceu?<br />
Lógico que não dormi.<br />
Minha antena conectada a Ian não se desligou por um minuto sequer e eu tive uma noite tão insone quanto várias, que rodando pela casa com Ian, seus 9 quilos e tanto <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>no colo e cantando meu repertório todo de canções para ninar, comecei a musicar o PAI NOSSO, a AVE MARIA, o CREDO, o SALMO 19 e a prece de Caritas.<br />
Dei uma intimada em Deus e questionei seu poder em realizar milagres.<br />
- "Se é que existes de fato, chegou a hora de provar. Que o Ian durma a noite toda me permitindo voltar a ter uma vida normal e voltar a ser uma pessoa normal".<br />
Deus não me ouviu ou não quis atender meu pedido.<br />
Talvez eu nunca venha saber o motivo.<br />
Assim como também nunca saberei o motivo que leva Ian a acordar tantas vezes durante a madrugada.<br />
Sempre que posso vou ao Centro Espírita que frequento e levo Ian para receber um passe. A chegada dele no espaço que fica na Valdemar Ferreira, perto da USP, é sempre um evento a parte. Não sei se todos os bebês encantam as pessoas e são foco absoluto de todas as atenções como Ian é por onde passa.<br />
O que sei é que receber passes também não colaboraram com seu sono.<br />
Fui a uma benzedeira, Dona Helena, que ao benzer meu sobrinho que chorou seis meses sem parar, fez minha irmã e meu cunhado, seres completamente céticos e descrentes, repensarem suas convicções a respeito do "desconhecido". Durante uma semana Luiz Felipe dormiu por 9 horas seguidas intrigando seus pais e babás que volta e meia iam ao berço verificarem se estava vivo.<br />
Dona Helena atende há muitos anos em sua casa, a mesma casa, o mesmo quartinho coberto e repleto de santos, imagens, velas e cacarecos. O mesmo texto, o mesmo comportamento, o mesmo ritual. A única diferença são os dentes em sua boca que quase não existem mais.<br />
Levei um susto ao vê-la depois de mais de 10 anos sem aparecer em seu cantinho da Rua Scipião na Lapa.<br />
Está parecida com minha mãe cubana. Um dente apenas e nada mais...<br />
Como é triste uma boca sem dentes.<br />
Como é feio.<br />
Como a ausência de dentes retrata uma realidade ignorante.<br />
Uma realidade brasileira onde o pobre pode comprar um carro parcelado em milhares de vezes, mas não tem dentes para mastigar.<br />
Benzemos Ian e quando fomos benzidos, Dona Helena detectou algo de "errado" com Galdino.<br />
Com o mesmo texto de sempre e repetido para todos os novos clientes, nos disse que havia um "trabalho" feito para meu amor e que deveríamos voltar na semana seguinte com algodão, água com gás e pó de café para que o "trabalho" fosse desfeito.<br />
Não nos cobrou pelo benzimento, mas disse que Vovó estava pedindo que velas fossem queimadas no terreiro em prol do nosso bem. Deixamos R$ 20,00 para a compra de uma vela "corpo homem" uma "corpo mulher", uma vela chave e outra de sete dias de alfazema.<br />
Galdino odeia tudo que se refere ao universo umbandista em função de histórias desagradáveis do passado e estar ali era para ele um sacrifício. Mas embarcou na viagem proposta pela voz amiga que saia daquela boca sem dentes.<br />
Saímos da Rua Scipião com lições de casa, muitas orações impressas em sulfite A4 e a missão de voltar na semana seguinte. Uma cabeça de alho deveria ser colocada embaixo do Berço de Ian, banhos de ervas deveriam ser tomados, uma fita de cetim vermelha deveria ser amarrada no berço, pedrinhas sorteadas em um cesto e defumadas deveriam nos acompanhar daquele momento em diante como patuás.<br />
Ian dormiu super mal naquela noite...<br />
Na semana seguinte estávamos de volta, eu e Galdino, à casa da benzedeira para desfazer o "trabalho".<br />
Apesar de não ter acreditado nas palavras de D. Helena, apoiei o retorno de meu amor na esperança de equilibrar as energias da família ou por uma fé que nem eu mesma sabia que ainda tinha. Ou tenho...<br />
Ou já nem tenho mais.<br />
- "Mal não vai fazer, então vamos lá desfazer o "trabalho".<br />
Depois do ritual de queima do algodão e defumação com café, a água mineral com gás recebeu água benta que deveria ser borrifada pela nossa casa e berço do Ian.<br />
De novo D. Helena não nos cobrou pelo trabalho porém de novo disse que Vovó estava pedindo que novas velas fossem compradas e queimadas no terreiro que o "cavalo" ( D. Helena) frequenta em São Miguel Paulista.<br />
Desta vez a quantidade de vela era exorbitante e R$ 60,00 foram deixados sobre a mesa forrada de cartas de tarô, anjos, cristais e ervas.<br />
Galdino queria morrer de desgosto quando entrou no carro e começou a concluir que D. Helena não passa de mais uma "picareta exotérica".<br />
- Quantas vezes deixo de comprar livros entre outras coisas que gostaria por não querer gastar e acabo de deixar R$ 60,00 para essa mulher sem instrução alguma para satisfazer os seus desejos!<br />
- Meu amor! Ela não tem estudo nem instrução mas é sensível, intuitiva e é uma alma boa. Ela tem boas intenções.<br />
- De boas intenções o inferno está cheio Veri.<br />
Mesmo completamente descrente em tudo, meu amor seguiu as instruções da benzedeira colocando o alho embaixo do berço, a fita vermelha de cetim amarrada na grade do mesmo, defumando a casa com café e borrifando a água benzida pela casa.<br />
Acabo de contar para ele que estou escrevendo sobre nosso episódio com D. Helena e ele me perguntou;<br />
- Quem é D. Helena?<br />
QUE MARAVILHA!!!!!!<br />
Quem é D. Helena ?<br />
Que bom saber da total eliminação da velha desdentada da memória de meu marido.<br />
Além de passes, benzimentos e simpatias, também tentei melhorar o sono de Ian mudando a ordem dos acontecimentos que envolvem seu ritual de fim de dia.<br />
A sequência é: ás 18:30 jantar, 20:30 banho e ás 21:00 mamázinho para dormir e ir para o berço.<br />
Resolvi dar o banho antes do jantar para ver se a barriga de Ian cheia de legumes e vegetais acompanhados do néctar maternal que ainda é fabricado por minhas tetas, indo se deitar cheinha, proporcionava um sono de urso profundo e hibernal.<br />
Não funcionou.<br />
Soube há pouco tempo que banana é uma fruta que colabora com o sono por causa do potássio. Não sei qual a explicação científica, mas acreditei.<br />
Dei uma banana nanica enorme para Ian antes do banho imaginando uma vitamina de banana e leite entrando em ação e colaborando com um sono de anjo ao amor maior da minha existência.<br />
Ian acordou várias vezes da mesma forma.<br />
Voltei a dar banho de balde antes do banho de banheira e coloquei meu Rebentão imerso em águas quentes na tentativa de um relaxamento absoluto para o sono ideal.<br />
Não funcionou.<br />
Tentei o banho de balde depois do de banheira e com chá de erva doce e camomila.<br />
Não funcionou.<br />
Frustradamente, fiz a tentativa de resgate a Shantala. Quem sabe massagear seu corpinho de pele de manteiga e suas dobras famosas no facebook ajudará em seu relaxamento?<br />
Não funcionou.<br />
Voltei a colocar no momento do banho o CD que usei durante seus seis primeiros meses de vida para Shantala e ritual do sono. Quem sabe no fundo de sua memória algo trabalhe e sua cabeça resgate a capacidade que já teve de acordar só uma vez para mamar?<br />
Não funcionou.<br />
Uma amiga de academia me deu um gel que disse ser milagroso para dormir. Um gelzinho azul feito por uma especialista em florais. O produto deveria ser passado na sola do "pé pãozinho" depois do banho antes de dormir.<br />
Assim foi feito e não funcionou.<br />
Tentei não dar banho. Quem sabe a água está despertando Ian e excitando meu filhinho ao invés de acalmá-lo ?<br />
Também não funcionou.<br />
Voltei a ler o Evangélio segundo Allan Kardec enquanto Ian faz a última mamada antes de dormir, voltei a dar de mamar sentada com ele sobre a almofada de amamentação ao invés de deitada como vinha fazendo em minha cama de casal e voltei a conversar com nossos mentores e anjos de Guarda antes de colocá-lo no berço.<br />
Me culpei muito por acreditar que Ian vem dormindo muito mal por minha causa, por minha depressão, por minhas desavenças com a Veri que não existe mais e a que nasceu dia 17 de Agosto de 2012 na Maternidade São Luiz. Tive vontade de procurar Laura Gutman na Argentina e pedir sua ajuda.<br />
Decidimos colocar Ian em seu quarto, distante do nosso, planejamos o dia da desmontagem do berço e locomoção para o andar de cima da casa e não cumprimos com o planejado. <br />
Temos ouvido muitos pais dizerem que seus filhos só passaram a dormir bem depois que foram dormir no espaço próprio. Seus quartinhos...<br />
Tivemos pena de separá-lo de nós. <br />
Não fomos capazes.<br />
Hoje Ian está com nove meses duas semanas e quatro dias de vida. Já está há mais tempo fora de minha barriga do que dentro e acreditamos ser a hora de separar já que o processo natural da angústia da separação já está acontecendo desde o oitavo mês de vida dele.<br />
Conversar sobre sono com as amigas ou qualquer casal que eu cruze na natação do Ian, na aulinha de música ou no supermercado é uma constante em minha vida.<br />
Ouvir as mesmas dicas ou a que dizem ser a única solução é algo que não suporto mais.<br />
Qual é considerada por muitos pais a única solução?<br />
O NANA NENÊ !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!<br />
Antes de ontem no aniversário da filha de uma amiga soube de uma senhora carioca, uma "Super Nany" da Cidade Maravilhosa que promete ensinar a criança a dormir em uma semana e sem deixar chorar.<br />
Um casal de conhecidos está trazendo a tal senhora, pagando passagem de avião e seus honorários. Estão há 6 meses sem dormir NADA e quase se divorciando após muitas brigas noturnas, diurnas, infindas e sofridas.<br />
Sem dúvida alguma traria a "véinha carioca" se tivesse dinheiro para gastar com tentativas.<br />
Julho vem chegando e meu amor entrando em férias da faculdade poderá perder noites de sono acompanhando Ian em seu quarto no andar superior da casa para ensiná-lo a dormir sozinho em seu espaço. Seu quartinho...<br />
Ian passou a dormir mal depois que tirei a mamada noturna e a mesma foi devolvida entre todas as tentativas feitas. Não adiantou, e para a minha saúde física e emocional há um mês mais ou menos Ian mama uma, duas, três vezes durante a madrugada para que eu possa continuar existindo. Quando não conseguimos fazê-lo voltar a dormir de forma alguma, o colocamos em nossa cama, ele se acopla em meu peito e assim vamos até o amanhecer.<br />
Como a ideia é que ele durma a noite toda sem a colaboração dos meus mamilos, não poderei ficar com Ian em seu quartinho nesta fase de treinamento já que não tenho como desatarraxar minhas tetas e deixá-las na parte de baixo da casa.<br />
Sem dúvida alguma terei dificuldade para dormir e morrerei de saudades dos meus homens e a princípio tenho a sensação de que sofrerei de mais.<br />
Mas sou uma mulher de 38 anos de idade, sou mãe e preciso controlar minhas emoções.<br />
Rá Rá Rá Rá !!! Quem vê pensa. <br />
Ouvir opiniões diversas no caso de uma pessoa de suscetibilidade emocional como hoje eu me encontro é o maior equívoco a se cometer.<br />
Mudar de opinião a cada nova escutada é também uma exaustão.<br />
Ontem ouvi da minha tia que é médica hematóloga; <br />
- Veri, você não parou para pensar que pode estar causando um mal para o Ian?<br />
- Mal?<br />
- O fato do Ian não dormir pode prejudica-lo em muitos sentidos. ele pode vir a ter déficit de atenção e uma série de problemas causados pelo mau sono. A metabolização de muitos hormônios acontecem no sono.<br />
- Sim ! Eu sei! Eu me preocupo! mas o que eu posso fazer? Já tentei de tudo!<br />
- Deixa-lo chorar.<br />
- Mas não existe outra forma de ensinar um bebê a dormir a noite toda sem interrupções ?<br />
- Não! Essa é a única forma.<br />
Depois ouvi de uma amiga que há uma tese que prova o tamanho do mal causado pela técnica e prática sugerida pelo NANA NENÊ. Me contou que ficou muito angustiada ao ler o texto e eu sem ter tido contato algum com as tais informações já me vi completamente envolvida com a tese e a favor de tudo afirmado no estudo.<br />
Hoje ouvi da minha irmã que o tempo que estamos vivendo essa angústia do sono interrompido de Ian já é MUITO MAIOR do que o de choro/treino que os autores do NANA NENÊ promete para o sucesso do experimento, e que se chorar causa algum mal, não dormir causa males também. Portanto eu deveria pesar e medir o tempo de cansaço sem dormir direito desde o carnaval, e a angústia de ouvir o filho chorar por algumas noites.<br />
E no fim do papo já estava eu concordando totalmente com a posição da minha irmã e arrependida do tempo que já perdi sem aplicar o "best seller" e por consequência sem ter minha alma em contato com os seres do céu nas madrugadas. <br />
Escrevi um espetáculo infantil que se chama "O Bebê que não dormia e trocava a noite pelo dia" com inspiração absoluta na minha própria experiência e realidade.<br />
Que eu tenha sorte e consiga realizar o projeto e levando ao palco o que consegui escrever entre crises de choro e noites mal dormidas.<br />
Estão se perguntando o por quê da palavra SORTE ?<br />
Porque na minha profissão ela é muito mais importante que talento, vocação, determinação, comprometimento, persistência entre outros substantivos do nosso dicionário.<br />
E o que minha profissão tem a ver com o sono de Ian ?<br />
Nada!<br />
E por isso está na hora de acabar com esse post.<br />
Para o próximo espero vir com boas notícias de noites de pelo menos seis horas de sono contínuo além de inspiração para escrever sobre a refeição feita por Ian no café da manhã de dia das mães...<br />
Adivinhem o que Ian comeu num lapso de descuido e desatenção de seu pai, por acaso meu marido tão amado?<br />
Durmam por mim e até as cenas dos próximos capítulos.<br />
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Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-76610677548347399132013-04-05T14:24:00.005-07:002013-04-06T13:01:15.826-07:00A EXAUSTÃO DE TANTO AMARFaz tempo que não passo por aqui.<br />
Meu retorno ao blog é marcado pelo fim da quaresma.<br />
O último texto foi escrito às vésperas do carnaval entre malas e listas do que carregar para a viagem - Ian e seus pertences ocupam um espaço enorme em nossas listas, carro, em nossas vidas... - e hoje escrevo com um ovo de páscoa de chocolate trufado da Cacau Show sobre a mesa enquanto Ian tira uma soneca maravilhosa no sofá, e as galinhas do Cocoricó berram no cenário da TV Cultura.<br />
Um dos grandes sonhos da minha vida é ganhar algum prêmio de promoção em dinheiro e ao comprar o ovo trufado, agora sobre a mesa com lascas faltando, tive certeza de que vou ganhar um milhão e meio da Cacau Show. A mesma certeza que tenho a cada jogo da Mega sena que faço, código de barra que cadastro para o avião do Faustão e todas as promoções que entro para concorrer.<br />
Sempre me frustro.<br />
Nunca ganho.<br />
Ser muito positivo e ter muita fé tem seu lado negativo...<br />
As quedas são maiores.<br />
As decepções são mais doloridas.<br />
A fé que tenho ao participar de qualquer concorrência ou promoção deveria ser a mesma ao depositar em minha carreira e meu retorno à vida profissional, o que não vem acontecendo.<br />
Olho para o ovo e penso que eu o comeria inteiro.<br />
A lactação tem me permitido cometer o pecado da gula várias vezes por dia sem graves consequências mas preciso voltar a ter controle sobre meus desejos por comida já que Ian não vai mamar a vida inteira. O mesmo controle preciso ter sobre minhas emoções, o que também não vem acontecendo.<br />
Continuo sendo um chafariz de lágrimas mesmo tendo conseguido resgatar algumas coisas que me fazem bem como nadar, correr, muscular...<br />
Tenho tido algumas horas por semana de dedicação a algo que é só meu. Meu corpo, saúde e bem estar.<br />
Ian tem ficado algumas vezes com minha mãe com que se dá super bem e outras com Galdino.<br />
Quando estou na academia penso neles sem parar mas achei que sair de casa pela primeira vez e deixá-los na minha ausência fosse ser mais difícil.<br />
Ver que tudo funciona perfeitamente quando não estou é satisfatório e tranquilizante.<br />
Ian não se mexe no sofá.<br />
A respiração é tão leve que coloco minha mão sobre seu pulmãozinho para ver se está respirando.<br />
Dou um ovo de mil quilos de chocolate trufado para mãe que nunca fez isso!<br />
Esse é o sono bom de Ian.<br />
É assim que ele deveria dormir a noite inteira. Um sono profundo, pesado de respiração leve e serena.<br />
Isso também não vem acontecendo desde que voltamos do carnaval...<br />
A palavra "pesada" não combinam com "leve" e "sereno". Mas no caso do sono de Ian tudo orna perfeitamente. Um sono pesado de respiração leve e serena é perfeito!<br />
Depois de ouvir da pediatra "véinha" que eu tinha que tirar a mamada da madrugada porque a noite foi feita para dormir além de Ian ser um bebê grande e forte o suficiente para não precisar de leite enquanto as estrelas brilham no céu, voltei da viagem que fizemos em família para Caxambu decidida a dar início a nova tarefa que eu supunha ser desafiadora como tudo que envolve os mistérios do comportamento de um bebê.<br />
E vem sendo!<br />
Desafiadora e exaustiva.<br />
Até então eu considerava meu Rebentão um bebê que dormia bem durante a noite.<br />
Que fique bem claro: DURANTE A NOITE !<br />
Durante o dia Ian nunca dormiu a quantidade que dizem ser a ideal. Quando estamos sozinhos então...<br />
Com o pai e com a avó tudo é melhor e mais possível. <br />
Comigo, dentro de casa, só nós dois nada é tão possível.<br />
Para mim sobram as manhas, o não querer dormir de forma alguma, a reclamação por colo e necessidade de atenção absoluta.<br />
Justo comigo com que ele passa mais tempo!<br />
Por isso que procuro casas de amigas para ir e coisas para fazer na rua o tempo todo. Ian nas casas dos amigos e com brinquedos diferentes é um sucesso.<br />
No fim da tarde então...! Chamo de "Horário porra nenhuma". <br />
Vai chegando perto das 18:00 hs Ian vai dando sinal de seu cansaço porém não dá para ir dormir. Ele pede minha atenção mais do que em qualquer outro horário do dia. Ainda não é hora de tomar banho e mamar para ir para o berço, não é hora de ir visitar ninguém, um pouco tarde e escuro para ir nas praças do Sumaré... Das 18:00 hs ás 20:00 hs quando estamos fora de casa a minha imaginação e criatividade tem que ser mais férteis e poderosas.<br />
Galdino consegue realizar tudo perfeitamente na companhia de Ian. Cuida da casa, lava roupa, escreve projetos, corrige prova; TUDO!<br />
Quando estou com Ian sou dele e me arrisco pouco a executar tarefas e atividades para não me frustrar.<br />
Já me bastam as frustrações dos prêmios não conquistados, dos testes de publicidade não aprovados, os espetáculos não estreados, as novelas não feitas, os filmes não participados...<br />
Já não passo tantas horas com Ian pendurado em meus peitos - agora ele é mocinho e come frutas, legumes, verduras, carne e ovo - mas as horas de reflexão sobre minha vida parecem infindas assim como nos tempos de livre demanda.<br />
Continuo me sentindo muito sozinha mesmo no meio de milhares.<br />
Será que é a maternidade que me causou tudo isso ?<br />
A proximidade dos 40 anos ? <br />
Ou estas sensações e sentimentos brotariam em mim independente da existência de Ian ?<br />
Nunca saberemos...<br />
Hoje Ian existe, sou mãe, minha realidade é nova e não há espaço para suposições. <br />
Preciso de resoluções para o que me angustia.<br />
Onde é que eu estava mesmo ?<br />
Ahhhh! Na parte que eu achava que Ian era um bebê que dormia bem. Acordava uma vez na madrugada por volta das 2:30/3:00 hs para mamar, mamava dormindo e ia até ás 6:30/7:00 hs da manhã.<br />
Tirar essa mamada do meio da madrugada me empolgou. Pensar em voltar a dormir 6 horas seguidas me pareceu uma dádiva.<br />
A dica da "véinha" para essa exclusão da mamada noturna de nosso histórico foi : DEIXA CHORAR.<br />
Ian continua dormindo em meu quarto. O dele fica na parte de cima da casa e longe o suficiente para eu sentir pena, remorso, medo além de uma profunda preguiça e cansaço de me imaginar fazendo aula de STEP na madrugada.<br />
Cometi o enorme erro de tirar Ian do berço para niná-lo sem mamar assim que ele anunciava seu despertar na boa intensão de poupar Galdino, que estava trabalhando muito, da possível e provável reclamação de Ian por seu peito.<br />
Na verdade meu peito!<br />
Nosso peito então vai !<br />
Queria poupar Galdino mas também queria poupar meu coração e minhas emoções.<br />
Ouvir filho chorar quando não estamos 100% é destruidor.<br />
Ian gostou da brincadeira de ser ninado e passou a acordar muitas, muitas , muitas , muitas vezes durante a noite.<br />
MUITAS!<br />
Nunca chegou a dez, mas várias madrugadas acordou por nove vezes...<br />
A idéia era que todos dormissem já que a noite foi feita para isso. Mas não estávamos nem dormindo nem mamando nem nada.<br />
Indo a nova consulta com o pediatra oficial de Ian e ouvindo o cara dizer o mesmo "DEIXA CHORAR pois isso nunca traumatizou criança alguma", resolvi fazer o teste com o apoio de meu amor.<br />
Durante 2 noites não levantei para pegar Ian a cada vez que ele anunciava seu despertar noturno.<br />
Ele resmungou, chorou fraquinho, pouquinho e voltou a dormir.<br />
Na terceira noite ele dormiu das 21:00 ás 5:00 da manhã e assim fez por mais 5 noites!<br />
Batalha vencida !!!!!<br />
Conseguimos !!<br />
Viva !!! Poderei dormir seis horas seguidas se eu for me deitar ás 11:00 da noite !<br />
Passadas essas 6 noites, meu Ianzito bolão voltou a acordar muitas vezes.<br />
MUITAS.<br />
A maratona pela casa voltou a rolar nas madrugadas e o colchão de quarto de Ian e o sofá da sala voltaram a sentir o calor de nossos corpos e a umidade do suor de sua cabecinha. <br />
Por mais exausta e internamente PUTA que estivesse com a situação, ouvir as reclamações de Galdino dessas noites movimentadas e do comportamento de Ian me parecia uma ofensa pessoal.<br />
"NÃO FALA ASSIM DO MEU FILHO! Ele não tem culpa! Ian não escolheu acordar muitas vezes na noite por achar bacana nos exaurir. Vejo que ele se esforça para continuar dormindo e ao não conseguir fica irritado e então chora."<br />
A educação e jeitinho certo de falar com o "amiguinho" mandaram lembranças neste período e me peguei batendo boca com meu amor por várias vezes o que me detonou as emoções de forma ainda mais expressiva.<br />
Combinei que na madrugada não falaríamos.<br />
Não respondo por mim depois da terceira ou quarta levantada da cama para atender ao chamado de Ian então é melhor não haver comunicação verbal.<br />
É lógico que a regra não foi respeitada.<br />
Gal foi parar algumas vezes no sofá ou no futom da sala na companhia do nosso Buddhinha também na intensão de poupar meu sono.<br />
Me senti sozinha e abandonada no quarto e lógico; não dormi.<br />
Com Galdino Ian dorme rápido e fácil. No percurso do berço para seu colo Ian já sente se aproximar do pai e dorme no caminho. É algo fora do normal. <br />
Mas Galdino desenvolveu uma técnica infalível e dificilmente acorda com o "toque de despertar" de nosso anjinho lindo e eu com pena de seu sono e do seu cansaço de dar aulas e dirigir um espetáculo fico na maratona solitária.<br />
Preciso amparar Ian nas madrugadas, preciso dar amor, carinho e aconchego para ele.<br />
E preciso lembrar também que é uma fase, um período e que passa.<br />
Já escrevi sobre o sono em outro post e não acreditei que escreveria mais. <br />
Porém o sono é um assunto recorrente pois a falta dele nos tira um pouco dos brilhos, das vontades, das alegrias.<br />
Um dos hormônios do bem estar só é liberado a partir da quarta hora de sono contínuo, imaginem ?<br />
Eu e muitas amigas estamos na falta desta maravilha hormonal há tempos.<br />
Em todas as situações em que me vejo com outras mães e bebê o assunto é esse.<br />
Dormir ou não dormir; uma das mais importantes questões.<br />
Semana retrasada encontrei um amigo na academia pela manhã depois de uma noite bem movimentada e ele me perguntou como eu estava e eu respondi:<br />
- EXAUSTA DE TANTO AMAR ! <br />
E abri a boca a chorar.<br />
Estou muito cansada de sentir tanto amor pelo meu filhinho.<br />
É amor de mais! Um amor que consome a alma!<br />
Se não fosse tanto amor haveria mais descaso e talvez as coisas se tornassem mais fáceis.<br />
Essa atividade não remunerada, sem folga, sem férias de dedicação exclusiva e absoluta e que envolve o maior amor possível existente no mundo é preciosa! É linda, é admirável, é poética mas carrega o peso do amor incondicional e isso muda tudo !<br />
Existem muitas coisas que amo nesta vida. O Teatro por exemplo! Eu amo fazer teatro, ver teatro pensar teatro, ler teatro mas se eu fico de saco cheia do teatro sendo "ele" algo que também já me tirou o sono, eu o abandono.<br />
Eu amo dar banho no Ian, amamentar Ian, brincar com Ian, passear com Ian, fazer tudo com Ian. Mas se eu fico de saco cheio do Ian eu não posso abandoná-lo.<br />
Hoje Ian aprendeu a bater palmas e seu olhar entusiasmado pela nova descoberta é intorpecente como droga alguma já experimentada.<br />
Na última aulinha de natação ele se movimentou na água e brincou de forma a mostrar progresso o que me faz sentir vontade de engolir ele de volta para dentro de mim.<br />
Aliás essa história de lamber a cria aqui em casa não é só expressão ! Ando dando umas lambidas das papas e vitaminas que escorrem por suas bochechas um pouco menores do que já foram um dia.<br />
Ian vem emegrecendo lentamente.<br />
Olho para ele muitas vezes, sinto uma pressão no coração e sinto vontade de perguntar :<br />
-Ian ! Você recebe o amor que sinto por você? Ele chega até seu coração depois que ele sai do meu? Como faço para te amar mais, para te doar mais, para te cuidar mais, para te amparar mais meu filhinho?<br />
Agora que ele tem 2 dentes crescendo e quando sorri vejo duas serrinhas apontando gengiva a fora... Meu Deus que vontade que tenho de nem sei...<br />
Ontem recebi uma mensagem com o pedido de um texto falando sobre minha experiência de ter ganhado o prêmio FEMSA- Coca Cola- de melhor atriz em 2009. Esse ano a premiação completa 20 anos de existência e todos os vencedores vão poder contar um pouco sua historinha.<br />
Contei a minha e relembrei o quanto quis, rezei , sonhei e esperei por esse prêmio que me indicou muitas vezes e me contemplou uma.<br />
Relembrei que não ganhei concursos, sorteios nem promoções mas ganhei 1 prêmio de melhor atriz o que vale muito... E olhando Ian que acaba de acordar e me premiar com seu sorriso de duas serrinhas ,concluo que o maior troféu do mundo dorme no meu quarto e ainda mama do meu leite.<br />
Ai ai ai como é bom te amar meu prêmio máximo...<br />
Mas não seria nada mal ganhar um milhão e meio da Cacau Show !<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNO9rbYIILFNjyPL8wVMlq72fKLFpqthtoEj0rXv5grs1Bv20aLdi_42EbY5a77JcZ9R8QEvsf5wmLF3i_Cec-OGqyo7ClvQgzLYea96IXCygFBDWmFofh4QqIq9y4CmnZrnMm1JMce0VX/s1600/mam%C3%A3e+e+Ian+no+Butant%C3%A3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNO9rbYIILFNjyPL8wVMlq72fKLFpqthtoEj0rXv5grs1Bv20aLdi_42EbY5a77JcZ9R8QEvsf5wmLF3i_Cec-OGqyo7ClvQgzLYea96IXCygFBDWmFofh4QqIq9y4CmnZrnMm1JMce0VX/s320/mam%C3%A3e+e+Ian+no+Butant%C3%A3.jpg" width="213" /></a></div>
Foto de Elise Guedes tirada no Instituto Butantã em um pic nic das "Filhoteiras"Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-89075830793167439582013-02-14T17:32:00.000-08:002013-02-14T17:32:14.234-08:00BABÁ OU NÃO BABAR EIS UMA NOVA QUESTÃO(Texto escrito dia 6/2/2013)<br />
Inéditamente consegui escrever um novo texto antes de completar um mês da última postagem desde que Ian nasceu.<br />
Ian completará 6 meses daqui 11 dias e cá estou eu com novos delírios!<br />
Não que ele tenha aprendido a dormir durante o dia me presenteando com um tempo em que eu possa escrever neste espaço, me dedicar a algo em meu benefício ou em benefício da minha carreira de atriz hoje adormecida...<br />
Minha carreira dorme dia e noite, Ian não!<br />
Pelo contrário!<br />
Ian continua exigindo atenção total e absoluta 15 horas por dia à sua divina existência e a cada dia que passa de forma mais intensa. <br />
Já faz tempo que ele lembrava de sua carência e prazer por colo somente após o almoço me permitindo atividades domésticas pela manhã.<br />
Hoje ele reclama por colo logo que desperta e os amigos do móbile da Fisher Price doado por uma amiga querida, andam saudosos de sua alegria e gritinhos ao contemplá-los ao nascer do dia.<br />
Por pelo menos meia hora o macaquinho, a ararinha, o sapinho e a borboletinha giravam sobre seu olhar encantado com as cores dos bichinhos e o som de Bach. Tempo suficiente para eu tomar café da manhã e arrumar a cama.<br />
Atualmente, após a primeira mamada da manhã, minha criatividade para entretê-lo já tem que entrar em ação para que minha bacia seja poupada de seus 9,260 Kg antes do meio dia.<br />
Meu corpo é uma sequela generalizada e eu não consigo vislumbrar possibilidade de me cuidar indo às sessões de fisioterapia e acupuntura "receitadas" por um ortopedista que me examinou esta semana, e nem voltar a frequentar minha querida e saudosa academia como também me recomendou o médico.<br />
Não tenho babá.<br />
Nem coragem e desapego para deixar Ian em um berçário e ir cuidar ma minha saúde óssea e muscular.<br />
- Você falou em primeira mamada da manhã Veridiana ?<br />
Sim! Ian continua manando com hora marcada... Em uma semana de mamadas extras do tipo "nocaute - sossega leão" ao final da madrugada para que eu não tivesse minhas manhãs iniciadas ás 5:00 hs, Ian deu uma "nova" arredondada e sem dúvidas isso me preocupou.<br />
Por ele e por minha lombar.<br />
Minha mãe sempre fala que uma babá solucionaria tudo. Minhas dores pelo corpo e as mamadas extras.<br />
No caso de precisar dormir um pouco mais, a babá ficaria com Ian ao invés de entorpecê-lo com meu leite. Precisando cuidar de mim a babá estaria ali para ajudar.<br />
Diferente da maioria das mães do mundo todo, minha preocupação com meu filhinho é de peso em excesso. Meu histórico com a balança não é dos mais animadores apesar de hoje eu ter um peso bem normal e com certeza estou transferido meus traumas para sua curva de pesos e medidas.<br />
Ian nunca teve uma febre.<br />
Ian toma todas as vacinas e não tem reação alguma.<br />
Ian não tem remelas.<br />
Ian não tem catarro.<br />
Ian não teve uma cólica.<br />
Ian esteve em Paúba nas férias e não foi picado por borrachudo nenhum.<br />
Ian vai para casa de minha mãe onde todos os pernilongos da galáxia vivem e não é picado.<br />
Ian chora pouco.<br />
Mas como sou mulher e mãe eu precisava arranjar algo para me preocupar.<br />
Seu peso pesado!<br />
E sua necessidade exacerbada de colo.<br />
E por causa desta preocupação, esse fim de semana fui cúmplice de meu amor em uma extravagância consumista.<br />
Empenhados em comprar novos brinquedos para Ian que parece não suportar mais a centopéia maluca e o chocalho de siri da Fisher Price, nem o jacaré de Nova Iorque trazido pelo padrinho e muito menos o burrinho azul amigo do Pooh, fomos em família à Alô Bebê também dar uma olhada nos cadeirões já que a vida das laranjas lima, papaias e bananas desta casa estão com dias contados.<br />
Há tempos quero um daqueles tapetes com arco onde penduramos vários "amigos" e deixamos nossas crias "curtindo" uma solidão. Ian provou a textura e maciez de um desses na casa de uma conhecida e ficou entretido de forma a me empolgar com a idéia de adquirir um.<br />
Chegando no "shopping das pançudas e leiteiras" fui direto na sessão dos brinquedos a procura do tal tapete.<br />
- Credo !! Que coisa cara! R$ 350,00 um tapetinho vagabundo com uns bichinhos pendurados? Ai amorzinho... Uma viagem gastar um dinheirão com isso. Ian fica cansado muito rápido de tudo, fora que daqui a pouco ele já vai começar a engatinhar! E no fim das contas o que ele gosta mesmo é colo.<br />
Passeando pela loja batemos o olho em um casal se divertindo a beça com o filho de uns 6, 7 meses que encaixado em um brinquedão berrava de alegria entre pulos colaborados pelas molas do complexo de diversão para bebês da Fisher Price.<br />
Olha a Fisher Price na minha vida aí de novo...<br />
É lógico que colocamos Ian para brincar no tal Precious Planet Jumperro Blue Sky Collection assim que o brinquedão foi desocupado e é lóóóóógico que Ian delirou com a nova atração.<br />
Delirou a ponto de fazer pessoas pararem para admirar sua felicidade de tocar os pezinhos no chão amparado por uma estrutura estudada pelos americanos bitolados da Fisher Price.<br />
Tirei fotos com celular e enviei seu delicioso sorriso para toda família via CLARO.<br />
É lógico que ficamos muito tentados em comprar o brinquedo de valor astronômico para nossas realidades de atriz fora de cena e ator/diretor/professor no Brasil.<br />
Tentamos negociar descontos já que o último brinquedo da loja era o que estava em exposição mas não tivemos sucesso, e com meus argumentos femininos infalíveis convenci Galdino de não comprar o brinquedo quase 3 vezes mais caro que o tapete.<br />
Desolado e cabisbaixo seguiu em direção a nosso carro onde confessou sua decepção com meu comportamento desanimador na aquisição das poucas coisas que se interessa em comprar.<br />
Galdino é um homem que gasta muito pouco e nunca tem desejos consumistas.<br />
É muito comum eu desempolgá-lo nas compras das poucas coisas que despertam seu interesse.<br />
Fora o fato de até hoje só termos comprado um berço portátil para Ian. Tudo que temos foi doado por parentes e amigos. <br />
Meu amor disse que queria uma vez na vida ter o enorme prazer de comprar algo legal para seu filho.<br />
Me senti castradora e chatonilda.<br />
Me senti culpada.<br />
Dei toda razão a ele e me senti também uma estraga prazeres de marido.<br />
Fomos para o Shopping Eldorado com a nova missão de comprar o CD "Pequeno Cidadão" do Arnaldo Antunes para nosso pequeno cidadão.<br />
Passando pela PB Kids resolvemos entrar para ver se havia o tal brinquedão e se o preço era o mesmo que na Alô Bebê.<br />
- Sim, os brinquedos da Fisher Price são tabelados senhora. Mas você pode estar passando o cartão de crédito em até 10 vezes sem juros.<br />
Quando falam no gerúndio comigo minha vontade é de processar a pessoa. De mandar prender.<br />
-Você está presa por falar no gerúndio!!!<br />
Ou de demiti-la mesmo não sendo a mesma minha funcionária.<br />
No caso a minha vontade era de não comprar o brinquedo para não ter que continuar ouvindo aquele assassinato à língua portuguesa.<br />
Minha pátria é minha língua.<br />
Mas Galdino pegou no meu ponto fraco me convencendo a apoiá-lo ao comentar que Ian se exercitaria no tal brinquedo além de me dar uma trégua para meus afazeres domésticos.<br />
Exercício = gasto de caloria = emagrecer.<br />
Ian emagrecer !<br />
Entretenimento para Ian = tempo livre para cozinhar = alívio na coluna.<br />
Veri descansar !<br />
- Vamos comprar o brinquedo já !!!<br />
Voltamos para casa com um mix de culpa, empolgação e medo.<br />
Galdino empolgadézimo montou o brinquedo assim que chegamos em casa.<br />
Ian não amou o brinquedo como na Alô Bebê... <br />
Meu amor com seu olhar clínico detectou várias esquisitices no " Play Center" nos fazendo voltar a Alô Bebê para comparar os brinquedos.<br />
Eles são iguais.<br />
Ian foi novamente colocado no brinquedo da loja e se divertiu como da primeira vez. E como ele não se diverte com o dele em casa...<br />
Nas instruções é enfática a indicação de não ultrapassar 20 minutos de atividade no brinquedo provavelmente em função da coluna ou da bacia do bebê o que me decepcionou muito já que por um instante acreditei estar comprando algumas horas de trégua.<br />
Acreditei estar comprando uma babá.<br />
Tenho muita preguiça de empregados. De tê-los por perto, de orientá-los, dos assuntos e suas chatices clássicas.<br />
Confesso aqui o meu preconceito por mães que não vivem sem o auxílio de babás, mas desde que voltamos de férias onde Ian se viciou em colo, meu novo sonho de consumo é a aquisição de uma por uma questão de saúde mental e ortopédica.<br />
Não podemos contratar uma mas o brinquedo da Fisher Price em 10 vezes podemos comprar.<br />
Em outro momento vou escrever mais sobre o assunto.<br />
Os prós e os contras.<br />
Algumas vezes TIVE que colocar Ian em frente a televisão vendo Cocoricó para poder almoçar sem sua reclamação por colo e pensei: " Uma babá agora, por mais ignorante, burra, sem instrução, sem cultura ou sem graça que fosse, seria melhor que a nossa tela plana com o Julho, Lola , Lilica e Zaza.<br />
O ser humano e seu calor sempre serão melhores que a TV Cultura por mais legal que seja sua programação.<br />
Me arrependi da compra do brinquedão, fiz a confissão ao meu marido com um enorme pesar mas aprendi algumas coisas.<br />
Lição 1 : Bebês gostam muito mais de gente que de brinquedo.<br />
Lição 2: Santo de casa não faz milagre, tudo na rua sempre será melhor. (Ian gosta do brinquedo na loja, em casa não!)<br />
Lição 3: Bebês se cansam rápido de tudo, menos do pai, da mãe e de colo.<br />
Lição 4: Tenho que aceitar que por mais um período minha vida continuará sendo de Ian e que casa, comida e roupa lavada poderão não estar cuidada, pronta no fogão e passada e dobradas em seus devido lugar em acordo com o que considero correto.<br />
Lição 5: Não adiante eu querer emagrecer Ian. Isso acontecerá na hora certa. Ou não!<br />
O pediatra que hoje considero "O médico de Ian" diz que ele está duas linhas acima da curva considerada normal para sua idade e tamanho.<br />
Esse mesmo pediatra sugere que Ian mame de 3 em 3 horas e que na introdução do alimentos após 6 meses completos ele tome suco de laranja lima entre as mamadas da manhã e coma banana ou mamão papaia na primeira mamada da tarde seguido de peito.<br />
Achei uma loucura Ian comer e mamar, mas... O cara é médico!<br />
Após passar por 4 pediatras associados a UNIMED até encontrar "O médico de Ian" que considerei menos péssimo, ontem fui conhecer a quinta pediatra da história clínica de meu rebento para tirar a prova e também para ter motivos para sair de casa com ele.<br />
Já que meu Sling se tornou um uniforme e é quase mais um membro de meu corpo onde Ian se sente pleno - na vertical e colado em mim - que esta tríade Veri/Ian/Sling vá para a rua passear!<br />
Passear pela minha modesta casa de 130 metros quadrados com Ian horas e horas pendurado em mim se tornou monótono de mais para nós três.<br />
Até o Sling reclama quando percebe que a paisagem será o sofá laranja da sala, os imãs de bandeiras do Brasil da geladeira e as rosas de chita recortadas que decoram a parede de nosso quarto.<br />
Ao entrar pontualmente na sala da doutora, o que é raro nos consultórios de qualquer especialidade hoje em dia, me deparei com uma simpática e sorridente velhinha. O sobrenome da pediatra homeopata estampado na porta da clínica já havia me confortado. Sobrenome judaico! Um ótimo sinal. Quase 70% dos prêmios Nobel foram concedidos a Judeus e não é a toa que eles dominam o mundo.<br />
2 boas informações: uma velha e judia. Provavelmente experiente pelos anos de carreira e estudiosa.<br />
Velhos são sábios.<br />
Judeus são estudiosos.<br />
Estou quase me convertendo!<br />
Em pouco tempo de conversa já recebi mais uma boa informação; a "veinha" é professora da Escola Paulista de Medicina.<br />
Educadamente levei algumas "bronquinhas". <br />
A primeira por eu estar fazendo consultas em diversos pediatras. Ela me disse para escolher um e sossegar para não ficar confusa com a variedade de condutas e opiniões.<br />
Concordo! Mas o que posso fazer se ainda não me sinto feliz e satisfeita com o "casting médico" visitado até então? Cheguei a conhecer uma Homeopata de nome Afra que simplesmente só olhou na minha cara 10 minutos após minha entrada na sala e início da consulta! Não consigo compreender como isso é possível mas aconteceu e eu relatei para a "veinha". <br />
Conversamos um pouco sobre meu parto, sobre meus hábitos com Ian em relação a passeios, Sol e atividades, além do assunto sono.<br />
Ian não dorme de dia o que ela disse ser "o jeito dele".<br />
Disse que acho que seria bom ele dormir durante o dia e ela perguntou:<br />
- Bom para quem ?<br />
A segunda bronquinha levei quando disse que Ian mamava de 3 em 3 horas.<br />
- Não! É muito! Ele deve mamar de 4 em 4 horas e isso já devia estar sendo feito desde o terceiro mês de vida dele!<br />
- Ahhhh sei... !!! Bom, essa foi a indicação do último pediatra que estive e que inclusive me disse para que as mamadas sejam dadas sempre na mesma hora e desta forma tenho feito há 2 meses.<br />
- Sou professora da Escola Paulista de medicina e assim ensino para meus alunos há muitos anos. Ian não é mais um recém nascido para mamar de 3 em 3 horas. Ele mama de madrugada?<br />
- Mama! <br />
- Já devia ter tirado essa mamada há um tempo também. A noite é feita para dormir e não para comer e como já te disse, Ian não é mais um recém nascido para mamar desta forma. Ele precisa de pelo menos 8 horas de sono seguido durante a noite. Quando ele acordar querendo peito, deixe chorar. Não há mal nenhum em deixá-lo chorar. Faz bem para sua capacidade pulmonar e em 4 ou 5 dias ele já terá aprendido.<br />
- Mas.. e eu ? Como dormirei essas 4 ou 5 noites. Ian dorme no meu quarto.<br />
- Ele não tem o quarto dele?<br />
- Tem mas é muito distante do meu. Fica na parte de cima da casa onde ele dormiria sozinho.<br />
- Uma babá poderia te ajudar muito nesta situação. Ela dormiria com ele te poupando de ouvir seu choro.<br />
- Não posso ter uma babá.<br />
- Acho então que está na hora de você pensar em mudar de casa. Você me contou que não gosta de sua vizinhança... Você já tem dois bons motivos para procurar outro lugar.<br />
- Ahhhhhhhhh sei...<br />
Tadinha da "veinha", ela não foi grossa e nem falou por mal. Ela foi sincera e no fundo ela tem toda razão. Está mais do que na hora de eu mudar de casa, mas essa é a que eu tenho! Vender e comprar uma casa não é algo que se faça num estalar de dedos.<br />
Me perguntou o que me levou a seu consultório além da minha busca por um médico que me agrade.<br />
Falei sobre o peso de Ian e levei mais uma bronquinha.<br />
- Ele é um menino lindo, saudável, feliz. Olha a cara desse moleque! Eu não vou te falar de curva porque não uso. Cada criança tem uma! Não se preocupe. O que ele tem não é gordura. Ele é forte! O que mais ?<br />
Ela era solícita e estava disponível. Chegou a brincar com Ian enquanto pesava, media e examinava! Chamou meu amorzinho de LINDO... Se eu tivesse mil coisas a perguntar ou se Ian tivesse problemas, ela responderia pois estava ali para isso.<br />
Coisa rara!<br />
- Ia fará 6 meses em pouco tempo e quero saber o que você pensa da introdução de alimentos.<br />
- Inicie com suco de laranja lima entre as mamadas. Comece com 10 ml e vá aumentando a cada dia.<br />
Se quiser manter a alimentação só com leite materno até 7 meses, você também tem essa opção.<br />
- Mas e as frutas, as papinhas...?<br />
- Esse é um outro passo e falaremos isso na próxima consulta.<br />
- Devo voltar em 1 mês ?<br />
- Em quarenta dias.<br />
Fui embora do consultório feliz por mais uma vez ouvir de um médico o quanto Ian está bem, decidida a resolver com meu marido o que acreditamos ser mais sensato em relação a introdução dos alimentos e determinada a tirar a mamada da madrugada após o carnaval já que iremos viajar.<br />
Impossível treinar mudança de hábitos fora de casa.<br />
Durante o caminho até a casa da minha mãe fui pensando em soluções para nossa separação de Ian. Em algum momento ele terá que dormir em seu quarto.<br />
Quem fará companhia para que Ian não fique sozinho na parte de cima da casa?<br />
O brinquedão da Fisher Price é que não vai ser !<br />
Contratar uma babá é mais barato que mudar de casa...<br />
Eu não suporto babás!<br />
Mas enlouquecerei com o choro forte e solitário de Ian no piso superior da casa.<br />
Babá ou não babar, eis uma nova questão.<br />
<br />
<br />
<br />
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Ian na Alô Bebê<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Ian em casa<br />
<br />Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-28846002026242703162013-01-16T17:33:00.001-08:002013-04-04T09:31:19.847-07:00 "PUERPERLÂNDIA" - A cidade ideal das pós paridas.Comecei a escrever esse post 3 dias antes de Ian completar 4 meses. <br />
Isso já faz um mês !<br />
Amanhã Ian completa 5 meses e não terminei o texto falando sobre seus 120 dias de vida...<br />
Não posto nada há 2 meses e mais uma vez me sinto atrasada.<br />
O pós parto e esta fase de aleitamento e dedicação absoluta a cria me faz sentir atrasada em muitas coisas.<br />
Atrasada e aflita.<br />
É tudo muito dual. O misto de felicidade e tristeza confundem as válvulas do coração que parecem bombar o sangue em sentido contrário.<br />
Vivi um tempo em Cuba e ouvia quase que diariamente pelos cubanos a frase: " Todas las monedas tienen dos lados".<br />
Como pensei nos cubanos com Ian pendurando em minhas tetas.<br />
A Maternidade não é diferente. Tem dois lados.<br />
Laranjas não nascem em mangueiras e Ian, assim como seus pais, tem muita energia e como bom leonino requer atenção integral.<br />
Dorme bem durante a noite, o que já é uma benção, mas durante o dia dá no máximo 3 cochiladas de 15 minutos a meia hora e com direito a comemoração.<br />
Deixá-lo nas cadeirinhas ou no chão com seus brinquedos já funcionou, assim treinei-o desde seus primeiros dias de vida com consciência na ausência de ajuda em seus cuidados e distração, e também em função de seu peso que aumentou muito velozmente me criando fortes dores na coluna,bacia e lombar. Mas assim que completou 4 meses passou a querer nosso olhar constante sobre sua existência.<br />
Deixá-lo ao meu lado enquanto escrevo por exemplo, já não é possível há muito tempo.<br />
É preciso distraí-lo e diverti-lo SEM PARAR.<br />
Começar uma atividade não relacionada a ele, seja ela qual for, e não conseguir concluí-la começou a me desgastar de tal forma que decidi não tentar fazer mais nada, e que viveria em função de Ian por mais um tempo ou enlouqueceria com a frustração da não conclusão das tarefas iniciadas. <br />
Com as férias muito próximas acreditei que deveria começara a pensar um pouco em mim só em 2013.<br />
Parei de tentar ler, escrever posts, escrever novos textos e elaborar projetos de teatro ou qualquer coisa que tomasse meu tempo e necessitasse minha concentração.<br />
Fomos viajar!<br />
Mas antes de falar sobre as férias e viagem com um bebê que bem provavelmente ficará para outro post ( já estou devendo tantos...), tem todo meu devaneio do início da aterrizagem no planeta terra que no meu caso aconteceu com a conclusão dos 4 meses de vida do Ian.<br />
Vamos lá! <br />
Ao Ian! <br />
Ao quarto mês de vida de meu Ian Rebento! <br />
A mim ! <br />
A minha loucura e desequilíbrio, ou para quem quiser outra classificação, uma depressão pós parto tardia.<br />
Passada a fase nebulosa em que parecia estar vivendo um sonho embaçado ou assistindo a um filme desfocado na tv entre dormidas no sofá da sala, começo a ter consciência de uma série de coisas, lamentar as escolhas mal feitas e as decisões mal tomadas.<br />
Já falei sobre essa sensação de ausência de conexão com a realidade em outra ocasião. Sobre a memória nublada dos primeiros dias em casa na volta da maternidade com o novo integrante da família.<br />
Não me lembro de muita coisa ou de quase nada!<br />
Muitas pessoas me alertaram sobre a falta de memória no pós parto e só vivendo a experiência para entender o que é.<br />
É ruim! Faltam palavras, o raciocínio é lento e confuso, nossa memória de alguma forma é o que nos conecta com nossa história e ficar com ela abalada me fez ficar um tanto catatônica, sem referências.<br />
Mas isso não vem sendo o pior das reações puerperais, se é que existe esse termo.<br />
Também já disse que se experiência fosse transferida eu abriria uma barraca aqui na frente de casa e venderia algumas maravilhosas que vivi.<br />
Não adianta nada sermos alertadas de uma série de coisas. O fato de sabermos da possibilidade enorme de vivermos certas experiências , não nos prepara para lidarmos bem com a chegada delas.<br />
Experiência se vive.<br />
Não tem outra forma.<br />
E só as vivendo para saber como lidar com o que elas nos fazem sentir.<br />
Minha memória e inteligência parece terem ido embora na companhia da placenta e dos meus quase 2 litros de sangue perdidos no dia 17 de Agosto quando Ian nasceu.<br />
Minha capacidade de organizar raciocínios e idéias chegou a um ponto preocupante. <br />
Perdi noção total e absoluta das minhas ações e atitudes. <br />
Falei coisas sabendo que não podiam nem deviam ser ditas, agi em desacordo com meus ideais, descordei das minhas convicções, confundi o inconfundível, esqueci o inesquecível, odiei o adorável e chorei chorei chorei chorei chorei chorei chorei chorei ... Ai meu Deus como eu chorei !<br />
Me culpei me culpei me culpei me culpei por chorar chorar chorar com Ian nos braços e nas tetas... ai como eu me culpei.<br />
O quarto mês de vida do Ian marcou uma fase de retorno ao mundo real e de um contato dolorosíssimo com a nova Veridiana que ainda não caiu nas graças da antiga.<br />
Mas quem é a nova? Como era a antiga?<br />
Pois é ! Ai é que está a questão. <br />
Não sei ! <br />
Não sei de nada !<br />
Não me lembro. <br />
Tá uma baderna na cacholeta, uma confusão de dar dó de mim mesma; coisa que andei sentindo por mim muitas vezes. <br />
Pena de mim.<br />
Dó de mim.<br />
Coisa desagradável de sentir.<br />
A isso tudo, a essa enorme confusão e lágrimas deram o nome de DEPRESSÃO PÓS PARTO.<br />
Demorei para acreditar que estivesse acontecendo comigo.<br />
Minha mãe que é uma pessoa que adora diagnosticar depressões por acreditar ser mais fácil curar aquilo que tem nome, me alertou sobre a tal depressão ao final do segundo mês de vida de Ian.<br />
Não dei crédito.<br />
Comigo não ! Me preparei tanto para essa fase, quis tanto esse filho...<br />
Comigo sim !<br />
Não é patológico, é fisiológico, é hormonal.<br />
Hormônio em dosagem alterada é veneno.<br />
Depois de muita insistência da família fui á consultas psiquiátricas e psicoterapeuticas. A uma com o psiquiatra da minha mãe com que já estive há muitos anos e não me lembrava.<br />
Ele sim se lembrava até da roupa que eu estava usando na primeira vez que nos vimos.<br />
Sempre me gabei da minha memória...<br />
A outra com uma psicoterapeuta corporal que direciona seu trabalho a gestantes e pós paridas.<br />
Falar é sempre bom, sempre me faz bem e saí das sessões de terapia um tanto melhor mas distante de me sentir "curada".<br />
Mas... curada de que?<br />
Não sei! Só sei que não estou em meu estado normal.<br />
Será que vai ser assim para sempre?<br />
Ser mãe é ser anormal ?<br />
Somado a essa fase de arrependimentos e conscientização de muitas coisas relacionadas a nova realidade, um inferno astral do mais potente existente na galáxia me acompanhou por vários dias.<br />
Minha culpa ao ler as mensagens de facebook pelos meus 38 anos anos me intoxicaram e catalizaram minhas dores de alma. Várias pessoas me escreveram " Esse deve ser o melhor aniversário da sua vida !" por causa do Ian.<br />
Foi o pior.<br />
Obviamente NÃO por causa do meu REBENTÃO hoje pesando quase 10 Kg.<br />
Não vem ao caso relatar quem potencializou toda minha angústia puerperal, mas no dia 10 de dezembro tive que ouvir sobre todos meus defeitos e características desagradáveis e o que muitos pensam a meu respeito. Essas enformações chegaram em mim como uma enxurrada que invade um barraco de madeirite durante um dilúvio clássico dos verões paulistanos.<br />
Voltei para casa chorando chorando chorando chorando e me sentindo cansada de mais.<br />
Neste dia percebi o quão exausta estava e arrependida de não ter aceito as muitas ofertas de ajuda feitas por tanta gente, desde que Ian nasceu.<br />
Esse foi um dos meus grandes erros.<br />
Querer bancar a heroína.<br />
Por achar que devo viver de acordo com a minha realidade, não tinha aceitar ajuda de ninguém.<br />
"Para que ter gente em casa me ajudando por um período se não poderei ter essas pessoas ou outras para o resto da vida ? Tenho que me acostumar desde o início a cuidar da casa, de mim, do Ian , do meu casamento e do meu alimento da forma que será para sempre."<br />
E a profissão ? E os cuidados com ela?<br />
Sobre isso prefiro nem falar.<br />
Eu deveria ter aceitado as ajudas oferecidas. <br />
Não para os cuidados com o Ian pois esses eu não transferiria para ninguém nem por decreto. Mas com os cuidados do lar sim.<br />
Antigamente a chegada de um filho em uma família era vivenciada e dividida por muitas outras.<br />
As famílias eram maiores, o volume de tias, primas, irmãs era suficiente para a mulher viver a quarentena intensamente.<br />
Os cuidados com a puérpera, sua casa e higiene do bebê passavam a ser responsabilidade coletiva. Até os vizinhos participavam e nos quarenta dias pós parto a mulher só se levantava da cama para necessidades fisiológicas e higiênicas. O resto do tempo ela descansava e dava de mamar.<br />
Não que eu quisesse ficar quarenta dias na horizontal com parentes cozinhando, lavando roupa e dando banho no Ian por mim, mas eu poderia ter minimizado meu cansaço e solidão com a ajuda de quem me quer bem.<br />
Deveria existir uma cidade das puérperas.<br />
A cidade se chamaria "Puerperlândia".<br />
É para lá que todas nós deveríamos seguir depois de parirmos nossos filhos.<br />
Cheguei a conclusão sobre a necessidade desta cidade outro dia ao ouvir "Os Saltimbancos" na deliciosa e divina companhia de Ian.<br />
Tem uma música que fala sobre a cidade ideal de cada bicho. A galinha diz por exemplo que "a cidade ideal das galinhas tem as ruas cheias de minhocas".<br />
A cidade ideal das pós paridas tem muitas praças com árvores, flores, mar e cachoeiras.<br />
Na Puerperlândia, vivem além de nós, vários anjos e fadas que são encarregados em nos ajudar.<br />
São eles quem nos acordam durante a madrugada quando nossos bebês acordam para mamar. Eles pegam o bebê no berço, colocam em uma nuvem que é aconchegada ao lado de nossos peitos onde eles mamam e depois voltam para seus berços esplêndidos carregados pelos anjos.<br />
São também eles que cuidam de nossas roupas, limpeza de casa e comidas.<br />
Pela manhã, as fadas do café da manhã nos avisam que a comida jé está servida. Então seguimos até uma mesa cheia de frutas, cereais, Leite Molico Total Cálcio, peito de peru defumado sem casca, pão integral com 12 grãos e muita água de coco.<br />
As praças da Perperlândia são maravilhosas, o chão é lisinho para podermos empurrar os carrinhos com os bebês sem tremedeiras e trepidações ou não correr o risco de tropeços com Slings. <br />
Nelas encontramos todas as amigas com seus bebês e compartilhamos experiências vividas. <br />
Não precisaremos nem chorar as pitangas e gastar tempo lamentando sobre as dificuldades nos longos papos das praças. <br />
Lá não há dificuldades.<br />
Na cidade das puérperas, lágrimas: só de emoção.<br />
Depois do passeio pela praça onde o sol brilha em uma intensidade amena durante todo o dia para não tostar nossas crias e as fadas nos oferecem água ou chá de erva doce gelado a cada 20 minutos, as fadas do berçário levam os bebês para uma soneca de 3 horas até a próxima mamada enquanto as mães vão fazer ginástica para fortalecer os braços, alinhar a coluna e alongar GERAL.<br />
Eu certamente nadaria 2000 metros depois de fazer uma Yoga, musculação e longas caminhadas.<br />
Depois do nosso banho as fadas do berçário devolveriam os bebês para o mamá do meio dia que seria dado em frente ao mar.<br />
Voltando para casa as fadas do almoço já teriam deixado o almoço todo a disposição para ser degustado vorazmente. Muita salada, arroz integral, feijão, legumes no vapor e Salmon ou peito de frango grelhado. Nada de gordura. E azeite, muito azeite !<br />
De sobremesa sorvete da Stuzzi ou de qualquer marca que não tenha gorduras hidrogenadas.<br />
Depois do almoço os anjos do banho preparariam a banheirinha com água na temperatura ideal para que eu pudesse banhar meu Ian antes da mamada das 15:00 hs. <br />
Adoro dar banho!<br />
Adoro vestir!<br />
Adoro trocar fraldas.<br />
Todas essas atividades continuariam sendo realizadas por mim com a assistência das fadas e anjos.<br />
Depois das mamadas das 15:00 hs, juntos tiraríamos uma soneca deliciosa.<br />
Papai já estaria nos acompanhando nesta etapa. Na Puerperlândia a jornada de trabalho dos maridos termina cedo.<br />
Agora deixo a critério de vossas imaginações como seria o resto do dia na cidade das pós paridas. Eu tenho o meu roteiro muito claro em minha mente.<br />
Certamente lá não existiria internet nem canais de televisão. Entrar em contato com a realidade nesta fase é difícil de mais.<br />
Um bom monitor seria legal para assistir filmes Latinos e Europeus de arte.<br />
E se Ian quisesse colo enquanto eu e Galdino assistíssemos um filme, os anjos do colo embalariam nosso amor suspenso em uma nuvem na sala de nossa casa da Puerperlândia.<br />
Foi delicioso sonhar durante essas mal traçadas porém criativas linhas de desejos puerperais.<br />
Os 19 dias de férias que tive em Visconde de Mauá e Paúba com as deliciosas companhias de Galdino e Ian, meus amores, foram divinos como minha descrição da Puerperlândia.<br />
Não ter que cozinhar, lavar roupa, arrumar cama e quarto por vários dias ajuda bem na recuperação física e emocional de uma sequência de 4 longos meses de trabalho doméstico intenso.<br />
Voltar para São Paulo e para a realidade "é que são elas".<br />
É isso que estou vivendo agora. A volta a mais uma das mil realidades...<br />
E como ela é fiel e presente, está me chamando nesse exato momento para a mamada antecipada da meia noite. <br />
Mamada que havia sido abolida antes das férias, mas que voltou a fazer parte de nossas vidas depois de 2 noites por 8 horas seguidas dormidas em Mauá...<br />
As férias são deliciosas e amenizam uma série de "dores", mas como tudo na vida tem suas consequências, seus dois lados como as moedas dos cubanos.<br />
Sobre isso podemos falar em um outro momento.<br />
Sobre esse tema e vários outros em aberto que por este caminho ficaram, podemos falar em outra situação caso minha memória e organização (ou desorganização) cerebral permitam.<br />
Agora preciso dar de mamar.<br />
Para isso minha memória não falha jamais.<br />
A natureza é sábia mas todas as moedas tem dois lados.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5FEmLuXy3C70riH9rCTv6izm54mji2bphqoOEFT2jWTzzFkQLibM_zWs8aGld7OJH1zb2D8InqLvJ9Nfv55ngeNGmICELt1lmlQaG-849slhdccf7pLOdAz82NbZp6Ee6Npl61ZboyYFI/s1600/sonhos-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" jea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5FEmLuXy3C70riH9rCTv6izm54mji2bphqoOEFT2jWTzzFkQLibM_zWs8aGld7OJH1zb2D8InqLvJ9Nfv55ngeNGmICELt1lmlQaG-849slhdccf7pLOdAz82NbZp6Ee6Npl61ZboyYFI/s320/sonhos-2.jpg" width="320" /></a><br />
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Fim de Tarde na PUERPERLÂNDIA<br />
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<br />Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-83498476396160315862012-11-22T16:41:00.001-08:002013-02-13T17:55:52.990-08:00A INCONTINÊNCIA CONJUGAL E A COSTIPAÇÃO PROFISSIONAL AO FIM DA LIVRE DEMANDAHá 5 dias Ian completou 3 meses.<br />
Dia 19 de novembro comemoramos 1 ano que Ian foi concebido.<br />
Ian existe há 12 meses e esteve mais tempo dentro de mim do que nesse mundão de meu Deus.<br />
Nove dentro, três fora!<br />
Meus posts vem sendo pontuados pelos aniversários de Ian que parecem me fazer refletir mais ainda sobre tudo que venho vivendo em sua deliciosa companhia e também me fazem refletir sobre o tempo. <br />
Seus meses de vida me fazem sentir o tempo e pensar no tempo o tempo todo.<br />
TEMPO: um de meus grandes inimigos! Principalmente hoje em que um dia parece ter bem menos que 24 horas e os prazos de validade parecem vencer a cada segundo em todos os produtos das gondolas da minha existência.<br />
Quanta angústia me proporciona essa velocidade do mundo da internet, dos celulares e do que se tornou a vida profissional, familiar e social no mundo moderno e globalizado.<br />
Apesar de eu estar absolutamente inserida neste universo "ARROBA.COM" não estou conseguindo acompanhá-lo e aceitá-lo nesta fase "tetas reclusão" que poderíamos chamar de Licença a maternidade caso eu fosse uma mulher empregada. <br />
Como atriz não tenho direito a nada.<br />
Meu ritmo puérpero é lento...<br />
Diferente do frigorífico "Veridiana´s breast laticínios LTDA" que vem produzindo um volume de leite para consumo em larga escala com velocidade e ritmo de internet banda larguézima. <br />
Meus peitos que andaram diminuídos e muchibentos com a potência de sucção de meu filhinho hoje pesando 8 Kg, há 4 dias estão de novo enormes e vigorosos em função da nova imposição da minha tirania.<br />
Digo tirania por ter sido chamada de TIRANA dia desses por meu marido.<br />
Já ouvi muito homem dizer que viramos tiranas depois do primeiro filho e acho que eles tem razão.<br />
Mama-se menos nesta casa desde segunda feira dia 19. Tem leite sobrando por aqui e as conchas de silicone voltaram a ser reservatório de vacina gratuita. Meu leite!<br />
Andei ouvindo muita gente querida, e muita gente chata a beça, falar do tamanho de Ian, das dobrinhas de Ian, das coxas de Ian, das enormes e divinas bochechas de Ian, do peso de Ian ...<br />
Gigantão,"Goddú", "Godão", Bebezão, Bebê gigante, Boneco da Michelin entre outros apelidos carinhosos, além de uma matéria da revista VEJA sobre obesidade infantil, me fizeram repensar a LIVRE DEMANDA e mudar o ritmo e frequência de mamadas de meu "Rebentão" mesmo ele estando com seu peso e tamanho dentro da normalidade na curva estipulada pela medicina pediátrica..<br />
Além dos aspirantes a endecrinologia infantil de plantão e da revista Veja, minha noção de estética e aversão a gordura gritou alto segunda feira na casa de minha mãe ao admirar Ian refesteladão no tapete fofo da sala de televisão onde passei milhares de horas de minha vida.<br />
Minha mãe mora até hoje na casa em que nasci e cresci.<br />
Ele me pareceu grande de mais. <br />
Chorei de pena e de cansaço por uma noite difícil em que ele acordou de hora e meia em hora e meia querendo mamar, e ao comentar com minha mãe sobre a preocupação com o peso de Ian e sentir em seu olhar uma leve aprovação com minha aflição a respeito da "fofura" de seu neto, decidi que a partir daquele segundo começaria sua primeira dieta para controle de peso.<br />
Decretado o fim da LIVRE DEMANDA e início da imposição de limites em sua vidinha.<br />
Mal sabe ele das várias "dietas" que a vida vai exigir.<br />
Me esgotou ouvir muitos dizendo que Ian estava gordo e de outros tantos que está tudo bem, que ele tem saúde e que quando começar a andar vai perder peso. A questão é que ele tem 3 meses, não vai sair andando amanhã e já pesa mais que muitos bebês de 6 meses !!!<br />
Haja coluna!<br />
Achei que fosse ter que lidar com algo que não estou acostumada ao decretar as mamadas mais espaçadas: seu choro faminto com a mudança de hábito e nova dieta implantada. <br />
Ian é um bebê que chora muito pouco e temia sofrer com sua potência "choral" poucas vezes apreciada por mim e meu marido.<br />
Mas continuar ouvindo debates a respeito do peso de meu lindezo eu já não suportava mais.<br />
Que venha o choro !<br />
Para minha surpresa Ian não está sentindo falta das mamadas de 2 em 2 horas com direito a "lanchinhos" intermediários no decorrer dos dias mais quentes.<br />
Ele não tem chorado de fome.<br />
Ele continua chorando pouco e com pertinência.<br />
Ontem fomos ao posto de saúde tomar vacina e ele só chorou nas picadas das 2 grandes agulhas que penetraram suas coxas suculentas que forram seu enorme fêmur. E de novo para minha surpresa passou o dia super bem, falando sua língua e dando seus gritinhos de alegria.<br />
Estava contando com febre alta, indisposição e lágrimas e ele me presenteou com uma tarde deliciosa de muita descoberta vocal.<br />
É lindo vê-lo percebendo os sons que sabe produzir.<br />
Descobri que seu estômago é facilmente enganado com passeios de carrinho, banhos extra e colo de vó.<br />
Passeio de Sling jamais! Impossível distrai-lo de meu leite com seu rosto colado em meu peito.<br />
Foi decretada também uma nova rotina que inclui visitas diárias à casa da vovó Regina que mora em um bairro gostoso com calçadas decentes, ruas planas e pavimentadas e um jardim ensolarado com pitangueira, jaboticabeira, mamoeiro entre várias outras árvores que proporcionam festas animadas de lindos pássaros e maritaquinhas ao entardecer.<br />
Há 3 dias Ian mama de 3 em 3 horas contadas durante e o dia e essa noite ele dormiu 8 horas seguidas sem interrupção para deliciar-se com seu "Veridiana´s breast milk shake" !<br />
Entrou em contato com a "galera de lá" das 21:00 ás 5:00 deixando seu corpinho aqui em repouso no berço recarregando baterias para sorrir e gargalhar para mim ao amanhecer.<br />
Burra eu de não ter ido para cama ás 21:00 hs também.<br />
Mas eu queria escrever.<br />
Eu queria esperar meu amor voltar para casa da leitura de um texto que vai dirigir.<br />
Eu quero e preciso cuidar da vida conjugal.<br />
Eu quero e preciso cuidar de muitas coisas.<br />
Várias delas me entristecem e preocupam por eu não vislumbrar possibilidade alguma de cuidados.<br />
Meu corpo é um exemplo.<br />
A incontinência urinária e a de minha língua são outros dois exemplos.<br />
A urinária foi causada pela extraordinária descida de minha bexiga no parto normal e a incontinência de minha língua vem me "agraciando" com inúmeros, longos e elaborados debates e discuções de relação, de nossas personalidades e das novidades que a nova vida familiar nos oferta.<br />
A chegada de um filho na vida de um casal é a melhor forma de testar a solidez da relação.<br />
Não há um cenário mais propício para divórcios e separações.<br />
É preciso muito amor, certeza dos sentimentos e muita vontade de continuar levando uma vida conjugal.<br />
E cada dia que passa vejo meu casamento se tornando tão forte e resistente quanto as coxas, coluna e saúde de Ian.<br />
Ian é forte.<br />
Porém as custas de muita dor e lágrimas.<br />
Tenho percebidos coisas da minha personalidade e ouvido de meu marido relatos de características a meu respeito que jamais imaginei possuir.<br />
Sou muito menos legal do que eu imaginava.<br />
Um filho nos obriga a reavaliar tudo. Valores, conceitos, ideais, desejos, planos...<br />
As divergências de opinião de como conduzir a criação do novo integrante da família geram briga.<br />
Tudo se torna muito intenso devido as novas responsabilidades e as emoções vão além da flor da pele, elas transbordam pelos poros.<br />
Passada a alegria dos primeiros dias com a chegada da maternidade carregando a "novidade" enrolada na mantinha, as visitas e os presentes, caímos na realidade da rotina pouco divertida e começam os conflitos internos.<br />
Começam as CULPAS.<br />
Como eu não me sinto super feliz ?<br />
É frustrante de mais não nos sentirmos felizes com o maior amor de nossas vidas nos braços.<br />
Fora o fato de que homens não compreendem o poder da atuação de hormônios dentro de nosso corpo no puerpério.<br />
Eles jamais experimentarão uma descarga hormonal como as que recebemos na gravidez e no pós parto.<br />
Bom para eles !!!<br />
Homens não compreendem que essa fase de reclusão e amamentação é muito prazerosa mas é também muito desgastante, cansativa e enfadonha e por isso esperam de nós um comportamento que não somos capazes de apresentar.<br />
Esperam de nós a tal felicidade também cobrada e esperada por nós mesmas.<br />
Passamos horas e horas com nossos bebês executando tarefas mecânicas e braçais que não exigem muito de nosso raciocínio e intelecto, muitas vezes na ausência de companhias degustando uma profunda solidão que nos abre portas para repensar a vida e tudo que conquistamos, mas também para nos colocar de frente com todas as nossas frustrações e recalques.<br />
Homens não compreendem nossas lágrimas.<br />
Não compreendem que é possível amar profundamento o filho, estar feliz de mais por ele existir e ao mesmo tempo sofrer com a tomada de consciência de que aquela dádiva é responsável por uma transformação aliscercica que nos privará de muitas coisas boas.<br />
Todos nos avisam das dificuldades da maternidade mas só vivendo para saber.<br />
Se experiência alheia pudesse ser transferida, eu abriria uma barraca aqui na porta de casa para vender várias bem legais que vivi.<br />
Para as mulheres que tem emprego fixo, a dor da separação ao término da licença a maternidade que é insanamente curta no nosso Brasil de "Lulas e Delúbios" é sentida por antecipação nas horas e horas de banhos,mamadas, trocas de fralda e colo.<br />
No meu caso enfrento diariamente durante minhas atividades domésticas maternais os temores que a carreira de atriz sempre me ofereceu mas que agora me parecem superlativamente maiores.<br />
A tal constipação profissional do título do post.<br />
Tudo travado, impossibilitado, duvidoso e nebuloso como meu intestino que continua funcionando mal por causa do ferro que ainda tomo devido a anemia causada pela enorme perda de sangue do parto normal.<br />
Ahhhhh o tão desejado parto normal...<br />
Esse será assunto de outro post: "As consequências de um parto normal".<br />
Assim como a cesárea, elas existem e dependendo do grau de vaidade da mulher, o preço a ser pago por optar pela natureza agindo sobre nós pode ser alto.<br />
Gostaria de ter sido avisada das possíveis consequências físicas que o parto normal pode causar.<br />
Não foram poucas e estou tendo que conviver com mudanças que não considero nada agradáveis.<br />
Falar delas é falar de escatologia num grau de exposição da minha intimidade que se minha mãe ouvisse ou lesse ia achar que eu enlouqueci. Mas acredito de verdade que seria importante alguém ter coragem de contar. Para dar a chance de outras mulheres saberem o que pode aguardar por elas e assim fazerem uma escolha pertinente com os temores da vaidade sexual.<br />
E falando em sexo...<br />
Escrever sobre ele nesta fase também será interessante, mas de novo minha mãe poderá achar que enlouqueci com o grau de exposição futuramente relatado.<br />
Por incrível que pareça ainda encontramos tempo para pensar e fazer amor.<br />
Confesso que com o prazo de validade vencendo como os produtos nas gondolas da minha existência e ritmo alucinado como a banda larga do meu computador.<br />
Mas ainda é amor e para ele eu decreto LIVRE DEMANDA.<br />
Preciso avisar meu marido sobre a nova decisão de decreto.<br />
Acredito que ele ficará feliz com essa forma de tirania.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPewp2g2WyzNII-5wi6SRdZErc7PPUyuWNC-qM6W7CTdWlh9Vs-cuGHCBZ-23fu3vrN4AO0Q2xKp20X2QdOWbH-zPwPlzcKhfsu_sgz6u1NG-1hHZdhs0Q7kCFCWCV4VetpLJ3oU6kLUOF/s1600/Ian+de+Toledo+Galdino+III+(11).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" rea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPewp2g2WyzNII-5wi6SRdZErc7PPUyuWNC-qM6W7CTdWlh9Vs-cuGHCBZ-23fu3vrN4AO0Q2xKp20X2QdOWbH-zPwPlzcKhfsu_sgz6u1NG-1hHZdhs0Q7kCFCWCV4VetpLJ3oU6kLUOF/s320/Ian+de+Toledo+Galdino+III+(11).jpg" width="320" /></a></div>
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<br />Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-75275528512838706072012-10-28T17:57:00.001-07:002013-02-13T17:51:36.862-08:00O SONO NOSSO DE CADA NOITE NOS DAI HOJEJá falei mais de uma vez em posts sobre o medo que eu tenho em fazer deste blog o "Meu querido diário". Em vários deles detecto esta característica narrativa e descritiva - comum em agendas pré adolescentes- de acontecimentos da minha rotina de ex grávida e agora de pós parida com um bebê de 2 meses 1 semana e 3 dias em casa.<br />
Mas falar das minhas experiências e descreve-las, falar do que sinto e o que passa pela minha cabeça nas várias e várias horas que me encontro sentada na poltrona de amamentação com Ian pendurado no bico de meu mamilo, naturalmente me aproxima do formato "meu querido diário".<br />
Então... Vamos a ele!<br />
<br />
"Meu querido diário!<br />
Dia desses enquanto observava Ian sugando nosso leite, digo nosso porque sai do meu peito mas o leite é dele, me peguei pensando mais uma vez em quão ausente ando do blog "Meu trabalho é um Parto" e na quantidade de coisas que gostaria de escrever mas não tenho conseguido.<br />
Uma profunda aflição me consumiu ao detectar que talvez nunca eu consiga relatar tudo que penso, reflito e NÃO CONCLUO durante as muitas horas de mamadas.<br />
Talvez não dê tempo...<br />
Talvez eu nunca mais na minha vida tenha tempo suficiente para escrever como gostaria.<br />
Talvez eu nunca mais consiga fazer muitas coisas que gostaria.<br />
Agora eu tenho um filho.<br />
Este filho depende de mim.<br />
A minha vida já não é mais só minha assim como o meu leite que é mais dele do que meu.<br />
Minha vida agora é do Ian.<br />
Uma pausa para o choro, meu querido diário...<br />
Puérperas choram...<br />
Assim como as grávidas...<br />
Preciso ir ao banheiro assoar o nariz que está pingando catarro assim como pinga leite do meu peito.<br />
Já volto.<br />
Pronto!<br />
Assoei.<br />
Fiquei de escrever tantas coisas que prometi na gravidez...<br />
Talvez eu nunca escreva.<br />
Talvez eu nunca mais tenha tempo.<br />
Prometi escrever sobre como a memória de uma grávida fica comprometida e de contar casos das minhas experiências com a falta dela nos nove meses de gestação (acabei não cumprindo com o que prometi em um post) e o tema MEMÓRIA DE UMA PUÉRPERA seria mais um tema a explorar. <br />
Ahhhh meu querido diário como meu cérebro anda funcionando de forma desordenada e se encontra cheio de buracos e lacunas. Imagino meu cérebro como a lua e suas crateras ou uma peça de queijo Ermental.<br />
Falta pedaços...<br />
Além das ausências de memória de nomes de pessoas muito próximas, de fazer telefonemas prometidos, de fazer favores domésticos pedidos pelo marido entre vários outros exemplos que não vem ao caso citar, uma enorme ausência de memória dos primeiros dias e noites após a chegada da maternidade me faz lamentar existir, ou não existir já que estamos falando de ausência, dentro de mim.<br />
Chegar em casa da maternidade com uma nova criatura é algo tão sublime, mágico, poético, lúdico, entorpecente e também completamente LOUCO que a sensação que tenho hoje ao tentar lembrar das primeiras noites dormidas em casa é de um longo sonho nublado, embaçado e desfocado.<br />
Se não fossem as fotos, os vídeos feitos em câmeras e celulares eu não teria como lembrar do rostinho e corpinho de Ian neste início de vida. Não tenho a memória visual do seu crescimento de 3,200 Kg e 49 cm que foram o peso e altura que ele saiu da "fábrica de parto", para os 60 cm e 7,050 kg que hoje se encontram depositados principalmente em suas bochechas e cochas.<br />
Tenho a impressão de que nunca tive um bebezinho em casa e que de repente a Dona Cegonha tocou minha campainha com o bebezão que Ian se tornou em tão pouco tempo, colocou-o nos meus braços e se mandou para o NOSSO LAR.<br />
2 meses 1 semana e 3 dias de vida.<br />
O que significa isso diante uma vida inteira que ele tem pela frente?<br />
Nada e tanto...<br />
Dois meses é quase um quarto do que ele passou dentro de mim ou seja; nada.<br />
Mas foram nestes 2 meses que ele está mamando o suficiente para ficar forte e saudável e criar imunidades necessárias para aguentar uma vida toda de vermes, vírus e bactérias que ele tem pela frente.<br />
Apesar dos 2 meses e 10 dias parece estarmos juntos há muitos anos. Nossa convivência e tão profunda e intensa que apesar de ainda não nos conhecermos muito bem muitas vezes sinto que nunca nos desgrudamos e que eu já conheço ele de algum lugar.<br />
Olho para ele e penso: " parece que já tinha te visto em algum lugar !"<br />
O céu talvez.<br />
Ou no NOSSO LAR para onde a Dona Cegonha que o deixou aqui em casa voltou depois de fazer a sua entrega.<br />
Nunca convivi com ninguém de forma tão ininterrupta como hoje convivo com Ian. A não ser com minha mãe quando eu ocupava o posto de "sugadora voraz" de suas tetas. <br />
Mas disso eu não me lembro.<br />
Acordar no meio da noite para colocá-lo acoplado em meus seios, ou não dormir uma noite inteira participando de suas aventuras variadas das madrugadas inesplicávelmente " mágicas" é uma experiência muito interessante de ser relatar.<br />
O que acontece na madrugada ?<br />
O que ela proporciona para os bebês a ponto das mães poderem escrever filmes, livros e peças de teatro sobre o assunto ?<br />
Ian teve uma fase que parecia ser 2. Ian do dia e Ian da madrugada.<br />
Mas do meu Rebentinho não posso reclamar. Diante milhares de casos que ouço na vida, nos blogs e sites, Ian no fim das contas tem saldo positivo total.<br />
Já o meu saldo que muitas vezes questionei, e continuo questionando, tenho duvidas se vem sendo positivo como mãe e cuidadora.<br />
Ouvi muitas vezes a frase "SER MÃE É TER CULPA" quando estava escrevendo "Meu Trabalho é um Parto" e hoje é da minha boca que ela sai.<br />
Em tudo que se refere a questão sono noturno/mamadas e nosso comportamento em relação a isso existe uma pitada de dúvida seguida de culpa.<br />
Os vários livros como o famoso NANA NENÊ foram lidos, o meu livro interno do bom senso é consultado diariamente, o livro interno da capacidade de suportar ver seu filho chorar no berço implorando por você também vem sendo foleado e nunca sei se estamos fazendo a coisa certa.<br />
Isso é desgastante de um jeito que minha alma parece ser corroída pelos meus remorsos.<br />
Deixei Ian chorar no berço algumas vezes acreditando estar fazendo um bem para nós. Aquela velha história de os meios justificando os fins.<br />
Nunca tinha vivido a privação do sono apesar de ter tido na gravidez uma fase de insônia que já havia me dado uma colherada de noção da dificuldade que é.<br />
Não dormir ou dormir muito mal é algo enlouquecedor e minha obsessão em "treinar" Ian para dormir bem teve início antes dele completar um mês e se estende até hoje.<br />
Agora de forma um pouco menos neurótica.<br />
Mas o assunto DORMIR está em mim.<br />
Se ele dorme bem, eu durmo bem, Galdino dorme bem e a vida é boa.<br />
Se ele dorme mal ou não dorme, ninguém dorme e a vida fica muito , muito muito chata e desagradável e achar a vida chata e desagradável quando se tem um filho tão desejado e esperado em casa é muito frustrante.<br />
Passei dez dias praticamente sem dormir e me tornei um zumbi odioso e odiável achando a vida algo meio sem sentido.<br />
Imaginem que difícil achar e sentir da forma mais intensa e genuína que a vida é uma idiotice com um filho no peito ?<br />
É dual de mais.<br />
É doloroso, dolorido, sofredor...<br />
Mas a falta de sono faz isso. Subverte e inverte os sentidos da vida e assim pensando eu obcequei em treinar Ian desde seu primeiro mês de vida a dormir bem para que possamos ter uma vida feliz pela frente.<br />
E aí vem a angústia por nunca saber o que é melhor. Todas as informações lidas nos livros das livrarias e os internos se misturaram dentro de mim junto as informações do Dr. Google e das amigas, me oferecendo uma salada de dúvida, medo e culpa.<br />
O berço de Ian se encontra em nosso quarto.<br />
Isso é considerado inadequado por muitos livros, pediatras e psicólogos. Desaconselhado por várias linhas de pensadores e estudiosos do assunto.<br />
Vivo em uma casa de arquitetura "Pós Classe Pobre Ascendente a Média com anseios a nova Média pós mandato Lulista Neo Popular Operária" de um bairro muito louco chamado Vila Anglo Brasileira.<br />
Fica atrás da Avenida Pompéia.<br />
Os antigos donos, em quem pensei junto a toda minha vizinhança para criar esse nome da arquitetura da minha casa, foram construindo uns puxadinhos no decorrer de sua passagem por aqui.<br />
Não rolou nenhuma lage, mas puxaram a casa para cima na parte dos fundos onde ficam o quarto e banheiro do Ian e nosso escritório. O quarto do casal que é imenso fica na parte de baixo da casa.<br />
Se Ian dormisse em seu quarto eu teria uma sala, uma cozinha, banheiro, camarim, closet, corredor e uma escada entre nós durante a noite.<br />
Seria essa a distância do bico do meu peito até sua boca. Sem contar alguns centímetros a mais da grade do berço.<br />
Impossível viver assim na madrugada.<br />
Impossível suportar essa distância de meu Rebento e uma babá eletrônica com câmera ligada na mesinha de cabeceira promovendo uma imagem quase nítida e ruídos amplificados pela tecnologia chinesa durante o decorrer da noite.<br />
Seria mais enlouquecedor do que a culpa que carrego de estar fazendo "a coisa errada" já que a maioria diz que ter o bebê no quarto não é adequado no treino ao bom sono e de outras coisas mais na formação de um ser.<br />
Minha loucura de dez dias sem dormir me levou a uma oficina de Shantala, a literatura moderna capitalista e questionável do mercado para mães e bebês e a ter várias brigas com meu amor.<br />
Quem não dorme perde noção do bom senso e da educação e várias vezes fui grossa e arredia com Galdino o que nos levou a discuções.<br />
Impus regras e dei ordens sempre almejando o sono ideal para a família e cada vez que quebramos as leis determinadas por mim tivemos debates acirrados onde expusemos nossas opiniões às fórmulas indicadas pelos livros. Muitas vezes as opiniões são divergentes o que acarreta em briga.<br />
Ian já sabe qual a hora de dormir. Já temos a rotina da noite que começa com Shantala, passa pelo banho de balde, pelo meu peito ( de novo, sempre...) e termina no berço.<br />
Tem dado certo.<br />
Mas semana passada tivemos 3 noites seguidas de Ian ligado no 220 ás 4:00 da madrugada sorrindo e querendo brincar após uma das mamadas.<br />
Na vida do bebê, que tenho a impressão de ser um saco, sono e fome estão diretamente relacionadas e daí de novo a dúvida em relação a forma de aleitar em função do sono.<br />
Livre demanda está "na moda" e me parece ser a decisão mais acertada no que se refere a alimentação de um bebê. Mas não estipular horário nenhum para dar de mamar pode ser um problema sério na vida de uma mãe e de um casal.<br />
Na vida do sono.<br />
Do meu acupunturista ouvi que eu tinha que treinar Ian para mamar de 3 em 3 horas por 500 motivos que não estou com paciência para escrever aqui.<br />
Ele me convenceu.<br />
Voltei para casa decidida a deixar Ian chorar de fome por 1 hora naquele dia que seria o início do novo treino.<br />
É horrível ver um bebê chorando de fome.<br />
É horrível a culpa que se carrega por deixar um bebê chorar de fome com 2 tetas transbordando leite.<br />
Depois li um artigo ótimo na internet sobre a livre demanda e passei a achar meu acupunturista um idiota e voltei atrás com a forma "da moda".<br />
Dias depois conversando com o pediatra entrei em conflito novamente e comecei a angustiar de novo.<br />
A dúvida é cruel.<br />
Opinião de mais nos enlouquece.<br />
Depois veio o questionamento CHUPETA.<br />
Ouvi de muita gente que a chupeta nos ajudaria a ter noites mais tranquilas, que ela proporcionaria intervalos maiores entre uma mamada e outra já que algumas vezes eles querem peito só para chupetar.<br />
E lá fui eu de novo ler sobre chupetas.<br />
E lá fui eu ler sobre psicomotricidade.<br />
E lá fui eu ler sobre todos os comportamentos possíveis de um bebê até 3 meses de vida.<br />
E lá fui eu ler o EVANGÉLIO SEGUNDO ALAN KARDEC para poder encontrar um pouco de paz no meu coração.<br />
E mesmo depois de definir como agir em cada caso, a dúvida de estar fazendo ou não a coisa certa sempre bate na porta e muitas vezes acompanhada da amiga Culpa, do primo Remorso e do namorado Arrependimento.<br />
No dia que Ian completou exatos 2 meses fomos tomar as vacinas indicadas para a fase.<br />
Tenho um marido que odeia remédios.<br />
Sou uma mulher que curte uma droguinha legalizada.<br />
Ao voltar para casa do posto de saúde Ian mamou dormiu um pouco e quando acordou começou a chorar.<br />
Chorar muito. Muito. Muito!<br />
Ian é um bebê que não chora. Para conseguir o que quer resmunga.<br />
Neste dia pude detectar sua capacidade "berral".<br />
É grande.<br />
E sofri.<br />
Chorei junto.<br />
Só não berrei como ele para não fazer daquela tarde um terror vespertino.<br />
Galdino me deu uma bronca e disse que seria difícil ter que cuidar de dois.<br />
Liguei para o pediatra depois de meia hora de lágrimas e ele disse para fazer compressa de água fria nas perninhas e que se a dorzinha não passasse para dar Tylenol.<br />
Eu teria dado Tylenol de cara mas Galdino odeia remédios.<br />
Ficamos quase 40 minutos insistindo na compressa e ele berrando de dor. <br />
A língua tremia.<br />
Pude conhecer seu céu da boca onde o bico do meu peito muitas vezes se acomoda.<br />
" Ahhh, é lá que meu bico dorme!"<br />
Até o momento que Galdino me disse : " Está bem ! Eu me rendo! Pode dar o Tylenol."<br />
Em menos de 5 minutos ele parou de chorar, se acalmou e dormiu. Aliás chapou.<br />
Além da reação ao remédio, a exaustão do choro.<br />
Para que deixar uma criança chorar por mais de uma hora de dor ?<br />
Desta vez a amiga Culpa e o primo Remorso bateram na porta da consciência do meu amor.<br />
Ian nunca mais vai chorar de dor depois de tomar vacina.<br />
Será chegar em casa na volta do posto de saúde e tomar Tylenol.<br />
Hoje ele não quis receber Shantala, meu querido diário.<br />
Fico frustrada quando não realizo o ritual do sono completo. Já fique mais em outros dias que ele não esteve a fim de ser massageado por todo seu corpinho de pele de manteiga.<br />
Pele de nenê parece de golfinho...<br />
Lisinho...<br />
Preciso respeitá-lo.<br />
Preciso compreender que ele já faz escolhas.<br />
O primeiro banho de balde foi frustrante de mais para mim. Eu estava no auge da busca pelas fórmulas do bom sono e achei que o balde seria a solução. Foi a fase que ele acordava ás 2 da manhã e ia até ás 9:00 dormindo 15 minutos e mamando 1 hora, dormindo mais 20 minutos e reclamando de gases estagnados por mais 2 horas, dormindo mais 30 minutos e querendo brincar por mais uma hora e meia e assim passamos 10 noites de nossas vidas das 2:00 ás 9:00 que era quando ele parecia voltar ao normal. <br />
Foi aí que enlouqueci.<br />
Foram esse 10 dias que meu corpo conheceu minhas olheiras que começaram em baixo dos olhos, atravessaram a bochecha, passaram pelo pescoço, desceram pela barriga e foram parar no pé depois de estacionarem por alguns dias nos joelhos.<br />
Estava super esperançosa por uma noite de sono com mamadas de duas em duas horas e acreditei de fato que o banho de balde resolveria a questão.<br />
Ele chorou assim que seu pés tocaram a água.<br />
Ele adora banho.<br />
Nunca chora.<br />
O banho não rolou e eu fiquei muito muito muito triste.<br />
Mas insisti na idéia e deu certo ! Vivaaaaaaa ! Ian adora o banho de balde. Fica viajandão... é lindo de ver.<br />
Hoje fez calor de mais meu querido amigo diário... E hoje o Serra perdeu mais uma eleição.<br />
O Serra perde muitas eleições né ?<br />
Será que ele fica tão frustrado e triste a cada derrota assim como eu fiquei com o banho de balde sem sucesso?<br />
Tem que ter muita resistência emocional para ser político.<br />
Tem que ter muita resistência emocional para ser mãe.<br />
A maternidade assim como a política é para os resistentes.<br />
Hoje chorei ao ver Faustão.<br />
É amigo diário, mudei de assunto!<br />
Teve "Arquivo Confidencial" com a Adriana Esteves que ainda está vivendo a glória de Carminha e colhendo os louros e aplausos do Brasil.<br />
Fiquei feliz a beça por ela que todos dizem ser uma pessoa muito legal e merecedora do que está vivendo.<br />
Mas tive inveja também.<br />
Tudo que eu mais sempre quis para minha carreira é o que ela está vivendo.<br />
Talvez eu nunca mais tenha tempo para conquistar meu lugar ao sol na Rede Globo e no coração de milhares de telespectadores.<br />
Talvez eu nunca mais consiga fazer muitas coisas que gostaria.<br />
Talvez eu nunca mais tenha tempo...<br />
E ao olhar para o carinha do Ian que ao meu lado se distraia com a luz da televisão eu me senti muito culpada por estar chorando na frente dele, por estar sentindo o que estava sentindo que está diretamente relacionado a o fato de hoje ele existir e me senti culpada por já ter apresentado a máquina televisão para ele.<br />
Ser mãe é ter culpa.<br />
Assim me despeço de mais um post com idéias confusas e nubladas assim como minha memórias dos primeiros dias de Ian em minha vida, com pena do Serra, de mim, da minha coluna que carrega 7 Kg de Rebento e cheia de saudades do Ian que dorme em seu berço.<br />
Aquele que me culpo por talvez estar em lugar errado.<br />
Luto diáriamente para que ele durma na hora certa e bem, e quando ele dorme minha existência fica meio sem sentido e tudo que eu quero é que ele acorde para que eu me sinta útil e com alguma função no mundo.<br />
A rede Globo nunca me quis, mas o Ian prercisa de mim."<br />
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<br />Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-80013355751734410602012-09-18T20:26:00.000-07:002013-02-13T17:51:07.555-08:00UM PÓS PARTO SEM FIM JUNTO A SOMBRA DE LAURA GUTMAN.<br />
Ontem Ian completou um mês de vida.<br />
Um pouco menos que isso postei meu último texto. O texto do PARTO ! Post lido por mais de 1500 pessoas a última vez que conferi o gráfico de acesso do Blog.<br />
E por que será que demorei tanto para voltar heim ?<br />
Quem adivinhar ganha um pirulito !<br />
Um mês...<br />
O que é um mês diante uma vida toda ?<br />
A impressão que tenho quando olho para ele - geralmente durante as mamadas já que é essa a nossa atividade comum executada praticamente todo o tempo de nossas vidas durante este 1 mês - é que nos conhecemos e convivemos há um tempão.<br />
Um mês dentro de casa com saídas esporádicas para idas ao pediatra, ginecologista/obstetra, acupuntura para cuidar das sequelas nas vértebras resultantes do barrigão e passadas rápidas no supermercado para compras relâmpago entre mamadas, parece uma eternidade.<br />
Tem dias que me pego um tanto angustiada e detecto que essa angústia é "filha" da minha ansiedade que acredita por alguns ridículos minutos que <u>a vida está acontecendo lá fora</u> enquanto a minha está estagnada aqui dentro de casa.<br />
Absurdo meu pensamento, afinal aqui dentro de casa tem <u>uma nova vida</u> e eu sou a grande responsável em dar continuidade a ela, afinal é do meu peito que sai leite para eu alimentar meu "Ian Rebento".<br />
E a quantidade de coisas que tenho vontade de escrever sobre todos meu devaneios de puérpera é tamanha que de novo me pego angustiada inúmeras vezes por não conseguir sentar frente ao computador como seria necessário para poder expurgar até a última gota todos meus anseios, culpas, medos, dúvidas...<br />
E como passamos a ter dúvidas meu DEUS !!!!!<br />
Mas todos esses são assuntos que desenvolverei depois. E sem data para postar.<br />
Agora é tempo de "expurgar" até a última gota do meu leite, e tenho que parar de me responsabilizar por não estar conseguindo fazer muita coisa além de "aleitar" meu bezerro.<br />
Uma coisa de cada vez.<br />
Agora a vez é do pós parto.<br />
"Mas Veri... Que parte do pós parto ? Pós parto é algo que parece ser eterno... Não é esse o título do post ?"<br />
Vamos de acordo com minha capacidade de organizar raciocínio, coisa que tem sido tão difícil nesta fase quanto fazer coco, segurar xixi e dormir entre outras várias dificuldades!<br />
Que GESTAÇÃO e PARTO são assuntos que mobilizam grupos independente de suas classes, raças, crenças ou religião em função da multiplicidade de fatores que envolve o assunto; é algo que estamos mais do que cansados de saber!<br />
A singularidade de cada gravidez e de cada parto é algo que intriga a humanidade até hoje. <br />
Nunca é igual...<br />
Podemos achar pontos comuns e descobrir coincidências entre as várias histórias que ouvimos e as vividas por nós mesmas, mas é fato que a beleza e curiosidade que o assunto desperta até hoje envolve a questão do não genérico. Do único. O individual. O exclusivo. O inédito.<br />
E uma história inédita bem contada, todo mundo gosta de ouvir.<br />
Não foi a toa que resolvi fazer uma peça sobre o assunto!<br />
Imaginei que muita gente se interessaria em me ver e ouvir interpretando algumas destas histórias.<br />
A beleza e a LOUCURA de uma gravidez e um parto é explícita e óbvia porque parece magia.<br />
Nos tornamos um pouco DEUSAS ao detectarmos nossa capacidade de gerar vida. E essa sensação de onipotência parece ter fim quando o bebê sai de dentro do nosso corpo e os presentes na sala dizem : NASCEU !!!!<br />
Mas não...<br />
Ele, o grande acontecimento PARTO, permanece na nossa memória por muitos dias fazendo com que revivamos a emoção inúmeras vezes. <br />
Talvez a vida toda.<br />
Assim nos tornamos DEUSAS cada parto executado na memória.<br />
Onipotente e onipresente a cada mamada. Produzir leite nas tetas eé DIVINO.<br />
A"Aventura Parir" deixa cicatrizes profundas registradas nos lugares mais loucos do cérebro e coração da puérpera o que é fundamental para que esta deixe de ser filha e passe a ser mãe.<br />
Cicatrizes essas, que dependendo da mulher, podem promover além de dor emocional, "dor estética", "dor auto-confiança"e "dor vaidade" caso a relação desta com seu corpo e imagem seja intensa ou mal trabalhada.<br />
O pós parto é de fato a prorrogação e os pênaltis de um jogo que é muito mais longo que 2 vezes 45 minutos + 2 vezes 15 minutos e 5 chutes a gol de cada time para a definição do campeão.<br />
Ou é o epílogo de um espetáculo de 4 atos e muitas , muitas , muitas cenas!<br />
O pós parto dura o resto da vida já que para sempre o bebê que saiu de dentro da mulher será um FILHO.<br />
De repente a parturiente recebe um novo script com novo papel e um novo roteiro de gravação, e em pouco tempo ela tem que se adaptar ao novo personagem, decorar novos textos e gravar cenas nunca antes estudadas.<br />
Mas essa pauta fica para depois. Falar das cicatrizes da minha emoção e do meu esfíncter anal e assoalho pélvico são os pênaltis.<br />
Muitas coisas sobre o segundo tempo e a prorrogação ainda quero relatar.<br />
Como já lhes antecipei, organização de idéias não tem sido meu forte e é bem possível que meu texto não seja um exemplo de dissertação digno de boa nota na FUVEST.<br />
Aliás, a única vez que fiz essa prova consegui fazer só 27 pontos! Se eu tivesse chutado a opção "a" na prova toda teria ido melhor.<br />
Estamos dentro do Delivery Room, eu, meu marido, meu médico e sua esposa, o "anestesista rolo compressor", a enfermeira chatonilda que levou uma mijada maravilhosa de Ian que vingou seu pai ao nascer (Esqueci de contar essa passagem no post anterior. Uma "enfermeira-Rede Globo" resolveu ser grossa com meu amor e Ian mijou na roupa dela. Foi maravilhoso!),uma enfermeira gentil que acompanhou todo o trabalho, Ian e vocês todos que "me lêem" assiduamente e me acompanharam na "partodisséia".<br />
Não! Errei! Ian já não estava mais...<br />
- "Pera ai ! O protagonista da obra não está em cena?"<br />
- "Está sim! Eu, Veridiana, continuo na sala de parto."<br />
- "Não! Você já não é mais a protagonista Veri. Virou coadjuvante assim que Ian deu o ar de sua graça, inspirou o ar da vida e chorou. <br />
O novo protagonista foi levado para o berçário central onde passará 4 horas. Lá será banhado, analisado, medicado, de novo medido,de novo pesado e espero que mimado e muito bem tratado."<br />
- "Pera ai de novo! Quatro horas na ausência do ator principal ?"<br />
Pois é. Foi o que pensei. Quatro horas longe do meu filhinho? Isso é muito para quem esperou mais de nove meses para recebê-lo nos braços, na vida, na alma! <br />
Não se esqueçam que antes da gravidez de Ian, outras sem sucesso me proporcionaram um universo sideral de expectativas. Quatro horas me parece uma eternidade para quem desde 2009 vem se dedicando a engravidar e parir.. Me parece infinito. Me parece sem fim...<br />
Galdino saiu para ver Ian sendo banhado, medido, pesado, analisado e afins através do vidro do berçário central onde a Dinda Marilia esperava para tirar as primeiras fotos com o tal vidro entre ela e seu afilhadinho recém nascido.<br />
Na sala de parto ficamos eu em Dr. Roberto que tinha um calhamaço de papéis da "fábrica de parto" e da Unimed Paulistana para assinar.<br />
Numa rápida conversa antes que me levassem para uma área de "anestesiadas em observação", Dr. Roberto falou sobre o parto se dizendo satisfeito num tom de desculpa que me fez questionar até que ponto ele estava de fato satisfeito.<br />
Ele sabia que eu não queria data marcada e indução.<br />
Ele sabia que eu não queria anestesia.<br />
Ele sabia que eu não queria episiotomia.<br />
Ele sabe que depois que temos nossos filhos no braço sãos e salvos - e no caso do Ian transbordando saúde - não "temos" mais tempo e nem emocional a disposição para ficar refletindo muito sobre o parto. De forma geral as mulheres ficam tão "drogadas" de paixão por seus rebentos que esquecem de tudo e só tem olhos, cabeça e coração para seus bebês.<br />
Mas eu tinha emocional para ficar refletindo o parto.<br />
Eu tenho.<br />
Por opção resolvi não divagar de mais já que corro o risco de ir ao encontro mais uma vez da minha vulnerabilidade e suscetibilidade, e sofrer...<br />
Laura Gutman diria que eu já estaria indo de encontro a minha SOMBRA.<br />
Sobre a minha sombra, as nossas sombras falarei depois também. E talvez eu mude o título do post já que falarei tão pouco dela.<br />
"-De Laura?"<br />
Não ! Da SOMBRA!<br />
O fato é que fui "seduzida", e como uma adolescente apaixonada pela primeira vez, vulnerável e suscetível a lábia de sua paixão, fizeram de mim e do meu assoalho pélvico o que quiseram. Foram além.<br />
Em fim !<br />
A vida segue e minha episiotomia pelo menos foi muito bem feita. Mais tarde saberei se galdino aprovou os pontos dados por Dr. Renata. Ainda estou na quarentena...<br />
Após o "papo desculpa" com meu médico, fui levada para a tal área de anestesiadas.<br />
A imagem da mulher híper recente pós parida não é a mais bela esteticamente falando. A pós parida de parto normal então...<br />
Num parto atingimos o grau máximo da proximidade ao primitivo absoluto. Viramos bichos e a beleza disso encontramos no significado e não na imagem ali exposta.<br />
As anestesiadas pós paridas de cesárea tem um semblante mais descansado porém nos corredores da maternidade vemos em suas faces o desconforto dos cortes das várias camadas.<br />
Me disseram que eu ficaria em observação e assim que liberada me levariam para meu quarto onde eu encontraria meu amor pela primeira vez a sós depois do nascimento do nosso filho.<br />
Achei um saco aquela espera. A tal observação era o controle da minha pressão e temperatura. Eu estava ótima e queria me mandar daquela sala de puérperas da cesárea. Eu era a única recém parida de parto normal e isso era um orgulho.<br />
Uma bobagem na verdade. Cada um faz o que quer da vida mas não deixo de ter minha opinião e convicção sobre o assunto. Mesmo sendo suscetível e vulnerável...<br />
Puxei papo com uma enfermeira que me contou ser também fisioterapeuta e depois que já haviam levado todas as mulheres para seus quartos e estávamos sozinhas na tal sala, ela se sentiu a vontade para tricotar.<br />
Ótimo! Uma enfermeira chapa que vai fazer o tempo passar mais rápido. Nada melhor que falar para fazer o tempo passar.<br />
Me disse ela que uma amiga fisioterapeuta da maternidade foi contratada para fazer drenagem linfática na mulherada e que se meu médico prescrevesse, eu teria direito a massagem nos dois dias seguintes até a auta. Contou que a amiga trabalha super pouco pois poucos sabem da disponibilidade e direito deste recurso delicioso que é uma drenagempaga pelo convênio.<br />
Conversei com meu médico sobre isso, o pedido foi prescrito e a fisioterapeuta nunca apareceu...<br />
Uma das decepções com a a "fábrica de parto".<br />
Chegou a minha vez de ser levada ao quarto !<br />
Chegando lá Galdino estava a minha espera, morto de fome, e depois de namorarmos um pouco ele disse que desceria para comer.<br />
Como acompanhante ele tinha direito a 3 refeições diárias e essa foi a outra decepção com a "maternidade referência". Tivemos que "brigar" pela comida de Galdino que chegou a ir na administração do hospita lutar por seus direitosl. <br />
Eles dão uma de "migué" e não levam a comida para o acompanhante. Se o "papai" ( Não se esqueçam! Todo mundo é papai e mamãe na" fábrica de parto", ninguém tem nome! Usamos pulserinhas até na testa não sei para quê!) for um trouxa e não lutar pelos direitos, vai ficar sem comer ou ter que pagar R$ 35,00 por refeição na "praça de alimentação do shopping S. Luiz ".<br />
Ah ! Esqueci de contar! O berçário central fica ao lado de uma Kopenhagen e um restaurante/lanchonete que terceiriza o serviço de refeições para os acompanhantes. Ou seja; se a maternidade está bombada de visitantes, o serviço está pesado e a caixa registrando a entrada de uma grana preta, a entrega das bandejas dos acompanhantes nos quartos pode atrasar em até 2 horas. Eles priorizam a caixa registradora e que se danem os "papais" famintos nos quartos.<br />
É !!! A "fábrica de parto" também é referência em banalização de serviço do mundo moderno onde todos só pensam em FATURAR!!!<br />
Tem "papai" que fica tão ou mais cansado que a "mamãe". Galdino é um exemplo. Ele ficou exausto, talvez até mais que eu mesma, e quando voltou para o quarto após dar o nosso suado e batalhado dinheiro para quem nos deveria ter fornecido a primeira refeição pós parto "de graça", dormiu pesado e roncou até a chegada do nosso Ian ao quarto.<br />
Já eu... continuei com a mesma Duracel no cu que me acompanhou durante uma fase da gravidez. Demorei para pegar no sono e depois da chegada do protagonista no quarto então... Foi aí que percebi o quanto não dormiria por um período que já completou um mês e um dia.<br />
Estava naquele sono meio besta que a cabeça fica ligada, os olhos fechados e a respiração diferente da normal quando comecei a ouvir o choro alto de um bebê. Nosso quarto ficava em frente ao berçário do andar. O choro parecia de um carneirinho e pensei: " Puta saco essa criança chorando e atrapalhando minha tentativa em dormir. O pior é que eu não tenho como ligar para a recepção e reclamar do barulho. Estou em uma maternidade!"<br />
Um pouco mais a enfermeira entra no quarto com nosso "rolinho" nos braços Soubemos que o carneirinho era Ian. Eu já queria botar o tetão para fora e dar meu colostro e a enfermeira me impediu dizendo que eu precisava descansar. Eu disse que não estava cansada e que ia dar o peito para Ian sim ! Assim fiz e foi bem legal pois no ato já percebemos que não teríamos problemas com amamentação. Ian nasceu sabendo abocanhar meu mamilo que quadriplicou seu diâmetro e a chupar vorazmente o meu néctar.<br />
Depois disso consegui dormir mas em duas horas meu sono foi interrompido por uma enfermeira que veio ao quarto para me ajudar a tomar banho.<br />
"Banho na madrugada Veri?"<br />
É na madrugada que acontecem muitos eventos em uma maternidade. O exame do pezinho de Ian foi feito na madrugada por exemplo. Me levaram ele para tirar seu sangue. Na madrugada !! Acho que é para nos deixar claro o quanto as madrugadas passarão a ser ativas a partir de então.<br />
Durante o banho tive um desmaio por causa de pressão baixa e se não fosse Galdino a enfermeira não teria força para me segurar. Minhas pernas tremiam com vigor e tive uma crise de frio tão louca quanto o desmaio. Tão louca quanto os vários durante o parto. Tão louca quanto tudo vem sendo na "partodisséia".<br />
A primeira pessoa a entra em nossos aposentos no dia seguinte quando já estávamos mais lúcidos não foi a pediatra, não foi meu médico, não foi a nutricionista... Foi uma representante da maternidade querendo nos vender uma foto grandona do parto para pregarmos na parede do quarto.<br />
- Não ! Obrigada. Não queremos !<br />
Tempos depois apareceu a nutricionista me fazendo várias perguntas. Se eu tinha alguma restrição alimentar, alergia e gostos. Deveria ter falado que eu tinha alergia a farinha branca e a carboidrato. Mais tarde detectei que eu deveria ser a nutricionista daquele hospital. Qualquer pessoa medianamente informada sobre refeições balanceadas não serviria salada de beterraba, arroz branco, purê de batata e panqueca de ricota com molho de tomate na mesma refeição.<br />
Só carboidrato !!! E a pequena porção de proteína veio pela ricota que também tem carboidrato!<br />
Outra decepção da "fábrica de parto"...<br />
Me diziam que a cozinha do S.Luiz era ótima.<br />
Não é não!<br />
Não comi um único pão integral no café da manhã nem nos lanches da tarde e fruta só mamão e pela manhã.<br />
FRUTA !! QUERO FRUTA !!<br />
Meu post já está imenso de grande e eu não tenho como revê-lo, editá-lo, picotá-lo em mais de um. Ian dorme no peito da Galdino e tenho que aproveitar esse tempinho pois a hora é agora.<br />
Outra decepção foi em relação a água.<br />
Isso mesmo! Água de beber! Estava com uma sede anormal e os 3 copinhos de 300 ml que vinham a cada refeição não estavam sendo suficientes para a minha sede, menos ainda se incluíssemos o Galdino nesta contabilidade.<br />
Liguei para a nutrição e pedi.<br />
Ouvi a seguinte resposta:<br />
- Na próxima refeição te mandaremos.<br />
- Ah, legal!<br />
Ao desligar o telefone me dei conta do absurdo que havia acabado de ouvir. A próxima refeição só seria em 3 horas e eu estava com sede!<br />
-Oi! Eu acabei de falar com você... Você me disse para eu esperar a próxima refeição para beber água? É isso mesmo? A próxima refeição acontecerá em 2 horas e estou com sede !<br />
- Nós entendemos que 3 litros de água por dia são suficientes. São mandados 3 copinhos de 300 ml em cada uma das 5 refeições. Mas podemos abrir uma excessão para você e mandar mais. Porém você terá que esperar a próxima refeição.<br />
- E agora? O que faço? Vou com minha garrafinha até o bebedouro da recepção e assim aproveito para dar uma passeada pela maternidade?<br />
-Você pode comprar água no restaurante do segundo andar Senhora.<br />
Bom... Acho que eu não preciso nem contar o resto da história né ?<br />
Para quem me conhece é possível imaginar o pampeiro que eu fiz após a sujestão de compra de água no bar da maternidade.<br />
Liguei para recepção, administração, reclamei para o mundo e recebi MUITA água no meu quarto.<br />
Ev , minha babá, a mulher que ajudou minha mãe a criar as três filhas foi a primeira a me visitar e a pegar Ian no colo. Depois de Eva meu "Buddhinha" passou pelo colo de muita, muita gente. Como grande estrela e protagonista foi fotografado com a família e os amigos que passaram pelo quarto nos dois dias seguintes de hospedagem no "Hotel S.Luiz".<br />
Ganhamos presentes lindos além de chocolates e guloseimas para a agonia de quem fez dieta a vida toda e sabia o quão difícil seria, e está sendo, parar de se permitir "licenças poéticas gastronômicas".<br />
Eu havia combinado comigo que as tortinhas de morango da padaria Letícia comidas na quinta feira a noite depois da exposição dos Impressionistas encerraria um cículo de licenças.<br />
Furei a minha negociação comigo mesma e comi bastante dos chocolates que me foram regalados.<br />
Fora os Brownies da Adoro Brownie, meu parceiro de blog, que eu dei de lembrancinha para as visitas fingindo não saber o que tinha dentro da embalagem para não ter vontade de comer dez a cada um oferecido.<br />
Terminamos a noite de sábado e domingo exaustos. Gostaria de screver um manual sobre o bom comportamento de visitantes nas meternidades e em casa mas corro o risco de ofender àqueles que não se encontrarem no grupo dos adequados e bem educados. Tenho dicas maravilhosas sobre horário, lanchinhos e colaboração.<br />
Dar atenção para as visitas, conversar, contar como havia sido o parto, responder às curiosidades a respeito de nossos planos de rotina domésticas e cuidados com Ian nos esgotou a energia nos dias 18 e 19. Energia que parece nunca mais ter sido reposta.<br />
Há um mês e um dia nossas baterias estão gastas e são recarregadas por tão pouco tempo nas noites de "sono"... Ai ai...<br />
Mas basta olhar, beijar, abraçar nosso filhinho para pensar que vale a pena. Vale muito a pena viver tudo isso para compreender o que é o amor mais puro e genuíno que se pode sentir dentro do peito esquerdo por alguém.<br />
Chegar em casa com um novo e pequeno habitante, a adaptação à nova vida e a SOMBRA de Laura Guttman serão temas de posts futuros já que eu extrapolei em laudas e provavelmente em paciência de leitores. Aliás, não desenvolvi nem mesmo a questão do eterno pós parto que também ficará para depois.<br />
Tudo ficará para depois...<br />
A prioridade agora é Ian. Meu carneirinho, meu Buddhinha, meu samurai lutador de sumô. Japinha lindo que veio com nariz e boca do pai. Espero que pinto e bunda também !<br />
Peço desculpas pelo texto confuso e mesclado de muitos assuntos e nenhuma conclusão.<br />
"Mas quem disse que é preciso concluir alguma coisa Veri?"<br />
É verdade... O pós parto assim como a gravidez é uma fase tão dual e banhada de hormônios LOUCOS que exigir conclusão e organização é de fato ir de encontro à minha SOMBRA.<br />
E agora tenho que parar.<br />
Adivinhem o que vou fazer?<br />
Quem acertar ganha um pirulito.<br />
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<br />Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-42490009226866613842012-08-27T19:55:00.002-07:002013-02-13T17:47:03.980-08:00PARIR OU PARIR: EIS A QUESTÃO...Para quem acompanha esse BLOG com cara de "meu querido diário" ( ai ai ai como eu temia que isso acontecesse, um BLOG com cara de "meu querido diário"- e aconteceu! ), esse post talvez comece de forma um tanto frustrante já que não vou sair revelando de cara a grande aventura que foi PARIR sexta feira da semana retrasada, dia 17 de Agosto, na Maternidade São Luiz, em um parto induzido com muita gente em alerta, na expectativa, torcendo e rezando para que tudo corresse bem na chegada de Ian.<br />
Aproveito a oportunidade e agradeço desde já todo o carinho, atenção, orações e boas vibrações mandadas durante a semana passada por todos vocês, que de alguma forma vivem um pouco das minhas ansiedades e anseios através das leituras que esse espaço virtual proporciona.<br />
MUITO OBRIGADA POR TUDO!<br />
Antes do meu REBENTO chegar até meus braços ainda vivi uma série de emoções que vale a pena serem relatadas. Mas... Onde é que estávamos mesmo ? Onde foi que parei ? Aliás; onde foi que paramos já que estamos juntos nesta jornada !<br />
Ah ! Passei no consultório do meu médico na quarta dia 15 e aceitei que ele descolasse minha bolsa na tentativa de entrar em trabalho de parto naquela noite.<br />
Fui ao cinema, tive acesso de riso com Roberto Benigni em "Para Roma com Amor" e achei que Ian nasceria no cinema. <br />
Não ! Ele não nasceu!<br />
A tal da bolsa descolada não me deu nem cólica. Nada !<br />
Quinta pela manhã recebi a visita de uma grande amiga e ex cunhada. Luciana Barros que viu o início da minha história com meu amor, lá no Morro de São Paulo há quase nove anos...<br />
Lú ia comemorar seu casamento com Mário no sábado e veio buscar o top do meu vestido de noiva que fui eu que fiz. Todo de fuxico e inteiro bordado com pedrarias.<br />
Meu ex namorado e seu irmão, foi a último homem com quem estive antes de Galdino. Muito do que ele transferiu para mim em relação às suas crenças sobre a vida, casamento, desenvolvimento de uma relação de amor e construção de uma família me fez repensar o que eu queria para mim. Na época eu estava fazendo análise 4 vezes por semana e na sala de terapia meu psicanalista também insistia no assunto "DESENVOLVIMENTO DE UMA RELAÇÃO DE AMOR".<br />
Eu dizia para ele que eu <u>queria querer</u> sossegar o pito, parar de pular de galho em galho, deitar de cama em cama e fazer da vida uma grande festa de mesclas e misturas sexuais. Mas que no fundo eu ainda não queria...<br />
Quando terminei meu namoro com o Capitão, irmão da Lú, eu pensei: " Ué... Com quem vou desenvolver minha relação de amor agora?"<br />
Foi aí que percebi que algo de novo tinha sido despertado em mim. Eu não só <u>queria querer.</u> Agora eu queria de fato.<br />
Hoje Capitão é casado com a Fê, uma moça linda, professora de Yôga que engravidou do Capitão provavelmente na mesma semana que eu de Galdino. Passamos a gravidez fazendo os mesmos cálculos. A previsão de nascimento de Alice era para alguns dias depois de Ian.<br />
Na visita em que Lú me fez contou que estava um pouco agoniada com o fato do irmão e da cunhada quererem fazer parto domiciliar.<br />
Depois do almoço meu amor me levou para ver a exposição dos Impressionistas no CCBB no centro da cidade. Fomos de metrô e eu fiz questão de ir com uma roupa que mostrasse bem a minha linda e lustrosa barriga, coisa que não fiz durante a gravidez. Usei roupas bem discretas o que nem combina muito comigo.<br />
Uma grávida é sempre um evento e no centro de São Paulo não foi diferente. Eu passava e as pessoas me olhavam como se eu fosse uma celebridade e como barriga de grávida é patrimônio público, na fila preferêncial para a entrada na exposição uma senhora não exitou em dar aquela acariciada na casinha do Ian.<br />
Foi bom admirar as pinturas e pensar que ver arte da melhor qualidade seria a última atividade de entretenimento antes de dar a luz.<br />
Tomei sorvete de iogurte na saída e passeamos felizes pelo centro com a tarde linda ensolarada caindo e me relembrando a passagem do tempo. Estávamos a cada segundo mais próximos da chegada do nosso filho.<br />
Pegamos o metrô de volta com destino SUMARÉ onde deixamos nosso carro estacionado, e fomos fazer a nossa última "boquinha/licença gastronômica". O destino agora era o Mc Donald´s da Cerro Corá onde comemos um Triple Chease Burguer e depois paramos na padaria Letícia para comprar torta de morango e levar para comer em casa.<br />
Ligar para a Vilma era o único compromisso inadiável e importantíssimo para aquela noite.<br />
Comecei a explicar para ela como havia sido minha semana e o que eu tinha decidido fazer da vida como uma adolescente que faz coisa errada e conta uma longa história aos pais até chegar no ponto X.<br />
Vilma me disse:<br />
-Veri, a melhor coisa que você tem a fazer é aquela que você é capaz. Se você não se sente capaz de de esperar mais, induzir o parto amanhã é o que você pode fazer de melhor por você.<br />
-Ai meu Deus que alívio ouvir isso de você Vilma !!! É capaz de Ian nascer essa noite de tão aliviada que estou. Te amo. Obrigada !<br />
Como todos já sabem, Ian não nasceu naquela noite... A tal da bolsa descolada não serviu de nada! Nem o alívio de falar para Vilma das minhas decisões mesmo que tardiamente.<br />
Na manhã de sexta feira liguei para minha amiga Luiza Gottschalk que havia ido para a Pro Matre iniciar a indução do parto de Nina pela manhã. A maternidade estava cheia e durante 2 horas ela ficou esperando um leito. Combinamos de ficar em contato o máximo possível. Não é todo dia que parimos "ao mesmo tempo" que uma grande e muito querida amiga! <br />
Em seguida fui ao Buddha SPA fazer a última drenagem com Ian habitando meu interior. A fisioterapeuta que me atendeu ainda insistiu em mexer em pontos do meu corpo na esperança de colaborar com as contrações. Como todos já sabem, Ian não nasceu na maca do Buddha SPA.<br />
Depois de pegar meu amor no metrô que terminou sua aula mais cedo dispensando os alunos pela última vez como "pai de barriga", almoçamos e fomos para casa de minha mãe onde deixamos nosso carro.<br />
Ela nos levou até a maternidade São Luiz.<br />
-Tchau mã ! Vai para casa dar um tempinho e volta mais tarde porque vai demorar. A indução começa só ás 16:00 hs e não tem para quê você ficar aqui gastando estacionamento com valor em ouro.<br />
Na "fábrica de partos" a burocracia é tão volumosa quanto em qualquer fábrica deste país e durante uns 20 minutos eu assinei papéis e autorizei coisas como a transmissão do meu parto ao vivo via web. O código para o acesso da internet era algo que me interessava muito já que em São Paulo, Goiânia, Santos, São Vicente e São José do Rio Preto tinha um grupo considerável de "webspectadores" aguardando a tal senha chegar por torpedo como eu havia prometido.<br />
Saindo da sala de cardio toco onde mais uma vez fui confirmar as batidas vigorosas do coração de Ian, sou surpreendida pela imagem de Galdino abraçando Capitão na recepção da maternidade.<br />
Eles haviam acabado de chegar de um trânsito da Raposo Tavares onde uma motoqueira decidida a ser o anjo do casal naquela sexta dia 17 de Agosto, foi abrindo o caminho para Capitão, Fernanda e Alice dentro do carro onde uma bola de Pilates também acompanhava a saga do trabalho de parto no trânsito da grande São Paulo. Até o DSV entrou em ação e eles chegaram ao Itaim com Fê se contorcendo devido às contrações que vinham lhe atormentando a vida desde terça feira. Capitcha, que é a forma como lhe chamo, estava esgotado! Seus olhos denunciavam as três noites não dormidas e sua exaustão de marido em trabalho de parto conjugal.<br />
Quem diria ! Eu e a mulher do meu ex e último namorado antes de Galdino entrar na minha vida para ficar, espero que para sempre, parindo na mesma maternidade e no mesmo dia.<br />
Logo uma enfermeira apareceu dizendo que eu deveria acompanhá-la. Galdino ficou com nossa bagagem - Sim! Bagagem! Parecia que estávamos indo para um resort em Cancun equipados de malas e malinhas organizadamente dispostas no carrinho de aeroporto - e depois que ele deixasse tudo em nossa suite, seguiria para a sala de pré parto adequadamente vestido com seu figurino de papai. As enfermeiras fazem questão de nos chamar assim o tempo todo. Papai e Mamãe.<br />
Gosto tanto do meu nome! Prefiro ser chamada de Veridiana ao invés de entrar no "coletivo generalizado" que já me prepara para o mundo da maternidade nas escolas, escolinha de natação, sala de espera do pediatra... Todo mundo é papai e mamãe.<br />
Tenho um pouco de preguiça disso.<br />
Chegando na sala de pré parto a enfermeira deu meu figurino de parideira, e logo veio com as agulhas por onde minha veia receberia a tão famosa ocitocina que eu estava louca para saber como reagiria em mim.<br />
Bora lá tomar aquilo que parece não ser fabricado pelo meu corpo da forma ideal !!!!<br />
Logo Galdino apareceu paramentado e munido de nossas câmeras. Ele registraria o grotesco e a Publivídeo o poético.<br />
Detectando que estava com fome, meu amor decidiu forrar seu estômago já reagente às grandes emoções que estavam por vir. Um parto, por mais sem graça que seja, é sempre um espetáculo de fortes emoções.<br />
Fiquei sozinha na salinha esperando as tais contrações e nada. Sensores do coração do meu anjinho a todo vapor. Já os sensores de contração não tiveram muito trabalho naquela tarde.<br />
Mandei torpedo para a Luiza que estava na Pró Matre. Desde ás 10:00 da manhã ela estava na mesma situação, ocitocina na veia, 2 cm de dilatação e contrações espaçadas.<br />
A enfermeira encarregada dos meus cuidados aumentou depois de um tempo o volume de gotas de ocitocina no soro e me mandou caminhar pelos corredores. Estava morta de sede e perguntei para uma moça vestida com roupinha de hospital se eu podia tomar uma águinha! Um pouquinho que fosse!<br />
Ela se vira para mim e diz:<br />
- Não sei se você pode tomar água, eu não trabalho aqui, estou acompanhando uma parturiente que está no Delivery 2.<br />
Aqueles olhos azuis enormes já tinham passado pelo registro do meu cérebro... Quem é ela? Quem é ela meu Deus ?<br />
- Maira !!! Sou eu, Veridiana !!<br />
-Oi Veri ! Você está aqui ? Como é que você está ?<br />
- Com 5 cm de dilatação há dias, bolsa descolada desde antes de ontem e preparada para uma indução.<br />
Maira Duarte é uma doula que defende o parto natural e acompanha o desenvolvimento de barrigas pela cidade. Assistiu ao espetáculo "Meu trabalho é um Parto" na estréia do União Cultural ano passado e me alertou sobre um médico que decidi abandonar no começo da minha gravidez. O tal Doutor tinha fama de não aparecer nos partos e deixar mulheres sendo assistidas por plantonistas.<br />
De uma coisa eu tinha certeza. Dr. Roberto jamais me deixaria parir na mão de outrem. Sua insistência em induzir meu parto não estava relacionada somente às suas preocupações e sim com o desejo real e nobre de fazer meu parto.<br />
- Enfermeira! Dá um pouquinho de água para ela coitada. Água ! É água! <br />
- Você está acompanhando a Fernanda Maira ?<br />
- Estou! Vocês se conhecem ?<br />
- O Marido dela foi meu último namorado antes de eu me casar com Galdino.<br />
Eu estava adorando contar essa história para a equipe toda da maternidade. Não é todos os dias que parimos "ao mesmo tempo" que uma amiga na Pró Matre e a mulher do ex namorado na sala ao lado!<br />
A enfermeira deixou meio copinho de plástico de água escondidinho na minha salinha e eu saciei minha sede voraz na volta ao espaço de pré parto. Coloquei em um canal de clipes norte americanos ridículos e comecei a dançar sozinha.<br />
"Vamos ver se dançando alguma coisa melhora por aqui né Senhora Contração?<br />
Ás 18:00 hs meu médico chegou e começou a explicar um monte de coisas que ele já havia me explicado milhares de outras vezes. Ele é muito engraçado em sua repetição. Disse que como eu já estava recebendo em meu organismo um volume alto de ocitocina, seria importante ele estourar minha bolsa para ver se meu corpo reagia melhor. Nesse instante Galdino entra na sala, acaba de ouvir as última explicações e munido da câmera registra meu médico furando minha bolsa e espremendo minha barriga para o líquido amniótico escorrer.<br />
Detectamos ali que o volume de líquido havia diminuído muito de segunda para sexta. Meu coração recebeu naquele instante uma dose de alívio. Deixar entrar na quadragésima primeira semana me pareceu uma loucura ao ver menos de um copo de 200 ml numa espécie de comadre.<br />
Comecei a sentir as contrações e achar divertido. A barriga endurecia e eu sentia um tipo de cócega.<br />
"Que beleza ! Se continuar assim vai ser fácil"<br />
Meu médico fez um exame de toque e detectou 7 cm de dilatação.<br />
- O Delivery está sendo preparado para você Veri. Vamos tomar um banho na banheira de hidromassagem? Vai te relaxar e será bom para nós.<br />
Da banheira de Hidro passei um torpedo para Luiza que fazia embaixadinhas no quarto da Pró Matre e recebi um telefonema da minha irmã mais velha, a Camilla:<br />
- Você acha que vale a pena ir para aí Veri ? Estou saindo de uma reunião na Telefônica. Dá tempo ou já vai nascer?<br />
-Ah Cã... Sei lá ! Vem aí! Devo estar com 8 cm de dilatação, estava com 7 agora pouco, Dr. Roberto disse que será rápido.<br />
-E as contrações? Está sentindo muita dor ?<br />
- Sabe que não Cã... Por enquanto está divertido. Vamos ver como será daqui para frente.<br />
-Espera romper a bolsa para ver o que é dor.<br />
-Mas já estou de bolsa rompida!<br />
-Ah ! Então vai ser fácil! Tô indo para aí ficar com a mamãe.<br />
Foi eu desligar o telefone que minha pressão caiu, fique tontona e tive medo de desmaiar. A água quente me deixou mole de mais.<br />
Me tiraram da banheira e fui para a mesa de parto. 8 cm de dilatação!<br />
Dr. Roberto e a enfermeira começaram a me ensinar como respirar. Diferente do que a Vilma havia me ensinado, fiquei confusa e não sabia o que fazer, se seguir a orientação do médico e enfermeira do S.Luiz ou da Vilma, a japa-maga dos partos naturais domiciliares. Personagem celebridade da última cena do meu espetáculo.<br />
Vilma me disse que eu deveria respirar profundo nas contrações e quando elas passassem eu deveria segurar o ar e fazer força para que o nenê descesse em espiral o que ajuda a não precisar de episiotomia. O médico me mandou respirar três vezes na contração e na quarta segurar o ar por uns 30 segundos e forçar junto à contração.<br />
Segui a orientação do médico e me decepcionei de cara comigo.<br />
"Cadê o meu fôlego de nadadora, ex jogadora de Pólo aquático e 'atleta' que sou ?"<br />
Não consegui segurar o ar nem por 20 segundos. Que fracasso!<br />
Galdino mandou sua primeira pérola "Galdinesca":<br />
-Relaxa Veri. O máximo que pode acontecer é você ter um aneurisma cerebral.<br />
Eu tinha que avisar a equipe que conhecia as piadinhas do meu amor há quase nove anos e que aquele comentário estapafúrdio para a ocasião não me agredia, e assim fiz..<br />
Dra. Renata entrou na sala. Ela é a mulher de Dr.Roberto e eles costumam fazer os partos juntos.<br />
Todos em volta de mim.<br />
Dra. Renata me aconselhou a usar as alças da cama para ajudar na força.<br />
Comecei a ter super oxigenação no cérebro a cada contração/respiração e entrei em delírio. Nunca usei heroína, LSD nem Crack. Mas o que eu sentia me remetia a um tipo de alucinação que usuários de drogas pesadas relatam viver.<br />
Quando eu voltava da "viagem" pensava: " Estou na maternidade S.Luiz, Ian vai nascer, estou na sala de parto, estou viva," e via meu corpo tremendo, as pessoas me olhando com caras assustadas. Talvez não estivesse com caras assustadas, mas assim eu as enxergava o que me apavorava ainda mais.<br />
Mas mais do que suas caras apavoradas, eu sentia medo de não voltar da tal viagem.<br />
Medo de abandonar de vez essa passagem e ir fazer companhia para a galera lá no céu.<br />
Todos se afastaram da cama por um instante o que me proporcionou um certo conforto. Me senti menos cobrada , menos pressionada e quando senti mais uma contração chegar, respirei, prendi, forcei e fui parabenizada por Dr.Renata.<br />
-Muito bom Veridiana1 Parabéns. Essa foi muito boa !<br />
Estive ausente em "delírio" por mais 2 vezes e comecei a ficar muito assutada. Avisei a todos sobre o meu medo de não voltar e eles me aconselharam a aceitar a anestesia.<br />
Se é para o bem geral da nação, diga ao povo que tomo !!!<br />
Chegou o anestesista. Um homem simpático de 2 metros de altura, Brunão, que mais tarde viria a se tornar um rolo compressor sobre meu ventre na colaboração para a saída de meu anjinho.<br />
Sentei na beirada da cama com as costas livres para a entrada da maior agulha do mundo.<br />
Galdino mandou sua segunda pérola:<br />
-Caralho Veri! Você não tem noção do tamanho da agulha!<br />
Meu médico me fazia carinho e me tranquilizava enquanto eu, caída sobre minha barriga, mole, frágil, vulnerável ouvia ele dizendo que depois da anestesia tudo seria mais fácil.<br />
Imaginando que Galdino seria recriminado por todos com seu comentário já o defendi dizendo que eu tinha visto uma foto da agulha no livro escrito por Dr. Roberto. Estava consciente do que penetrava em minha coluna.<br />
A dormência proporcionada pela anestesia me troxe sensação de prazer mas me fez perder o controle de força. Tudo adormece, relaxa. A verdade é que é muito gostoso. Esse relaxamento todo deu a Galdino a chance de soltar mais um comentário bizarro-pérola-absurdo.<br />
-Veri ! Seu cu tá parecendo uma couve flor!<br />
Eu conseguia imaginar claramente a imagem do que estava se passando nas minhas partes baixas. E que baixas !!!!<br />
Demos continuidade nas respirações a cada contração. Nem antes e nem depois da anestesia DOR foi o que senti. A sensação é de um profundo incomodo que se espalha por uma região grande de ventre e pernas. Dor é o que senti quando tive pedra nos rins, quando queimei meu pulso em uma catle em Londres com vapor d´água a 100 graus.<br />
Aquele relaxamento todo me dava a impressão de impotência absoluta mas em várias contrações fui parabenizada pela Dra. Renata que estava mais confiante que seu marido no sucesso do parto "normal". Minha alma parece ter passeado pelo "Nosso Lar" e todas as cidades espirituais existentes e voltava. Eu me pegava com pensamentos que não tinham nada a ver com o que estava vivendo e que hoje já não sei mais reproduzir. Algo que estava guardado no meu inconsciente e que nunca mais terei acesso.<br />
A cabecinha de Ian saia quando eu respirava e na inspiração para uma nova força ele voltava.<br />
Ficamos nessa por alguns minutos com o Dr. Brunão sobre mim empurrando Ian com uma força de super herói até o momento que Dr. Roberto me avisou que ele precisaria de fórceps. <br />
Eles chamam de fórceps de relaxamento. Os ossos da minha bacia são muito próximos e Ian estava posicionado de forma que meu próprio corpo impedia sua passagem. Para a posição que ele se encontrava existe uma nomenclatura que Dr. Roberto anotou em minha ficha hoje em consulta para conferir como está a recuperação da minha pele nos pontos da episiotomia.<br />
Sim ! O serviço foi completo... Me fizeram o tal picote...<br />
É lógico que não me lembro que nomenclatura é essa. Algo como "3M", "3 alguma coisa"...<br />
Ouvir a palavra fórceps me apavorou. Ainda exite um preconceito enorme em relação ao "pé de cabra de xoxota" e eu percebi que fazia parte desse grupo de preconceituosos naquele momento.<br />
-Fórceps Doutor...???<br />
-Chamamos de fórceps de alívio. Não é para puxar o bebê pela cabeça, é para aumentar o espaço entre seus ossos e facilitar a passagem. Ele não vai sair. Você está sem força e seus ossos não estão ajudando. Ou você prefere uma cesárea?<br />
A palavra cesárea me apavorou quádrupla, quíntupla, sêxtupla milhonésimamente mais que fórceps e isso me ajudou a fazer uma força monstra na contração seguinte.<br />
Dr. Renata ficou mais confiante e chegou a dizer que Ian nasceria sem a ajuda do fórceps de relaxamento.<br />
Mas Dr. Roberto disse a ela que NÃO! Que Ian estava bloqueado pelos meus ossos.<br />
Foi dado um sinal de alerta. Dr. Roberto disse algo como "Preparar paramentos" ou instrumentos e como num terceiro sinal de um espetáculo que vai começar um circo foi armado sobre mim e na mesa de instrumentação no pé da cama. Um pano azul foi estendido sobre minhas pernas escancaradamente abertas no palco da "fábrica de parto", todos colocaram paninhos de proteção sobre a boca, vários instrumentos cirúrgicos entraram em cena como adereços estrategicamente pensados e elaborados pelo cenógrafo e figurinista, e permitiram então a entrada do cameraman da Publivídeo que ia registrar os momentos finais daquele espetáculo.<br />
Me pediram para continuar fazendo a força e desta vez minha alma embarcou em uma viagem que parecia não ter volta e quando eu aterrissei e ouvi: NASCEU, ví a meu lado um ser que me pareceu muito íntimo todo envolto em sangue que prontamente foi levado pela enfermeira para a balança onde foi pesado, medido, limpo e analisado pelo pediatra- o mais novo integrante daquele elenco não muito emocionado já que a situação é corriqueira em suas vidas.<br />
"Meu Deus, meu Deus , meu Deus, meu Deus eu não morri ! Obrigada meu Deus !!!! Meu filhinho nasceu... Cadê ele? Quanto tempo mais vão demorar para me dar ele? Quero dar mamá? Quero olhar para ele, quero beijá-lo, quero amá-lo, quero engolir , quero cuidar, quero, quero quero TUDO... Cadê Ian ?"<br />
Um pouco mais ele já estava em meus braços, em minhas tetas, em minha boca, chupando meu queixo, cheirando meu hálito e reconhecendo os odores de quem daquele momento em diante irá alimentá-lo e amá-lo de uma forma que não há explicação. <br />
Poeta, dramaturgo, roteirista,escritor algum nesse mundo foi, nem será capaz de explicar apenas com palavras o que é, como se sente e o que se sente ao pegar um filho recém nascido nos braços. <br />
Palavras não são suficientes para esta tradução. Só é possível sentir...<br />
E que esse sentimento me invada e me permita conferir a todo instante daqui para frente, cada batida do meu coração e do coração do meu "leãozinho" lindo, que numa sincronia coreografada que parece o corpo de baile de uma ópera de anjos e querubins, batem juntos fazendo meu peito pulsar e se emocionar a cada segundo dos meus dias que rezo a Deus para que tenham mais de 24 horas.<br />
Que o tempo demore muito para passar para que eu possa aproveitar ao máximo cada mamada, cada xixi na parede, cada cocô na fralda recém trocada, cada suspiro entre os "tragos" no bico do meu peito, cada choro de manha, de fome, de gases, de carência, os sorrizinhos, os banhos, as noites mal dormidas ... ... ...<br />
Ah ! sobre Luiza e sua Nina, Fernanda e sua Alice !!!<br />
Nina nasceu 1:22 hs do dia 18 de cesárea depois de Luiza ter tentado absolutamente TUDO para o parto normal. Sua determinação e força colaborou para que Nina não chegasse ao mundo de supetão. Foi banhada por todos hormônios participantes do show de um parto normal mas sua dilatação faltou na apresentação e não mandou atriz substituta.<br />
Alice chegou por volta das 6:30 da manhã do dia 18 depois de Fernanda receber também a famosa ocitocina sintética e a colaboração dos anestésicos venerados pelos aversos à dor, o que definitivamente não é o caso de Fê, que de terça dia 14 a sábado dia 18 viveu intensamente um nobre trabalho de parto. Úm Show é pouco! Seu parto foiuma ópera! Fernanda se livrou do 'picote' ! Diferente de mim que preferia não ter que passar por essa...<br />
Parabéns a nós todas !<br />
Cada uma com uma história e uma possibilidade, afinal cada corpo é único e apesar de "Nosso trabalho ser um Parto", eles nunca serão iguais.<br />
Cada parto é exclusivo e tem sua graça e magia.<br />
Agora vocês me dão licença... estou muito emocionada, chorando em prantos há muitas laudas e eu preciso parar para dar mamá.<br />
Até o próximo post e muito obrigada por terem chegado até aqui, junto a mim, nesta "Partodisséia".<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJS9cNqHBwGpq5GcWFkt6eikGvx-6ZfvCoX6ar3EnyuqedlSSFhFanL2LCs2zhD8AYfhNipAoYZSfKwqMHxzKrOMOOWGQ9WxXW4lfT0X4PK3agEfwQUQrD0uFEnIDjP5cZsfTpo_c58xGx/s1600/Nascimento+do+IAN+17-08-2012+(18).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJS9cNqHBwGpq5GcWFkt6eikGvx-6ZfvCoX6ar3EnyuqedlSSFhFanL2LCs2zhD8AYfhNipAoYZSfKwqMHxzKrOMOOWGQ9WxXW4lfT0X4PK3agEfwQUQrD0uFEnIDjP5cZsfTpo_c58xGx/s320/Nascimento+do+IAN+17-08-2012+(18).JPG" width="320" yda="true" /></a></div>
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Vídeo Parto do Ian: <a href="http://vimeo.com/48044236">http://vimeo.com/48044236</a><br />
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<br />Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-77057177985792153622012-08-16T08:19:00.001-07:002013-02-13T17:46:17.988-08:00Japan GONG show na fábrica de parto do país do FUNK.Ao despertar segunda feira dia 13 pela manhã mais uma vez minha cabeça deu sinais da minha obsessão e idéia fixa no assunto "preciso parir" pois o pensamento recorrente brotou na minha cacholeta instantaneamente ao abrir os olhos: "Ian não nasceu de novo essa noite. Terei que ir a consulta médica! Que saco! Meu médico vai falar de indução..."<br />
Essa consulta já estava marcada há 4 meses e toda vez que eu olhava minha anotação na agenda pensava: "Dr. Roberto marcou consulta na data prevista para meu parto mas com certeza neste dia Ian já estará em meus braços e pendurado em minhas tetas!"<br />
Durante a noite tive a sensação de um início de cólica, parecia uma descarga de algo no baixo ventre. Acordei com a imagem de tintas ao serem misturadas ou tela de computador que fica com manchas coloridas que lembram raio laser quando colocamos música para tocar.<br />
Levei Galdino para o Metrô que o leva toda segunda, terça e sexta à Liberdade.<br />
Não! Galdino não se liberta através do metrô três vezes por semana. A FMU, onde ele dá aula, fica na estação S. Joaquim!<br />
Mas seria maravilhoso se existisse um trem que nos levasse à LIBERDADE ... ... ...<br />
"Liberdade do que Veridiana? Você me parece uma mulher tão livre... Não é assim que você se sente?'<br />
Não! Ou melhor; muitas vezes não! Existem muitas situações que a vida me coloca em que me vejo com dificuldade de tomar decisões, MUITO em função do que suponho que os outros pensariam a meu respeito caso as decepcionasse ou não agisse de acordo com o que também suponho ser seus ideais.<br />
Quem é livre de fato faz o que tem vontade e acredita sem titubear.<br />
Conto com a aprovação das pessoas e isso me castra.<br />
Será que tem a ver com o fato de ser atriz ?<br />
Essa necessidade ridícula de aprovação?<br />
Preciso, como mãe que agora "sou", ainda que com uma pança pendurada, me libertar da necessidade de aprovação geral da nação nas minhas ações e atitudes.<br />
E mal sabia eu que o dia 13 de Agosto me proporcionaria enxergar em mim mais uma vez esse lapso de personalidade nem tão forte quanto muitos me atribuem.<br />
Sou vulnerável. Facilmente conduzível. Essa é a verdade.<br />
Uma pena...<br />
Na volta do metrô Vila Madalena, ao tomar banho fiz o famoso ritual da estimulação de mamilos e agachamentos.<br />
Depois de levar uma caixa de Amêndoas cobertas de chocolate para a Vilma Nishi em seu consultório e devolver um livro lindo que ela emprestou a Galdino, fui para casa da minha mãe onde coloquei em seu jardim uma cadeira ao sol e revelei para os pássaros que voavam por ali o meu lindo e lustroso barrigão, e meus "peito de nega" com mamilos enormes e escuros por onde escorreu leite.<br />
Não sei se o calor do sol interferiu nessa expulsão do néctar pelos bicos a fora. O que sei é que em 5 minutos de exposição ao Astro Rei, ví brotar o que alimentará meu filho por bastante tempo.<br />
É o que espero.<br />
Minha consulta era ao meio dia e mamãe foi comigo conhecer meu médico doidão que muitas vezes parece um médium recebendo uma entidade. Ele baixa os olhos e fala repetidamente as mesmas coisas fazendo anotações na minha ficha e quando levanta o olhar, a direção não é o meu olhar. É o além! Ele fica elucubrando, dando explicações e divagando informações médicas para o além. É bem louco !!!<br />
Gosto dele apesar dos nossos conflitos ideológicos.<br />
Mas confio no seu conhecimento. Gosto de sua responsabilidade e comprometimento com a profissão. Quando ele ele fala sobre minha "gravidez de risco", o uso das injeções de FRAGMIN durante toda a gravidez e minhas perdas repetidas de bebês, sei que ele ACREDITA no que está dizendo. Os estudos da medicina fazem ele ter fé em um conhecimento que o leva a avaliar meu caso com uma cautela maior do que o normal.<br />
E sei que não é só ele que pensa assim!<br />
Minha tia e madrinha também médica pensa igual.<br />
E mal sabia eu que o dia 13 de Agosto me proporcionaria detectar que mais médicos pensam de igual...<br />
Dr. Roberto nos atendeu pontualmente como de costume e mais uma vez deixou bem claro que não recomenda que esperemos Ian nascer a seu bel prazer, e que deixar minha gravidez chegar a 41 ou 42 semanas é um risco desnecessário de corrermos.<br />
Me relembrou que respeita meu desejo de um parto natural, sem induções com ocitocina e uso de anestésicos e que sabe da importância que viver essa espera tem sido para mim e meu amor. Que a tentativa dele de me levar ao parto na semana passada é pura preocupação e precaução pois sabe da importância que tem esse filho para toda a família.<br />
Essa espera vem sendo importante para mim sim, mas também vem me causando uma angústia e agonia que muitas vezes questiono se causam algum mal ao Ian. <br />
Se ele sente um pouco do que sinto, certamente não está sendo boa a convivência com essa minha ansiedade desenfreada.<br />
Muitas vezes pensamentos horríveis passam pela minha cabeça. O volume de casos, histórias tristes e malucas que ouvi e lí durante esses 3 anos desde que comecei a escrever " Meu Trabalho é um Parto", me colocam num estado lamentavelmente suscetível a melancolia e pânico. Não sou uma pessimista ! Mas tenho medos e ando muito insegura com minha intuição. Não tenho conseguido distinguir o que é piração de grávida doidona e o que é a minha sensibilidade e conexão com o sagrado apitando no meu coração.<br />
Definitivamente a ignorância é a mãe da felicidade.<br />
Eu preferia saber NADA. Ser que nem uma grávida que estava pedindo esmola no dia dos pais no farol da Nove de Julho com a Estados Unidos. A leveza dos ignorantes é uma dádiva algumas vezes.<br />
Algumas vezes não! Sempre!<br />
Consciente de que continuar esperando a chegada do Ian correndo o risco de chegar no dia 27 de Agosto sem meu filho nos meus braços não seria nada bom para a resistência das minhas emoções, aceitei marcar a indução do parto para sexta feira dia 17.<br />
Fisicamente poderia continuar grávida por mais alguns meses já que estou me sentindo cada dia melhor. Impressionante como meu corpo vem se adaptando às transformações. Voltei a conseguir amarrar sapatos sem perder o ar! Galdino não precisa mais cortar minhas unhas do pé. Consigo abrir o porta luvas do carro sem achar que vou morrer sufocada e tenho dormido cada noite melhor...<br />
Mas emocionalmente minhas forças estão começando a fraquejar. Estão chegando ao fim mesmo... Não aguento mais avaliar o comportamento do Ian dentro de mim e entrar em crise cada vez que passo do meio dia sem sentir sinais de sua movimentação.<br />
Por todos esses motivos saímos eu e minha mãe do consultório do Dr. Roberto a caminho da Maternidade São Luiz para um monitoramento de atividade fetal e ultrassom com doppler, com uma guia médica de internação marcada para sexta feira dia 17.<br />
Dia 17 seria a data de nascimento prevista para o meu filhinho caso em engravidasse há 30 anos.<br />
Antigamente os médicos somavam 10 à última menstruação e contavam 9 meses exatos no calendário para o primeiro filho. E 12 + data da última menstruação para os filhos seguintes.<br />
Dava certo!<br />
Os erros eram mínimos e os bebês nasciam com 1, 2 dias de diferença das previsões feitas pela medicina da época.<br />
O prédio onde fica o consultório do meu médico é vizinho a Maternidade São Luiz e logo eu já estava na recepção da "fábrica de partos" do Itaim apresentando o pedido dos exames. <br />
Grávidas perambulavam pelo saguão de entrada empurrando carrinhos iguais aos de hotel e aeroporto com suas malinhas de bebês lindas e novinhas. Os enfeites da portas forrados com plástico prestes a serem pendurados nas suítes e casais saindo com seus "pacotinhos de recém nascidos" enrolados nas mantas compradas no shopping Iguatemi, me fizeram ter orgulho das nossa malinha velha e surradinha preparada há 3 semanas em casa. Uma delas já passou por 3 gravidezes da minha irmã mais velha. A outra foi um presente dos funcionários da Unimed de Birigui que recebi depois de fazer uma apresentação de "Meu Trabalho é um Parto" pelo SESC.<br />
Não tenho a menor paciência para o mercado capitalista da gravidez.<br />
Apesar de ter me envolvido de forma expressiva e até profissional com o assunto, morro de preconceito de uma série de coisas que cercam o assunto e o mercado do parto.<br />
Sites e fóruns de debates na internet me parecem ridículos em várias situações apesar de participar e ser cadastrada em muitos deles.<br />
O consumismo do mercado do parto me encomoda.<br />
Vestir no Ian roupinhas que já passaram pelos corpinhos dos sobrinhos e dos filhos das amigas será um enorme prazer sustentável, ecológico e econômico.<br />
Ter o enfeite mais simples (mas o mais lindo!) da Maternidade São Luiz será motivo de orgulho.<br />
Fico pensando o que as enfermeiras vão achar das toalhas que estão sendo mandadas na malinha ... Foram dos meus sobrinhos e não são novinhas.<br />
Será que as enfermeiras da Maternidade São Luiz são tão arrogantes como os porteiros da Rede Globo ?<br />
Fui atendida em pouco tempo e logo me ví deitada em uma cama com sensores ligados na minha barriga. As enfermeiras me perguntaram o motivo do monitoramento e expliquei que 40 semanas de gestação, perdas de bebês no histórico e o uso de injeções de anti coagulante durante toda a gravidez fazem meu médico estar em estado de alerta. Contei que ele queria ter induzido o parto na semana passada e que um conselho da Vilma Nishi me fez faltar em uma consulta marcada repentinamente. Elas riram e perguntei se conheciam a Vilma.<br />
Lógico que sim !<br />
Vilma é uma celebridade no mundo da gestação.<br />
O aparelho que mediu a frequência cardíaca do meu anjinho tinha uma caixa de som potente a beça que me garantiu o vigor do seu coraçãozinho elogiado pela enfermeira de olhos enormes e azuis que disse: "Seu bebê está ótimo. Dançando um FUNK dentro de você. Não tem com o que se preocupar."<br />
Nos orientaram esperar em outro lugar onde seriamos chamadas para o ultrassom.<br />
Chega um torpedo da minha grande e grávida amiga Luiza Gottschalk dizendo que estava indo também para o São Luiz encontrar seu médico e fazer os mesmos exames. Ela engravidou da Nina um dia antes de mim e está me acompanhando nesta jornada da lua minguante.<br />
Logo nos encontramos na recepção acompanhada também por sua mãe.<br />
Viva as mães !!!<br />
O que seria de mim e Ian sem a minha que foi responsável por muitas das contas vindas da farmácia do Butantã com as compras de FRAGMIN... ?<br />
Encontro de barrigas! Quando eu e Luiza nos encontramos é preciso ficarmos atentas ao nos abraçarmos. São 4 enormes tetas e 2 bebês entre nós. Nina e Ian.<br />
O médico dela já havia marcado uma cesárea para dia 17 caso Nina não desse o ar de sua graça durante a quadragésima semana de gestação e a novidade para a minha amiga é que nossos filhos nascerão no mesmo dia caso a natureza não coopere com nosso desejo de parto natural total nos 45 do segundo tempo desta quadragésima e fatídica semana.<br />
Ian e Nina sempre faltarão nas festas de aniversário um do outro...<br />
Nos despedimos com fé na possibilidade de sermos surpreendidas pelas forças de nossas orações no decorrer da semana.<br />
Chegando na sala de ultrassom fui recebida de forma seca e fria por um médico grande, mais para gordo, alto e mestiço.<br />
Ele começou a falar com e enfermeira e pensei: "O Japa é bichona!"<br />
Não sou preconceituosa, heterofóbica nem racista mas esse tipo de raciocínio JAPA/BICHONA me faz rever meu conceito de mim mesma no quesito PRÉ CONCEITO.<br />
Colocou o ultrassom com uma pressão quase agressiva no meu baixo ventre e perguntou o que me levava a fazer aquele monitoramento.<br />
Mas uma vez expliquei sobre a filosofia de meu médico e sua preocupação.<br />
Ao medir o tamanho da cabeça do Ian ele vira e me diz:<br />
- Se fosse meu filho já estaria na segunda mamada.<br />
- Como é ? O que você está querendo dizer com isso ?<br />
- Estou querendo dizer que a natureza é sábia mas nos passa rasteiras caso não estejamos atentos aos sinais que ela nos dá.<br />
Fiquei pensando se a natureza havia me dado algum sinal de que algo não vai bem... Não! Está tudo bem! O que não está bem é a ansiedade da minha natureza de sagitariana que já foi mais leve e desencanada mas que depois dos 28 começou a ser bem pisciana/sofredora por ascendência.<br />
-Mas minha indução de parto está marcada para sexta feira Doutor...<br />
-O que te leva a esperara até sexta? Cada dia que passa o risco é maior? Quantos filhos você tem ?<br />
- Nenhum.<br />
- Suponho que depois de algumas perdas esse seja muito esperado e é fundamental que você meça a importância das coisas. A saúde do seu filho ou o desejo de um parto natural ? Pense que o tempo de um parto é muito curto diante uma vida inteira e que a felicidade e saúde do seu filho não depende do momento do parto e sim da sua dedicação.<br />
- Você acha que devo antecipar a data da indução do meu parto Doutor? Está acontecendo algo de errado com meu nenê?<br />
- Seu filho está batendo um bolão!<br />
Minha mãe entra na conversa:<br />
- Ah ! A enfermeira lá de baixo disse que ele está dançando um FUNK!<br />
E ele revida revoltadamente:<br />
- FUNK não! Se eu fosse presidente do Brasil eu proibiria o funk e mandaria prender os compositores e cantores.<br />
Um pouco mais adiante ele disse que não acreditava nem respeitava pessoas que cometem erros escritos ou falados de português. Apesar de ser uma admiradora da minha língua e zelar muito para que ela saia pelo menos da minha boca bem falada e sem erros, achei o médico um tanto radical na sua colocação.<br />
Disse também que queria ir embora do Brasil. Que queria ir para Nova Iorque e que estava convencendo sua mulher.<br />
"Olha! Ele tem mulher! Não é uma bichona!"<br />
Como se casamento fosse prova de preferência sexual ...<br />
Depois dessa eu pensei que estava falando com alguém emocionalmente alterado e que talvez não devesse dar crédito a nada do que ele me falou. Mas ao mesmo tempo dentro do meu coração um sino tocava e perguntava: O que é mais importante? A garantia da saúde do seu filho ou um parto natural?<br />
Antes de me despedir ele pediu que eu voltasse em 48 horas para fazer outro ultrassom e cardio toco e que eu devia ficar muito atenta aos movimentos do bebê. MUITO !<br />
Eu e mamãe saímos da Maternidade piradinhas com o que nos foi dito e fui para casa com a missão de definir com meu amor o que fazer.<br />
Ao chegar em casa Galdino me disse que me apoiaria em tudo que eu definisse, até em uma cesárea, mas que eu estava indo contra as minhas convicções e tudo que eu havia desejado e planejado para nosso parto até então. Perguntou se eu estava segura da minha escolha.<br />
Percebi que ele estava falando sobre a indução do parto na sexta feira dia 17 enquanto eu estava na dúvida em antecipar essa indução para o dia seguinte!<br />
- Estou dando mais 4 dias de chance para a natureza entrar em ação e Deus me iluminar. Mais que isso será insuportável para mim. Ficar fazendo monitoramento a cada 48 horas por mais uma semana ou 10 dias será um martírio sem fim. Essa é a conduta para gestantes que passam de 40 semanas, inclusive para as jovens sem histórico de perdas e FRAGMIN na veia. Sexta feira faremos a indução caso Ian não dê sinais de sua chagada durante a semana.<br />
Terça feira coloquei música para Ian. Colei a caixa de som do meu portátil na minha xoxota com um CD de música Xamânica. Soube que os índios falam suas línguas loucas nas xerecas de suas mulheres em uma certa fase da gravidez para que o bebê vire de ponta cabeça.<br />
Achei que a técnica poderia servir para o meu caso também.<br />
As músicas Xamânicas eram chatérrimas e tive medo de Ian sair da posição cefálica fugindo dos xocalhos descompassados dos Xamãs e troquei o Cd por um de música de relaxamento. Estimulei os bicos dos "peito de nêga" com uma pomada de erva doce e fiquei tentando relaxar. Mais tarde fui ao Buddha Spa receber uma deliciosa drenagem e no fim da tarde fiquei dançando dança do ventre. Soube que os movimentos da dança são ótimos para o trabalho de parto efetivo. Resolvi começar o treino!<br />
Ai ai ai esses posts com cara de "Meu querido diário"...<br />
Quem chegou até aqui só tenho a dizer: parabéns. Que paciência heim ?<br />
A noite fui ao centro espírita rezar. Além de mim mais 2 outras grávidas. Fomos atendidas com fichas especiais.<br />
Ian cavalgou dentro de mim durante toda a palestra, teve um soluço fortíssimo e parece ter curtido o ambiente cheio de entidades e mentores espirituais.<br />
Ontem tive que voltar ao S.Luiz para o monitoramento de atividade fetal.<br />
Enquanto esperávamos o laudo ficar pronto e a enfermeira conseguir falar com meu médico para ver se ele queria um ultrassom e exame de toque, encontrei uma grande amiga, Maíra Bittencourt, que é parteira e havia acabado de acompanhar 2 partos.<br />
Ela me disse que é praxa fazer monitoramento dia sim dia não passadas as 40 semanas.<br />
O Japa não estava tão louco assim . Mas a forma como me gongou na segunda foi suficientemente expressiva para o título do post ser em sua "homenagem".<br />
Maíra me passou o celular de uma acupunturista que trabalha com indução para grávidas e mais uma vez Galdino foi obrigado a participar de um longo papo sobre o assunto PARTO.<br />
Senti ele muito cansado. Já havia me dito que por ele não estaria ali e que achava um pouco de histeria de mais tudo aquilo.<br />
Consegui falar com meu médico depois de meia hora. Ele disse não ser necessário fazer ultrassom e me perguntou se eu queria me encontrar com ele no consultório para um exame de toque e uma "cutucada" para o descolamento da placenta.<br />
Aceitei.<br />
Umas dedadas ainda são mais "naturais" que ocitocina sintética. Vamos a mais essa tentativa de fazer Ian chegar antes de sexta.<br />
No exame de toque foram detectados 4 cm de dilatação. Aumentou. No cardio toco foi detectado ZERO de contração em 40 minutos... Ele sentiu a cabeça de Ian mais baixa e conheceu mais intimamente o interior de minha "bibica".<br />
Bibica, Xereca, Xoxota, Pixoca, Boceta, Perereca, Queca, Ximbica... que variedade!<br />
Galdino ficou me fazendo carinho durante o precedimento como se eu já estivesse na cama de parto. Não doeu. Incomodou. <br />
Chegando em casa fomos surpreendidos com caixas e mais caixas com quase 3 mil fraldas do mais novo lançamento da PAMPERS pela Procter And Gamble. A SUPREME CARE. A fralda só falta falar e voar.<br />
Mas sobre isso e o por quê disso eu falo em outro momento. É me estender além do aceitável, limite que aliás já ultrapassei.<br />
Incrível quem leu esse post até aqui. Mas falta pouco, está acabando!<br />
No começo da noite eu e meu amor fomos assistir "Para Roma com Amor" que há tempos eu vinha querendo. Pensei que eu precisava me distrair. Se entrasse em trabalho de parto no cinema era só sair da sala.<br />
Mas nada aconteceu...<br />
Sinto que meu corpo se acostuma muito facilmente às mudanças propostas sem reagir a elas.<br />
Ontem senti minha barriga pesada ao caminhar pelo shopping Bourbon e seu estacionamento, e uma pressão muito interessante além das pernas duras e travadas.<br />
Ian não nasceu na madrugada...<br />
Hoje acordei como se nada tivesse acontecido. Nem cólica e nada de contrções.<br />
A única novidade no decorrer da noite foi mais um enorme pedaço de tampão mucoso que saiu no xixi corriqueiro da madrugada.<br />
4 cm de dilatação, placenta descolada e ZERO de contração.<br />
Amanhã ás 14:00 horas serei internada para a indução do parto.<br />
Ás 16:00 começam a colocar ocitocina na minha veia.<br />
Ás 15:54 a lua muda...<br />
Seria lindo entrar em trabalho de parto antes da primeira gota de ocitocina.<br />
Não terei mais esperança em nada desses fatores que nos ajudam a obcecar.<br />
Não vou ligar para a acupunturista.<br />
Nem dançar dança do ventre.<br />
Nem subir escadas.<br />
Nem fazer longas caminhadas.<br />
Só preciso ligar para a Vilma. Ela merece uma satisfação. Estou protelando esse telefonema em função daquela Veridiana tonta que tem medo de frustrar expectativas alheias.<br />
A possibilidade de ter que passar por uma Cesárea existe e tenho que aceitar e me acostumar com a idéia.<br />
Existem corpos que não desenvolvem musculatura mesmo com altas cargas de peso e atividade física.<br />
Existem corpos que não produzem insulina.<br />
Existem corpos que não produzem endorfina.<br />
Devem existir corpos que não produzem contração. Nem com ajuda química.<br />
Pode ser que o meu seja um. <br />
Amanhã saberemos.<br />
O que sei é que domingo voltarei para casa acompanhada de minha familia. Meu marido e meu filho.<br />
Galdino e Ian; meus dois grandes amores.<br />
Minha vida !<br />
Agora eu vou almoçar omelete com salada e passar a tarde bem coladinha no pai do meu filhinho.<br />
Que o dia de amanhã seja abençoado e que tudo corra bem.<br />
Boa hora para você Veri.<br />
Boa sorte para você Ian e que Deus te abençoe; Amém!<br />
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Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-76951635443360090682012-08-12T19:16:00.000-07:002013-02-13T17:42:24.553-08:00Medicina X Natureza em uma semana dilatada na lua minguante que parece não ter fim.Dia 7 de Agosto de 2012, terça feira passada, completando 39 semanas e um dia de gestação fui ao médico que fará meu parto em uma consulta de rotina de quem está para parir a qualquer momento.<br />
Lógico que eu ia esquecer <u>a coisa mais importante da consulta</u>. Mas o anjo que acompanha Nossa Senhora do Bom Parto me ajudou soprando em minha mente que algo estava faltando enquanto eu me vestia no banheiro da ECOFIT.<br />
-A Barriga ? Você estava esquecendo a barriga?<br />
Não não ! Esta está colada em mim e não parece querer me largar de jeito nenhum ! Mas a cabeça... Se não tivesse o pescoço no meio para juntar as partes já teria esquecido em algum lugar.<br />
- Você esqueceu sua cabeça em casa para ir ao médico Veridiana?<br />
Não !!! Esqueci o ultrassom feito na semana anterior. Exame que contém informações importantes para que o médico saiba qual a situação atual do meu filhinho, do meu útero, placenta, líquido, sangue... Ai ai ai quanta coisa meu Senhor !<br />
Saí da academia onde me deliciei na piscina que o médico já havia me proibido de entrar, tomei banho e voltei a minha casa para pegar o exame procurando dirigir o mais devagar possível mas com uma certa pressa paulistana que nos acompanha constantemente.<br />
Cheguei pontualmente para ser atendida.<br />
Ao entrar na sala meu médico perguntou como eu estava me sentido.<br />
-SUPER BEM DOUTOR! COM UMA ENERGIA FORA DO NORMAL, DISPOSTA, SEM DOR ALGUMA NAS COSTAS, UMA BELEZA. PODERIA FICAR GRÁVIDA MAIS UM MÊS.<br />
Já percebi nele uma reação de : "Ai meu Deus... Eu contava que neste momento ela estivesse exausta implorando por uma cesárea ou indução e essa louca me chega aqui com toda essa disponibilidade para continuar carregando essa pança".<br />
Na verdade eu estava dando o meu recado sim ! Eu sabia que ele estava esperando que eu agisse como a maioria das clientes que vão chegando no fim da gravidez, se cansam, perdem a paciência de Deus escolher a hora do filho chegar e pedem para antecipar o processo. Eu queria que ele percebesse de cara que eu não ia entrar no jogo dele de ocitocina na veia, descolamento de bolsa e entrada no hospital.<br />
Tive que ouvir seu relato sobre suas impressões ao filme "O que esperar quando está esperando" que acaba de ser lançado com participação de Rodrigo Santoro no meio de um elenco estrelar Hollywoodiano.<br />
O estacionamento do prédio onde fica o consultório é caro a beça, consultas muito longas me "angustiam o bolso", eu estava planejando assistir ao filme com Galdino em algum momento da semana e não estava a fim de ouvir o médico me contar o FILME TODO !!!!!!!!!!!!!!!!!<br />
Sim, ele me contou o filme todo pontuado com minha interferência com o seguinte e único comentário repetido:<br />
"Que lagal doutor, eu e Galdino vamos assistir ao filme essa semana"<br />
Ele não compreendeu que eu não queria ouvir o filme narrado por ele. Eu queria VER o filme na companhia do meu amor.<br />
A Consulta segue.<br />
Ao ler meu exame me disse o médico o que eu já suspeitava. Minha placenta ainda estava de grau 1, é uma placenta jovem. Meu líquido amniótico em volume além do esperado. Somadas as duas informações concluímos que o bebê ainda está boiando no líquido em função dele ser abundante o que não proporciona pressão alguma no colo do útero provavelmente levando a ausência de dilatação.<br />
Imediatamente o Dr. pegou a agenda e disse que no dia 13, coincidentemente a previsão da data de nascimento, já tínhamos uma consulta marcada e que ele gostaria de nesta consulta começa a estimular o parto descolando minha placenta.<br />
Eu já deixei BEM CLARO milhares de vezes que quero meu parto o mais natural possível, que a princípio nem anestesia quero mas vamos de novo entrar no jogo do médico e fingir que concordo com o que ele quer para mim , contando MUITO com a possibilidade do Ian nascer durante a semana !<br />
Seguimos para o exame de toque.<br />
Ao encaixar os dedos no colo do meu útero fez uma cara de exclamação e disse que eu já estava com 3 cm de dilatação, que o colo do meu útero é molinho que muito provavelmente eu teria um parto fácil e pouco doloroso.<br />
Tirou os dedos e na luva havia sangue. <br />
Eu exclamei: "Olha! Sangue! "<br />
Há tempos não vejo nada vermelho saindo de mim...<br />
-Legal ! 3 cm de dilatação?! Pré trabalho de parto! Já iniciamos a jornada! Que beleza! É só isso Doutor, acabou o exame?<br />
Respondeu que sim e que se mexesse mais poderia estimular o trabalho de parto.<br />
Pensei comigo: " Que beleza!!! Agora ele entendeu! Está me respeitando e não quer interferir no tempo de Deus."<br />
Ví que ele ficou aflito com a possibilidade do Ian nascer quinta ou sexta feira que são dias que ele não vai ao consultório e atende às grávidas do Hospital do Servidor Público no Tatuapé. Repetiu que não gostaria de não estar presente no meu parto mas que eu corria esse risco já que eu preferia não marcar a indução e que São Paulo, suas distâncias e trânsito não nos possibilita realizarmos as coisas de acordo com nosso desejo.<br />
Acalmei o médico: "Vai dar tudo certo Doutor! Fica tranquilo! Você estará presente e se sua anestesista de confiança não estiver, o plantonista do São Luiz que deve ser ótimo, estará. Isso se eu precisar de anestesia! Lembra que vou tentar sem ?"<br />
Falei tudo isso contando que Ian chegaria em meus braços no fim de semana e que tenho a Vilma Nishi (doula/parteira/ enfermeira obstétrica) para me amparar. Confio plenamente na Vilma. <br />
Me recomendou parar de nadar de uma vez por todas alegando a possibilidade de contaminação pela água da piscina já que havia dilatação e me pediu que não transasse mais. Fim de Sexo !!!<br />
Fui embora do consultório feliz e radiante com a minha dilatação de 3 centímetros e a informação de um colo de útero molinho.<br />
Corri avisar minha amiga Camila Miranda, fotógrafa que faz um trabalho lindo com grávidas nuas na reta final, que deveríamos nos encontrar para nossa sessão já combinada o quanto antes já que com 3 cm de dilatação tudo pode acontecer a qualquer hora. Marcamos para quinta de manhã e ela me disse:<br />
-" Fala para o Ian aguentar mais um pouquinho heim ? Depois das fotos ele pode nascer."<br />
<br />
Fim de uma primeira etapa desta SAGA que se estende até agora, domingo dia 12 de agosto, dia dos Pais!<br />
Post longo... Obrigada a todos que chegaram até aqui ! E saibam; muito mais está por vir... Muito mais texto, dúvidas e fortes emoções.<br />
<br />
Quarta feira a noite me encontrei com a Vilma que colocou sonar na minha barriga, ouviu o coraçãozinho do meu filhinho e fez outro exame de toque.<br />
Confirmou os 3 centímetros dilatados e a maleabilidade da minha "carne interna". Disse que o médico tem razão ao afirmar que terei um parto fácil e pouco dolorido.<br />
Disse que eu deveria continuar nadando e transando como vinha fazendo até então e que não concordava de forma alguma com essa orientação médica.<br />
-" Eles são todos assim Veri, precisam proibir algo e a primeira coisa que fazem é proibir namoro. Fique bastante com o Galdino e faça um escalda pés. Seus rins e pés estão gelados e para a Antroposofia isso é sinal de medo. Não tenha medo em assumir seu medo. Aceite o fato, nada mais natural do que estar com medo. Afinal é uma experiência nova, você nunca pariu."<br />
Nossa... estou me achando tão tranquila. Será que estou com medo? <br />
Chegando em casa fiz escalda pés e recebemos a visita do Níveo, grande amigo e padrinho de casório que nos trouxe mais fraldas de presente.<br />
A Procter and Gamble continua ganhando muito com a chegada do Ian...<br />
Quinta pela manhã recebo em casa Camila, que carrega Maria em seu ventre de 5 meses de existência.<br />
Antes de começarmos a sessão de "nu gravidal" conversamos horas sobre a vida. <br />
Estudamos no mesmo colégio durante toda a infância, temos muitos amigos em comum e casos loucos de gravidezes interrompidas, perdas e partos que aproximam nossas almas não mais na dor, mas na cumplicidade de experiências que nos fazem refletir a vida e gravidez de forma delicada e específica.<br />
Foi muito bom ser fotografada por ela no meu quarto, sala e até mesmo no meu altar onde Jesus, Buddha, Yogananda e Gandhi dividem o espaço com imagens de santos católicos, Hindus, pretos velhos e caboclos em uma harmonia ecumênica da melhor qualidade.<br />
Depois do almoço recebemos visita de um amigo que veio trazer sua câmera emprestada. A que será usada para registrar a chegada do Ian e em seguida a visita de Talita Castro com seu rebento Angelo que nasceu no inicio do ano em São Paulo mas que já virou carioca ao se mudar para a Cidade Maravilhosa do papai Daniel.<br />
Um dia movimentado e delicioso com encontros, reencontros e uma pilha ligada no cu, falando mais que a boca, cheia de energia pela casa, abrindo portas e oferecendo frutas às vistas, subindo escada para mostrar o quarto do Ian para os amigos, falando do passado e ligada no horário pois tinha uma drenagem marcada no Buddha Spa, meu fiel e delicioso parceiro apoiador.<br />
Talita ao saber que eu iria dirigindo sozinha para Higienópolis me convenceu que não é mais tempo de andar de carro por aí. Desmarquei minha drenagem.<br />
Quando Talita entrou no carro e ligou o motor, Galdino sai à porta dizendo ser meu médico ao telefone.<br />
- Oi Doutor ! Tudo bem ?<br />
- Oi Veridiana! Estou ligando para saber como você está. Gostaria de ...<br />
O telefonema é interrompido por Galdino que me avisa ter uma pessoa da Danone querendo falar comigo.<br />
Meu DEUS ! Deve ser a menina do Marketing querendo falar sobre a possibilidade da Danone patrocinar o espetáculo através da Rouanet.<br />
- Dr., me desculpe , eu tenho que atender a um telefonema, fala aqui com o Galdino.<br />
Falei com a menina enquanto Galdino ouvia o discurso médico do Dr. que insistia em me ver no fim do dia. Motivo: gravidez de risco, trombose, injeções de anticoagulante durante quase toda gravidez... Resumo: Ele quer acelerar meu processo e fazer o parto induzido no dia conveniente a agenda e vida social dele.<br />
Voltando ao telefone ouvi toda a mesma ladainha onde ele dizia querer me examinar para descolar minha placenta para eu entrar em trabalho de parto pois queria que meu filho nascesse no dia seguinte.<br />
Isso mesmo que vocês acabam de ler! Ele me falou assim ao telefone:<br />
- Veridiana , quero que seu filho nasça amanhã então seria bom nos vermos no fim do dia para eu descolar sua placenta e colocar um sorinho.<br />
Colocar um sorinho significa: injetar ocitocina sintética no meu sangue.<br />
Por um lapso de desatenção e confusão metal com o dia movimentado, amigos visitando, desistência de dar continuaidade na minha atividade de grávida motorista que se locomove sem ajuda de ninguém e telefonema da assessoria de imprensa da Danone eu disse: " Ah! Tá bom então Dr. Nos vemos mais tarde no seu consultório."<br />
Ao desligar o telefone pensei: " O que foi que ele me disse?, <u>Ele</u> quer que meu filho nasça amanhã? Por que ele quer? Ele não tem que querer nada! E Deus? E o Ian? E Eu? Onde ficam os nossos desejos, a nossa escolha? Minha gravidez é de risco? Por que? Não tive diabetes gestacional, problema de pressão, descolamento de placenta, sangramento; NADA !!!! Ian cresceu dentro de mim de acordo com os parâmetros, engordou da forma esperada, tem todos seus tamanhos e proporções previstos pelos estudos da medicina. Onde está o risco? Depois que parei de tomar as injeções ele continuou se desenvolvendo, recebendo oxigênio e nutrientes de forma correta e minha gravidez é de risco? O que eu fiz? Por que aceitei me encontrar com ele sem revidar? Onde estou com a cabeça? Venho lutando para ter um parto sem interferência sintética, médica, ou de bisturis desde o início e agora digo SIM a um chamado médico para descolamento de placenta ?"<br />
Entrei em pânico temerosa deste encontro, comecei a chorar e Galdino me perguntou por que eu havia aceitado ir até o consultório e passar pelo exame. Eu não sabia responder.<br />
- Liga para sua tia ver o que ela acha, liga para sua irmã, liga para sua mãe, liga para Vilma !!!<br />
Liguei para a Vilma e perguntei que tipo de risco eu corria indo ao consultório. Ela respondeu que ele ia me colocar em trabalho de parto. Que ia descolar minha bolsa mas que nesta intervenção ela poderia se romper lá mesmo no consultório.<br />
- Eu falei para você Veri, esse seu médico é assim. Ele vai fazer seu filho nascer. Não vá a essa consulta!<br />
Liguei para o médico, caixa postal. Deixei recado dizendo que estava com medo de me encontrar com ele e que não ia.<br />
Ele me ligou ás 16:00 hs. Até ás 17:00 fiquei no dilema ir ou não ir. Até ás 19:00, horário que havíamos combinado a consulta liguei insistentemente para seus 2 celulares e só caixa postal. Ás 19:05 ele me liga.<br />
- Oi Veri, estou ainda aqui no Servidor Público, estava fazendo uma cesárea...<br />
-Você não ouviu meus recados ? Eu não fui para seu consultório. Estou em casa. Depois que nos falamos entrei em pânico e crise total e não quero fazer nada. Estou me sentindo bem, Ian está mexendo, pedacinhos do tampão estão saindo aos poucos, minha dilatação já começou como você mesmo disse e acho que estamos em um bom caminho. A lua está minguante e tudo é mais lento mesmo. Completo 40 semanas só na segunda e acho que não há razão para nos preocuparmos.<br />
- Você é realmente diferente de todas as minhas pacientes Veridiana. Eu respeito sua decisão. Me ligue amanhã para dizer como está se sentindo e podemos marcar de nos vermos no fim do dia. Saímos do meu consultório e passamos na Maternidade S.Luiz para fazer um ultrassom e dar uma monitorada.<br />
- Legal ! Até amanhã !<br />
<br />
Fim da segunda etapa de dilemas e lágrimas e certa de que Ian chegaria no fim de semana. Galdino tinha um teste importante para fazer na sexta a tarde então pensei que Ian estava nos permitindo fazer tudo que estava agendado. Fotos com a amiga, teste para trabalho... Só faltava chegar a cômoda que compramos para colocar em nosso quarto e ter na parte de baixo uma "estação de troca de fraldas" para facilitar a vida. O limite para a entrega da cômoda era segunda dia 13.<br />
" Ai Meus Deus ! Será que essa cômoda vai chegar na data limite e Ian vai me fazer passar por esse fim de semana nesta expectativa beirando angústia me fazendo esperar a chegada da cômoda para ele nascer?<br />
<br />
Sexta acordei e fui a academia. Andei uma hora na esteira batendo papo com uma amiga que está grávida de 5 semanas e quando estava indo para a piscina um amigo que sabia da proibição do médico às atividades na piscina me pediu para não nadar.<br />
- Já fez esteira de mais. Fique no meio termo Veri. Nem tanto ao céu nem tanto a terra. Siga um pouco do que seu médico diz e um pouco do que Vilma aconselha.<br />
Não fui nadar mas fiz uma série incrível de agachamentos em baixo do chuveiro forte do vestiário da ECOFIT com a mesma intensão da semana passada: fazer Ian descer. Ah ! E o clássico estímulo de mamilos para colaborar com a tal ocitocina.<br />
Galdino fez o teste a tarde e ao voltar para casa se deparou comigo procurando motivos para sair, para ir andar, passear pelo bairro e subir as ladeiras da Pompéia e Sumaré. Eu havia recebido a feliz notícia que nossa cômoda ia chegar até o fim do dia.<br />
Ian pode nascer no fim de semana. A cômoda vai chegar antes da data limite.<br />
Resolvi ir comprar doce para Galdino. Subi o ladeirão da Pompéia e parei na igreja para rezar. Chorei de emoção ao pedir que Deus me ajudasse no parto, na espera, em tudo. Tomei sorvete da Cacau Show e comprei queijadas para meu amor. Descendo o ladeirão da Pompéia recebo um torpedo de Galdino dizendo: 'Oba ! A cômoda chegou!'<br />
Esperando um farol fechar para eu passar fui abordada por uma senhora que me deu uma oração impressa em um papel com a imagem de de uma enfermeira com um bebê no colo. Achei que era um sinal. <br />
Pronto meu anjinho. Mamãe fez fotos, papai fez o teste para programa infantil da TV Brasil, sua cômoda chegou e Deus me mandou um sinal de sua benção através desta oração. Não falta mais nada mesmo.<br />
AGORA SÓ FALTA VOCÊ !<br />
Chegando em casa liguei para meu médico e surpreendentemente ele me disse que não fazia questão em me ver e usou a seguinte expressão: VAMOS DAR UMA CHANCE PARA NATUREZA.<br />
Vamos !!! Vamos sim !!! Segunda feira nos vemos caso Ian não nasça esse fim de semana.<br />
Galdino montou empolgadamente a cômoda do nosso filhinho e terminamos a noite pensando juntos: <br />
AGORA SÓ FALTA VOCÊ MESMO IAN, PODE VIR, ESTÁ TUDO MAIS DO QUE PRONTO.<br />
Tomei um banho de ervas, estimulei os mamilos pensando na ocitocina, tomei chá de gengibre com canela, acendi uma vela e rezei no meu altar.<br />
Ian não nasceu naquela madrugada...<br />
Ontem pela manhã fui ao Buddha Spa fazer uma drenagem e quando cheguei todos se espantaram: "O que você está fazendo aqui? Não nasceu ainda ?"<br />
Depois da drenagem fui a feira do estádio do Pacaembú comprar pastel e usar minha última licença TRASH gastronômica da gravidez.<br />
Eu e meu amor almoçamos pastel e achamos melhor darmos uma saída para eu caminhar um pouco, espairecer, tentar não obcecar no assunto "preciso parir" o que vem sendo bem difícil. Fomos a USP e foi muito bom. Estava uma tarde linda, levantei a batinha que usava e deixei o sol bater no barrigão que foi tendo contrações levinhas no decorrer do passeio. Subimos as escadas da Biologia, Química, Geografia e as ladeiras da Rua do Lago e do Matão na esperança do Ian descer.<br />
Ao sair da USP decidimos fazer compras no supermercado e abastecer a geladeira para a chegada do nosso bebê. Já fiz vários grandes recipientes de salada de fruta pensando na minha volta da maternidade e o início do aleitamento. Já foram consumidos muitos abacaxis, mangas, morangos, pencas de bananas e todas as frutas disponíveis para minha dieta de grávida louca para parir e amamentar.<br />
Venho acordando todas as manhãs com o pensamento recorrente - "Nossa , o Ian não nasceu essa noite"- como se ele fosse ser parido em um sonho, e quando eu acordasse encontraria um pacotinho enroladinho ao meu lado.<br />
Hoje não foi diferente !<br />
Acordei pensando que trazer o Ian ao mundo no dia dos pais seria um presente maravilhoso para meu amor. Toquei na minha barriga e ví que ela ainda estava aqui.<br />
Ian não naceu...<br />
Fomos comemorar o aniversário da minha sobrinha e afilhada na casa da minha irmã mais velha e durante todo o dia fiquei apreensiva com o silêncio da barriga. Ian mexe cada vez menos e seus movimentos são menores. <br />
Tentar pensar em algo que não seja seu nascimento é quase impossível e está se tornando uma tortura emocional.<br />
Amanhã completamos 40 semanas e tenho consulta. Galdino estará dando aula na FMU e minha mãe irá me acompanhando.<br />
A negociação com meu médico a respeito de internação, indução de parto, uso de ocitocina sintética e escolha do dia para o nascimento do meu filho certamente vai acontecer e é algo que me angustia . <br />
Ao mesmo tempo carrego a informação de uma gravidez de risco por ter 37 anos, abortos e gravidezes interrompidas no histórico, injeções de anticoagulante e uma trombofilia que reluto em aceitar ser real.<br />
O que fazer ?<br />
Ouvir um representante da medicina e marcar de vez a data da indução do parto ou deixar a natureza agir correndo o risco de continuar grávida por mais 15 dias e ter o bebê, líquido amniótico e batimentos cardíacos monitorados diáriamente em consultas hospitalares ?<br />
Até quando minha emoção aguentaria essa espera acompanhada de todos os medos e angústias?<br />
Não sei...<br />
Só vivendo e esperando para saber.<br />
Agora vou me preparar para dormir com a esperança de entrar em trabalho de parto na madrugada e ir para a Maternidade São Luiz ao invés da consulta médica ao meio dia.<br />
Boa noite meu nenê. Tomara que essa seja a sua última dentro do meu ventre e que a lua minguante me surpreenda não me fazendo te esperar até a nova.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifAmoiuvqM-TRIvaCJhQGE43um-XNyBQ3bhmM8WLeSZBzXAzuzmN2q7_4Q-AsZ9n4kujAulCmqjT6yrD6uTcYPyLBO39oogBnD0m_ZrQvhAe8ZyolrkDoAA_WapSPR7j07u5VCtXV9joAo/s1600/fases-da-lua-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" kda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifAmoiuvqM-TRIvaCJhQGE43um-XNyBQ3bhmM8WLeSZBzXAzuzmN2q7_4Q-AsZ9n4kujAulCmqjT6yrD6uTcYPyLBO39oogBnD0m_ZrQvhAe8ZyolrkDoAA_WapSPR7j07u5VCtXV9joAo/s320/fases-da-lua-3.jpg" width="320" /></a></div>
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<br />Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-81225731685038892822012-08-05T14:17:00.000-07:002013-02-13T17:40:54.858-08:00TEMPO TEMPO TEMPO e A ESPERA DA ESPERA DA ESPERASábado da semana passada estive com minha irmã mais velha, Camilla, que desde muito pequena dizia querer ser advogada, casar e ter filhos. Hoje é uma super advogada da Telefônica/VIVO, casada há 15 anos e tem 3 filhos. Ela se liga muito no assunto gravidez e o prazer dela e das amigas ao falar sobre suas experiências de pançudas no chá de bebê da minha sobrinha e afilhada Ana Helena, foi uma das injeções de ânimo para escrever e fazer o espetáculo " Meu Trabalho é um Parto".<br />
Por esse motivo, mas minhas gravidezes Camilla me telefonou e me procurou mais do que a média normal da nossa relação de irmãs.<br />
No sábado estivemos juntas na casa da minha irmã mais nova, Marilia, que batizará Ian e como uma grávida é sempre um evento e o assunto rende, lá estávamos nós falando da minha gravidez.<br />
<br />
- E aí Veri, quantas semanas mesmo ?<br />
- Depois de amanhã completaremos 38 semanas Cã... <br />
- Pode nascer a qualquer hora então! A Ana nasceu de 37 e o o Lipe de 39. Quando completaram 38 semanas na gravidez do Lipe, me deu uma certa pressa e aí resolvi ir até o Pão de Açúcar andando, fiz compras pesadas, voltei para casa carregando as sacolas, subi as escadas do prédio ao invés de ir de elevador e no dia seguinte o Luís Felipe nasceu. Ah! E eu e Fred transamos bastante também. Tivemos uma noite intensa! O Frederico até se sentiu culpado por achar que foi o sexo da noite que acelerou o parto. Pode começar a fazer esforço Veri! Não deixa chegar em 40 semanas! O Ian vai crescer e engordar de mais e seu médico vai querer te fazer cesárea. Carregue peso, suba escadas e transe bastante.<br />
<br />
Sempre desconfiei ser uma pessoa vulnerável a opiniões e suscetível a dicas populares. Sou uma pessoa facilmente enganável. Costumo acreditar em tudo ou quase tudo que me dizem e depois desta conversa com minha irmã passei a ter certeza que sou uma ótima cobaia para experiência cientificamente NÃO comprovadas.<br />
<br />
" Meu Deus do céu... A Camilla tem razão. Ian estava pesando 2,250 há duas semanas, esse semana ele já deve estar pesando 3 Kg e pouco, chegará a 4 Kg no quadragésima semana e vai ficar mais difícil para sair pelas minhas pernas. Cesárea não !!!!!! Preciso acelerar esse processo já !"<br />
Já disse em um post que não há regras para uma gravidez , muito menos regra de três mas insisto nestes cálculos e previsões. Ou seja: uma tonta !<br />
<br />
Acordei no dia seguinte, domingo, e fui ao supermercado. Eu tinha que fazer compras de qualquer forma, faltavam frutas em casa e eu estava louca para fazer uma super salada com elas. Mas fui às compras com uma empolgação diferente da normal. <br />
Eu ia imitar minha irmã mais velha. <br />
Ia carregar peso de compras para ajudar Ian nascer. Não do Pão de Açúcar pois a economia aqui de casa não é de SUPER advogada da Telefônica, é de atriz desempregada e grávida e de ator/professor universitário do Brasil. Portanto nossas compras são feitas no Dia%.<br />
Ao passar o cartão de crédito e acabar de guardar organizadamente os mantimentos para a "SEMANA 38" nas minhas sacolas retornáveis que amo de paixão, ouço a voz de um funcionário do Dia% me oferecendo ajuda .<br />
<br />
- Não! Muito obrigada ! Estou bem e posso carregar as sacolas sozinha.<br />
<br />
Voltei para casa, desempacotei tudo, subi no banquinho para guardar o que deve ficar em prateleiras mais altas do armário da cozinha e não me poupei em subir várias vezes as escadas da casa que me trazem ao escritório onde fica o computador.<br />
Mais tarde fomos eu e meu amor ao "Churrasco de Fraldas" de uma grande amiga que engravidou um dia antes de mim, Luiza Gottchalk. <br />
Todos cederam suas cadeiras e acentos para mim e não aceitei a oferta de ninguém! Aliás, se eu pudesse ter passado a gravidez de pé teria sido maravilhoso! Se eu tivesse conseguido instalar uma barra de madeira ou metal, tipo pau de arara, na minha sala melhor ainda! Ficar com os braços para cima me facilita a passagem de ar para os pulmões.<br />
Luiza me contou que Nina já estava pesando 3,200 kg e que ela estava achando que na virada da lua cheia do meio da semana que estava para entrar, ela daria a luz pois suas contrações estavam mais frequentes.<br />
<br />
"Ai meu Deus do Céu... Eu não tenho contrações. E se Ian estiver pesando o mesmo que Nina as coisas começam a ficar mais GORDAS e complicadas para meu tão sonhado 'partinho natural' ! Preciso acelerar esse processo. Essa semana irei a academia TODOS OS DIAS, farei caminhadas na esteira e nadarei como nunca na gravidez."<br />
<br />
No fim da tarde ao sairmos do churrasco, fomos conhecer o novo apartamento de uma amiga que não me lembro porque colocou seu lap top no meu colo para que eu pesquisasse algo no "Tio Google".<br />
Péssima idéia dar acesso ao Google para uma grávida em fim de gestação. P É S S I M A !<br />
Dei aquela "googlada básica" em <u>dilatação</u> e <u>contração</u>. <br />
Vieram informações óbvias de mais. Então tentei em <u>acelerar</u> e <u>estimular.</u> E choveram os papos de LOUCAS GESTANTES APRESSADAS de chat em site sobre gravidez e dicas cientificamente questionáveis sobre o assunto.<br />
Mas como sou tonta, acredito em dicas e crendices populares! E na minha atual falta do que fazer não custa nada acatar opiniões do "Dr. Google". Li tudo que pude e confirmei que minha irmã mais velha tem razão.<br />
ANDAR BASTANTE, SUBIR ESCADA, CARREGAR PESO E TRANSAR serão a solução.<br />
Mas tinha uma dica que me pareceu muito pertinente e que Camilla não sugeriu ! Estimular o bico dos peito por causa de ocitocina.<br />
Depois vieram outras como tomar chá de canela com gengibre, comer coisas apimentadas, comer abacaxi (nele encontramos uma substância que colabora no trabalho de parto, porém é preciso comer em grandes quantidades pois a tal substância é encontrada na fruta em fração decimal), tomar banhos bem quentes, aquecer bem o corpo e principalmente os pés (essa vem da medicina chinesa) entre outras bobagens que não custa tentar!<br />
Voltei parta casa decidida a iniciar a semana fazendo tudo que aprendi com o "expert Google".<br />
E assim foi !<br />
Fiz tudo, tudinho!<br />
Aumentei meu tempo de esteira na academia, nadei em velocidade maior do que vinha nadando e dei impulsos mais fortes na parede da piscina a cada virada. Fiz alongamentos com uma garra e fé incríveis e tive que ouvir meu professor aconselhar: MENOS AMPLITUDE VERI !!!<br />
"Ai que saco esse cara! Menos amplitude não! Mais! Quero uma cratera entre minhas pernas !"<br />
Subi as escadas da academia e de casa amortecendo menos os joelhos pensando em dar tranquinhos para o Ian descer, fiz agachamentos no espaldar e durante os banhos quentes tomados terapeuticamente na ducha deliciosa da ECOFIT. Comprei conchas reparatórias de silicone para os seios como meu médico indicou, apertei e espremi os bicos do peito empolgadamente, tomei chá de canela com gengibre e transei segunda, quarta , sexta e sábado - 4 vezes na semana!!!!- como só havia acontecido nas férias de natal e Reveillon na República Dominicana no comecinho da gravidez.<br />
Sabendo o quão ansioso meu amor tb está em ter Ian nos braços, não me preocupei com a possibilidade de Galdino querer estender esse tempo de espera para transar 4 vezes por semana.<br />
Mas Ian não nasceu.<br />
Ian continua aqui.<br />
Nenhum sinal de contração.<br />
Descobri que não tive contrações durante a gravidez como acontece com muitas mulheres. O que tive foi " Ian espreguiçando dentro de mim " e as contrações serão de fato uma surpresa, algo inédito para mim quando chegarem.<br />
Na quarta fomos ao suposto último ultrassom. Ele está encaixadinho e é a cara do Galdino! Lambeu o braço, mostrou a língua e sorriu para nós. Minha placenta está ainda de grau 1, ela está jovem, forte, espessa e poderosa. Meu líquido amniótico existe em um volume acima do esperado e tudo indica que Ian não nasceria essa semana.<br />
Talvez nem na próxima.<br />
Cada gravidez é única, cada corpo também e comparar meus sintomas com o de outras mulheres é um grande erro. Comparar qualquer coisa das nossas vidas com a de outras e até mesmo com a nossa própria vida no passado é um grande erro já dizia meu psicanalista José Neves.<br />
E agora ? O que fazer ?<br />
Quartinho pronto, álbum com fotos da espera feito por papai a disposição para quem quiser ver a progressão aritmética da minha pança, documentos do plano de saúde empilhados sobre a mesa da sala com todos os ultrassons e exames feitos durante toda a gravidez e que devem ser levados para a maternidade, freezer abarrotado de pratos prontos congelados que me dediquei a prepará-los na semana anterior pensando na minha comodidade para o primeiro memento de amamentação... o que mais ?... Vamos ver... o que mais ? ... ... ...<br />
Tá tudo pronto!<br />
Só falta você chegar meu amor!<br />
Mamãe e papai já fizeram tudo que deveria e precisava ser feito.<br />
Agora só falta você iê iê-ê, agora só falta você!<br />
Hoje você está especialmente quieto meu filhinho. Não tens noção do quanto isso me angustia. Ainda bem que você teve um solucinho- você soluça bastante o que dizem ser ótimo- por volta do meio dia e vinte enquanto eu e papai assistíamos ao tio Níveo na "Sopa de Pedra" da Tatiana Belink no Sesc Bom Retiro.<br />
Como foi bom assistir a um ótimo espetáculo infantil, me emocionar, chorar a cada canção da peça e imaginar você daqui um tempo se divertindo conosco e com outras crianças nas salas de teatro dos SESCs e de toda São Paulo...<br />
Quantas coisas a gente vem planejando para você meu anjinho! <br />
Um monte de gente sonhando com sua chegada! Até mamadeirão gigante você anda tomando nos sonhos da sua tia e madrinha Marilia que me mata de inveja por já ter te visto com muito cabelo, carequinha, mamando muito...<br />
Eu não sonho com você dormindo. Acordada sim!<br />
Preciso me relembrar o tempo inteiro que uma gestação pode ir até 42 semanas, que os médicos de hoje fazem uma conta toda esquisita onde o primeiro dia da última menstruação é incluído neste cálculo e que o imediatismo do mundo moderno pode nos enlouquecer.<br />
Chegue para nós no seu tempo meu amor pois você, melhor que ninguém, sabe qual é a hora certa para se juntar a nós. <br />
Mas mexe um pouquinho para me tranquilizar.<br />
Me emocionei e estou chorando.<br />
Grávidas choram... Lembram ?<br />
Vou desligar o computador e descer as escadas sem amortecer as pisadas na esperança do Ian descer mais um pouquinho. <br />
"Mas você não acabou de dizer para seu filho que ele virá na hora que for melhor para ele, Veridiana sua LOUCA".<br />
Falei ! Mas não custa nada dar uma forcinha! <br />
Porém de uma coisa eu estou certa: ouvir conselhos de irmã e de quem quer que seja é uma péssima idéia no final da gravidez. P É S S I M A !<br />
Mas na falta do que fazer e na espera da espera da espera acabamos tendo péssimas idéias, mas que nos distraem fazendo o tempo passar.<br />
Esperar o tempo passar neste momento é o melhor a fazer.<br />
"És um senhor tão bonito <br />
quanto a cara do meu filho<br />
Tempo tempo tempo<br />
Vou lhe fazer um pedido<br />
tempo tempo tempo... <a href="http://youtu.be/jHTcEj_Am2E">http://youtu.be/jHTcEj_Am2E</a><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgePf5Lug6SimDs3dzV_GvhZrNvg23RWV7yBaTd_My6U8slyj5xEDKnBrizIQ5KFOxMRMkUYgKelaQVt22eH3fPb4AeDd1ficAGYHV9u5NmKfFojRTprfsDkEA_oZPZ3R3tNV-e8rDaPVO6/s1600/Ampulheta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" eda="true" height="252" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgePf5Lug6SimDs3dzV_GvhZrNvg23RWV7yBaTd_My6U8slyj5xEDKnBrizIQ5KFOxMRMkUYgKelaQVt22eH3fPb4AeDd1ficAGYHV9u5NmKfFojRTprfsDkEA_oZPZ3R3tNV-e8rDaPVO6/s320/Ampulheta.jpg" width="320" /></a></div>
Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-50118818105761179272012-07-27T16:24:00.001-07:002013-02-13T17:38:52.946-08:00FRAGMIN - Seguido de Beijos e MimosCurioso o fato de eu ter calculado tantas coisas na minha gravidez, ter citado tudo que calculei no último post, e não ter falado do número de injeções de FRAGMIN que foram compradas, o quanto de dinheiro foi gasto com elas e quantas picadas e hematomas levei e carreguei neste meu corpinho 14 Kg mais GORDO de 37 semanas e 5 dias de gestação.<br />
"Mas Veridiana, o que é FRAGMIN ? Do que você está falando sua louca ?"<br />
Nossa... É mesmo! Ninguém é obrigado a saber o que é essa medicação... É que minha intimidade com as caixas de 10 seringas da Pfizer, as agulhas e suas tampinhas de borracha cinza é tamanha que falo de FRAGMIN como se estivesse falando de algo óbvio.<br />
Foram 8 meses ininterruptos de injeções diárias.<br />
Foi meu amor quem me aplicou praticamente todas, mas vivi a experiência de enfiar a agulha na minha coxa e sentir a textura da minha carne, apertar a bundinha da injeção e ver o acúmulo do líquido viscoso por baixo da pele. <br />
Uma experiência que não me faria a menor falta caso não tivesse que passar por ela nesta vida.<br />
Pensei nos diabéticos nas poucas vezes que me apliquei a injeção. Que "vida picada" a deles... Mas ainda bem que para eles, tomar insulina não é o fim <u>da</u> picada ! É a salvação <u>pela</u> picada. E no meu caso as picadas também não foram o fim... Foram o começo...Foi a salvação do meu Ian. Talvez sem elas nós não conseguiríamos ter chegado até aqui. Mas isso é algo que nunca poderemos afirmar e ter certeza de que é real. Não é um fato. É uma suposição, na verdade é um mistério.<br />
A medicina ainda tem muitos mistérios e agora eu entendo porque Molière falava tão mal dos médicos. <br />
Mas esse é um outro assunto e vou deixar para uma outra ocasião.<br />
"Eita ferro Veri, você continua falando a beça e não explica o que é FRAGMIN e nem porque teve esse companheiro durante 8 meses todas as noites."<br />
Nossa... É mesmo ! Ninguém é obrigado a saber para que serve essa medicação... É que durante esse período eu falei com tanta gente sobre ela que tenho a impressão que a humanidade sabe para que servem os anti coagulantes.<br />
Depois das minhas perdas de bebês, fui fazer uma investigação mais elaborada do meu corpo para saber se algo de errado tinha em mim e o motivo das perdas repetidas.<br />
O motivo das perdas nós nunca saberemos mas foi descoberto através de um exame de sangue chamado ANTIFOSFATIDILSERINA, que meu corpo tinha uma questão auto imune.<br />
O médico que fez essa investigação me disse que não seria possível comprovar que as perdas tinham acontecido por esse motivo, que poderia ser por uma questão de seleçãol da natureza, afinal eu estava com 36 anos de idade, 20 anos de anticoncepcional sem interrupção no histórico e que a possibilidade de óvulos velhos e sem qualidade não poderia ser descartada.<br />
Também me disse que não havia o que fazer como tratamento antes de uma nova gravidez, que eu desse continuaidade nos nossos coitos programados em períodos férteis como eu vinha fazendo até então, e quando eu engravidasse de novo, que o procurasse imediatamente para que as injeções de FRAGMIN fossem receitadas já que meu exame acusava uma trombose na implantação do embrião no endométrio.<br />
Existem outros motivos para o uso de anti coagulante na gravidez. Lupus é um deles.<br />
Sempre que ouço a explicação de um médico, compreendo mais ou menos o que está sendo dito exatamente no momento da explanação, mas algum segundos depois já esqueço tudo e sou incapaz de transferir a informação para outro alguém.<br />
Talvez eu esteja falando uma grande bobagem sobre o meu próprio problema, mas acho que dessa vez entendi ! Por uma questão de anticorpos, meu sangue coagulava impedindo que se irrigasse pelos vasinhos e chegasse da forma líquida e correta ao embrião. <br />
Resumo da ópera: o embrião não recebia oxigênio nem nada dos nutrientes carregados pelo sangue que coagulava, e morria por falta de tudo de bom que o sangue carrega.<br />
Sangue é uma coisa muito louca... A quantidade de coisas que acontecem nele, através dele e por causa dele...<br />
Viva o sangue!!!<br />
Me disse o médico também que não garantia que usando essa medicação intra cutânea minha próxima gravidez teria sucesso e que nunca saberíamos, caso a gravidez fosse até o fim, se o motivo para a conquista do bebê era o anti coagulante ou o desejo de Deus.<br />
" Olha !!! Um médico falando de Deus na terceira pessoa Veridiana! Que milagre..."<br />
Já escrevi lá em cima que agora entendo porque Molière escreveu tanto e tão mal sobre os médicos né ? Mas de novo não desenvolverei o assunto. Falar dos médicos agora me faria desviar do assunto central e escrever um post de um milhão de laudas.<br />
O que sei é que dia 5 de Dezembro de 2011, ao pegar meu exame de Betha HCG no Delbony onde dizia que eu estava grávida, liguei para o médico dizendo que eu precisava da receita do anti coagulante.<br />
Médico particular considerado uma referência em reprodução assistida, fertilização in vitro e congelamento de óvulos não passa receita assim não !!! <br />
Paguei R$ 500,00 para uma consulta que durou menos de 10 minutos onde uma folha de papel me foi dada com o nome do remédio. Nem especial e controlada era a receita! O anti coagulante foi vendido durante 8 meses sem que eu precisasse apresentá-la uma única vez.<br />
E assim foi...<br />
252 injeções.<br />
Tomadas todas as noites...<br />
Algumas vezes com choro e lágrimas, outras só lágrimas, muitas sem dor alguma.<br />
Galdino no começo se culpava a cada picada e sempre achava que era o responsável pela dor e desconforto. E eu sempre o tranquilizando e dizendo que não se preocupasse pois estava cada dia mais craque na atividade de enfermeiro-pai.<br />
Ganhei beijos e mimos muitas vezes pós picada.<br />
Aliás ganhei beijos e mimos do meu amor durante a gravidez toda e em muitas situações.<br />
Começamos picando a barriga, depois passamos para a coxa onde tem bastante gordura. Ali ficamos um período bem grande até surgirem umas pelotas subcutâneas que nos fizeram dar um passeio pelo meu corpo e achar outro lugar. Tentamos no bum bum uma vez e desistimos pois a dor era maior. Depois seguimos para a gordura da lombar, as ancas, aquela gordura ridícula que você pode emagrecer e virar uma Sílfide que ela não desaparece de jeito nenhum sabe? <br />
Para que temos essa gordura localizada como se nossas mães tivessem nos colocado uma bóia ao nascermos? Muitas academia do mundo ganham milhões por ano por causa desta gordura ridícula.<br />
No meu caso ela se instalou nessa região para nos dar opções de picadas de FRAGMIN !<br />
Voltamos a tentar na bunda e foi bom. Ficamos nela até a última que foi dada e tomada na última terça feira dia 24 de Julho.<br />
Fim das injeções.<br />
Fim de mais uma etapa das muitas já vividas nesta viagem de nova meses.<br />
Achei que quando chegasse esse dia eu fosse oferecer uma festa aos amigos e soltar rojões. Mas não !<br />
Tive uma sequência de noites insones onde a idéia de parar de tomar o anti coagulante me parecia um erro.<br />
Caí da idiotice e estupidez de "dar um Google" no assunto FRAGMIN NA GESTAÇÃO e ler um monte de coisas que me fez temer o término de algo que eu almejei tanto por seu fim... parar de ser picada com agulha todas as noites, mesmo que dadas com amor, pelo meu amor...<br />
Cada caso é um caso, cada histórico clínico é único e não devemos ler nada que o Dr. Google tem para nos dizer a respeito de outrem.<br />
Mas meu medo de que meu filhinho não recebesse sangue pelo cordão umbilical e tivesse algum problema me apavorou durante uns dias e só passou depois que falei com todos os médicos e minha madrinha que é Hematóloga.<br />
Ela me tranquilizou e disse: " Nada de ruim vai acontecer nem a você nem ao bebê Veri. Se algo faltar ao Ian você entra em trabalho de parto e ele nascerá sem problema algum pois já está gordinho."<br />
Nosso último ultrassom foi feito há 16 dias ele estava pesando 2,550 Kg. Tá gordinho!<br />
Mas cabeça de mãe é uma coisa louca. De Grávida então... melhor nem começar a falar !<br />
Quanta coisa horrível eu pensei. antes de ser acalmada por madrinha médica e médicos... <br />
Como rezei e pedi que Deus afastasse os maus pensamentos da minha cabeça, meu Deus !<br />
Como me culpei por estar neste momento com idéias tão negativas e idiotas me atormentando o sono.<br />
E sem sono algum tenho passando mais uns dias aí. <br />
Não foram 10 ainda como tudo na minha gravidez.<br />
Para quem me acompanha sabe dos 10 dias sem fazer coco, 10 dias dormindo sentada com azia e refluxo, 10 dias de insônia...<br />
Acompanhada desta nova "fase insone" estou com minha mais nova amiga. Dona Coceira é seu nome.<br />
Ela é insuportável. Chata a beça ! De uma inconveniência fora do normal. Do tipo que tira meu humor. Deve ser da mesma família da dona Azia e do Senhor Refluxo. Mas não é localizada como seus parentes. É no corpo todo. Costas, virilha, orelhas , couro cabeludo, rosto, pernas, meio dos dedos.<br />
O fim da picada !<br />
Quem já ouviu dizer que bilirrubina em dose extra faz o corpo coçar enlouquecedoramente ?<br />
Pois é minha gente. A produção de bilirrubina em excesso pelo fígado faz a ALMA coçar.<br />
O médico me disse que eu poderia tomar um anti alérgico, Vilma Nishi me receitou chá de Boldo.<br />
Não tomei nem um nem outro e não me perguntem o motivo de ter preferido a convivência com essa amiga chatonilda inconveniente.<br />
Acho que agora já vivi tudo que uma gravidez pode proporcionar. Acredito que até o dia do Ian nascer não há mais nenhuma novidade para me surpreender.<br />
Hoje tirei um foto das seringas que guardamos para levar para um lixo hospitalar.<br />
Meu amor pensa em fazer uma escultura, uma instalação ou se manifestar artística e plasticamente de alguma forma com as seringas.<br />
Os médicos já me disseram que numa próxima gestação terei que tomá-las tudo de novo.<br />
E assim será mas a dúvida sempre existirá:<br />
FOI O FRAGMIN OU DEUS ?<br />
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Nunca saberemos mas as contas foram feitas.<br />
252 picadas<br />
É o fim da picada... <br />
<br />Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-8463688465264610622012-07-16T13:30:00.000-07:002012-07-27T19:32:16.926-07:00Máquina de calcular amor e a matemática da gravidez.Hoje completamos 36 semanas! <br />
Isso significa que pela conta criada pela medicina para termos noção da data de nascimento de um bebê, temos ainda 4 semas pela frente.<br />
Há 5 dias fizemos um ultrassom e vimos que pelo cálculo feito pelo aparelho moderno do Centro Paulista de Medicina Fetal, Ian está pesando 2,550 Kg.<br />
Há um mês e pouquinho, em outro ultrassom, ele estava com 1,260 Kg ou seja; em um mês ele dobrou de peso e ganhou mais 30 gramas! 30 gramas é um pouquinho mais da metade de queijo ralado de um saquinho de 50 gramas. <br />
Quando preciso pensar em gramas, sempre penso nos saquinhos de queijo ralado que costumam ter 50 ou 100 gramas... Quando penso em 1 Kg, um saco de feijão preto me vem a mente. Melhor 1 Kg de feijão que de açúcar. Feijão pelo menos tem ferro e serve para alimentar. Açúcar serve para NADA!!!<br />
A vida é um cálculo. <br />
Tudo é matemática!<br />
A existência é pura taboada mas uma gravidez é muito mais que álgebra e suas fórmulas pois AMOR, ESPERANÇA, EXPECTATIVA, MEDO,INSEGURANÇA entre milhares de outros sentimentos estão envolvidos nesta equação.<br />
Começamos calculando o período menstrual, os dias férteis, o tempo de atraso das "regras" (Por que será que nossas avós chamavam a menstruação de REGRAS ? Para quem tem a menstruação desregulada esse nome não é nada adequado...) e quando vamos ao ginecologista com um exame de Betha HCG onde calculam o volume deste hormônio contido em nosso sangue, o médico confirma a gravidez e já começa a calcular a previsão de data para o nascimento do bebê.<br />
Subimos na balança para o médico controlar nosso peso no pré natal e a partir de então começamos a calcular quantos kilos a mais nosso corpo vai recebendo a cada dia, cada semana, cada mês... <br />
As regras de três passam a fazer parte da nossa vida: "Se engordei 2 Kg em um mês, em nove meses estarei 18 Kg MAIS GORDA!" <br />
Nããããããão! <br />
Mas uma gravidez não tem regra nenhuma. Muito menos de três.<br />
"Regras" poderia ter ou ser a menstruação das nossas avós, não uma gestação.<br />
Nada mais desregrado, dual, complexo, surpreendente bipolar e esquizofrênico no sentido menos clínico da palavra.<br />
E como pode ser uma gravidez tão matemática e cheia de cálculos, portanto exata, e tão dual e bipolar ao mesmo tempo ?<br />
Estamos falando da vida não é ? De fazer a vida, de gerar mais uma ...<br />
Pronto!<br />
Resposta dada.<br />
A VIDA é assim. Sem regras.<br />
A VIDA é muito parecida com uma gravidez. Assim como a natureza, o clima e as estações do ano.<br />
Um dia chove e em outro faz sol.<br />
Na vida a matemática está contida, mas não podemos fazer dela uma matemática ou corremos o risco de carregar conosco a decepção e a angústia já que para Ela não há regras. Já combinamos que "regras" era a menstruação de nossas avós. Não as nossas Vidas.<br />
No verão o esperado é que faça calor mas pode vir uma frente fria não sei de onde trazendo um tremendo frio no meio das nossas férias de janeiro em Ubatuba e acabar com nosso castelo de areia!<br />
O inesperado.<br />
As surpresas. <br />
Coisas da VIDA.<br />
Nem sempre tão agradáveis.<br />
De volta aos cálculos e eles não param !<br />
Contamos o peso, as medidas da barriga, os centímetros da subida do umbigo, os batimentos cardíacos do bebê, as semanas, a pressão, as plaquetas, as novas varizes( fazia tempo que não falava delas) o dinheiro para arrumar o quartinho, depois vem o cálculo das fraldas, das mamadas, de vacinas, de cólicas, de dentes, das noites sem dormir, dos banhos não tomados, os e-mails não respondidos, os compromissos adiados...<br />
E o amor ?<br />
É possível calcularmos o quanto amamos um filho ?<br />
Já inventaram de tudo mas não há uma máquina de calcular o tamanho do nosso amor por alguém.<br />
Depois dos 10 dias sem fazer coco, 10 dias de azia infernal, 10 dias de insônia entre muitos outros 10 dias de chatices de gravidez, estou vivendo o melhor período dela.<br />
Muita gente me dizia para eu me preparar para a reta final pois nela eu sofreria de mais.<br />
Não é o que está acontecendo.<br />
Gravidez não tem regras.<br />
Cada uma tem a sua. É como uma cruz. Dizem que a mais pesada foi a de Jesus mas em vários meomentos da gravidez achei que a minha era a mais pesada da história da humanidade.<br />
Uma visão egocentrada não deixando de lado minhas características de atriz.<br />
A relação de um ator com seu umbigo é algo a ser estudado.<br />
Saindo dos cálculos e das regras e entrando na culpas e compromissos.<br />
Sentei em frente ao computador para escrever um Post que estou devendo a mim, a Camila Sartorelli minha grande parceira de "PARTO" e a todas as pessoas que estiveram presentes e colaboraram para o sucesso do " Chálmoço" de fraldas que fizemos para o Ian no dia 17 de Junho. <br />
Amanhã completa 1 mês que esse grande encontro com mais de 200 pessoas aconteceu.<br />
Olha só eu calculando o tempo...<br />
E eu ainda não escrevi sobre ele.<br />
Não foi por falta de tempo. Nem por falta de vontade.<br />
Mas a primeira semana se passou e não escrevi, a segunda idem e resolvi que matematicamente seria interessante deixar para escrever passados 30 dias do EVENTO já que não havia escrito nada até então. Sim, foi um evento !<br />
30 dias = 1 mês<br />
Farei um post após um mês de digestão.<br />
Digestão ou gestão. Ou gestação ?<br />
Digestão mesmo.<br />
Não que tenha comido muito na festa. Pelo contrário! Dono de festa sempre é o que menos aproveita os quitutes oferecidos.<br />
Mas foram tantos amigos, tantos presentes, tantas emoções que precisamos (eu e Ian) de um tempo para digerir tudo que sentimos e ouvimos das pessoas que mais amamos e que estiveram ao nosso lado neste tal dia 17 de Junho de 2012.<br />
"Ai meu Deus... Preciso escrever, preciso atualizar meu BLOG, anunciantes surgindo, gente me procurando e propondo mil parcerias e eu aqui armazenando fraldas, arrumando presentes e fazendo trocas na Alô Bebê. Nossa... A Alô Bebê faturou uma grana com a nossa festa para o Ian... Se eles me dessem 10% do total gasto por meus amigos eu poderia comprar aquele berço lindo desmontável de levar para viagens ... Coisa incrível isso de dar presentes... Quando os três Reis Magos foram à manjedoura presentear Jesus, jamais imaginaram que a tradição de presentear um recém nascido ia beneficiar TANTO os cofres da Procter and Gamble e suas Pampers e da Alô Bebê...<br />
Preciso escrever, preciso escrever, preciso escrever. Para de se pressionar Veridiana! Você está grávida! Permita-se uma vida menos regrada com menos agendas e culpas"<br />
Olha... é mesmo né ? Por que tanta neurose ?<br />
A gravidez é uma ótima desculpa para tantas coisas. Para faltar em estreia de peça chata então... !! Para de cobrar esse Post. Relaxa sua GRÁVIDA !!!<br />
"Assim como uma gravidez que é um acontecimento sem regras, meu BLOG está todo desregrado também. Não há ninguém que me cobre Posts semanais ou quinzenais, não tenho "patrão de Post" e posso escreve-los de acordo com meu desejo, minha inquietação ou minha capacidade criativa. Escreverei o Post sobre a festa no dia 17 de Julho então. Decidido!"<br />
E depois que pensei isso, parei de me culpar por não me sentar frente ao computador de forma regrada e matemática para deixar aqui meus registros de grávida.<br />
Fui calculando a chegada da data e hoje pensei: " Falta só um dia para escrever o Post da festa. Hoje não tenho compromisso nenhum, mas amanhã tenho médico entre outros afazeres domésticos. Escrevo hoje e posto amanhã."<br />
Vim ao computador para fazer o que planejei e mais uma vez a vida me ensinou que não adianta planejar e calcular. Muitas vezes o planejado e calculado não sai como esperávamos e isso pode nos causar frustração. Não escrevi sobre a festa, escrevi sobre cálculos e "regras".<br />
Frustração é a melhor amiga da depressão e por isso é melhor não dar corda a ela.<br />
O melhor a fazer ?<br />
Não calcular.<br />
Não planejar.<br />
" Mas assim a vida vira uma zona , uma baderna. É preciso cálculos, prazos, regras e organização sim !"<br />
Quem disse isso ?<br />
Quem determinou o que é certo ou errado ?<br />
" Meu Deus que exaustão todos esses raciocínios... Acho que vou desligar o computador e assistir Sessão da Tarde. Vou fazer pipoca DOCE. Tenho esse direito. Não! melhor ! Vou tomar a sobremesa de sorvete com café que meu amor agora pouco me ofertou. Estou grávida e há nove meses não me vem as 'regras'. Não quero segui-las. Para chegar no dia 17, dia que me prometi escrever o Post sobre a festa, ainda faltam 7 horas. E o dia 17 tem 24 horas ! Portanto tenho 24 + 7 horas para cumprir com o que combinei comigo.<br />
24+ 7= 31 horas !"<br />
E os cálculos continuam...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitoh8hrSq1gEQ2r7O4b3Rppgbto0WFXi8BX6VcCfCIQKQJ95DdVo2OAJ5VH1p-_Alh4YFjRjvwxk_quC1CpOnXUK2fEb3hEl0GYE5U_OpmKEFsn7klTOgZFzV8GoNHDQTD0aDLS2ex2_W6/s1600/calculadora.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img $ca="true" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitoh8hrSq1gEQ2r7O4b3Rppgbto0WFXi8BX6VcCfCIQKQJ95DdVo2OAJ5VH1p-_Alh4YFjRjvwxk_quC1CpOnXUK2fEb3hEl0GYE5U_OpmKEFsn7klTOgZFzV8GoNHDQTD0aDLS2ex2_W6/s1600/calculadora.jpg" /></a></div>
<br />
Mas nunca teremos como calcular o tamanho do nosso amor por nossos maridos, filhos, pais, irmãos, avós, amigos... tias... primos... <br />
E você Ian ?<br />
Qual será o tamanho ou o peso de seu amor por mim ?<br />
"Vamos esquecer os cálculos da vida e a matemática da gravidez né meu amor? Vamos comer pipoca doce e deitar no sofá quentinho com o papai. Não nos disseram para parar de trabalhar, esquecer as agendas e cobranças, relaxar e pensar em nada? Está muito frio e daqui 3 horas e meia começa "Avenida Brasil".<br />
Quantos capítulos será que faltam para João Emanoel Carneiro acabar com a novela e com a festa da Carminha?"<br />
E assim la nave va, a lusitana gira, as calculadoras trabalham e os cálculos continuam...<br />
<br />
<br />Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-8989076365385900062012-06-10T10:35:00.000-07:002012-06-11T05:43:45.519-07:00Corpus Christi, Cabras, Capril do Bosque, lembranças dos Pumas,meu nenê dentro de mim e a Parada Gay bombando na PaulistaFeriado de Corpus Christi dia 7 de Junho ? <br />
"Que feriado é esse ?" - Falei para a Vilma Nishi ao procurar um horário na agenda lotada dela nesta semana curta.<br />
Já aconteceu tanta coisa com Cristo esse ano que achei que tudo que envolve sua história e comemorações já havia acabado. Estava esperando o Natal... Mas não! Tem o o "CORPO DE CRISTO" ainda.<br />
Apesar de ter uma profunda relação com Jesus, rezar para ele, conversar come ele, tê-lo como referência de generosidade e benevolência - sei muito pouco de sua passagem por esse planeta e a sequência de fatos que envolveu sua saga. Nunca lí a Bíblia Sagrada. Acho chato e difícil.<br />
"Ai meu Deus que saco esse feriado agora para atrapalhar o andamento da SUPER PRODUÇÃO da festa de boas vindas ao Ian que será domingo que vem! Eu e Camila Sartorelli a pleno vapor , fechando parcerias, recebendo logomarcas e esse feriado para atrapalhar? Daqui 20 e poucos dias já começam as férias escolares. As famílias abonadas já estão até arrumando as malas dos filhos para as temporadas na Disney, no acampamento NR, Paiol Grande, em Campos do Jordão e na neve de Bariloche e dessas estações de gente rica e chic."<br />
Como não sou rica não sei nem os nomes dos lugares. Se não me engano Bariloche já nem é mais tão chic... Era o máximo na minha adolescência quando eu ia para o acampamento dos PUMAS enquanto os amigos ricos iam para Bariloche. Meu sonho era ir na neve de Bariloche...<br />
"Não sou rica mas sou chic e assim sendo tenho coisas mais importantes para me preocupar. Realmente não me interessa onde as pessoas ricas hoje esquiam. Tô grávida ! Mais importante que a neve é meu filho que está me "socando o interior" no momento me fazendo relembrar que "miúdos" não tem só dentro de galinha.<br />
Por falar em miúdos, onde será que está meu baço?<br />
Voltando a Corpus Christi ! <br />
Para que esse feriado nessa época? O que aconteceu com Cristo há 2012 anos? Foi sua morte, sua ressurreição? Quem diria há 2012 anos, que no fim de semana do feriado de Corpus Christi teríamos em São Paulo a parada Gay ?"<br />
- Amorzinho ! Bem que a gente podia ir para Joanópolis visitar a Jú neste feriado e mostrar minha barriga para ela né ? Ela provavelmente não poderá vir a São Paulo para a festa do Ian por causa do bistrô.<br />
-Legal Veri! Estou com saudade da Jú e morrendo de vontade de dar uma saída de São Paulo. Temos que aproveitar para viajar agora, daqui a pouco você não poderá mais sair de perto do Hospital São Luiz.<br />
Juliana ou Jujubs como a chamo, é minha amiga mais antiga. Nos conhecemos quando eu tinha 13 anos e ela 15. Há 24 anos...<br />
Fomos expulsas juntas do acampamento dos PUMAS em uma temporada de inverno. Fato que me entristeceu e traumatizou na época a ponto de ter sido tema de muitas sessões da terapia de familiar que fazíamos. Para a Jú não passou de mais uma história bizzara da vida dela. <br />
Para mim não... Eu sofri ...<br />
Queria ser "GAROTA PUMA" naquela temporada e estava fazendo tudo da forma mais adequada às regras do Izidorinho e da Juçara sua esposa e donos dos PUMAS. Era minha terceira temporada e eu adorava aquele lugar. Lá conheci André Abujamra, tio Abutre que depois veio a se casar com uma grande amiga e fazer a trilha sonora de um espetáculo que produzi e que seu pai Antônio dirigiu.<br />
A classe média é um penico!<br />
A Classe artistíca então... É uma comadre!<br />
No acampamento éramos proibidos de namorar, beber e fumar, e tudo tinha uma explicação muito pertinente para não ser permitido. Eu concordava com as regras.<br />
Não namorei, não bebi e não fumei e fui expulsa como bode expiatório para o Izidorinho mostrar o poder que tinha e o quão capaz era de ACABAR com as férias de qualquer adolescente daquele lugar. <br />
Já a Jú... Tem as histórias dela para contar... E dar MUITA RISADA que é o que fazemos cada vez que recordamos da nossa adolescência na Rua Bocaina em Perdizes depois da nossa expulsão e início de amizade.<br />
Acabamos sendo expulsos em cinco. Amigos que foram nos defender dizendo ser absurda a decisão de nos privar das férias no meio das montanhas de Campos do Jordão foram expulso também.<br />
Izidorinho nos levou embora em uma Pick Up. A mais nova e mais imponente da época. Correu que nem um loco na estrada e nos colocou em risco como jamais deveria fazer um dono de acampamento que se compromete a cuidas de crianças e jovens no descanso de férias dos pais.<br />
Um absurdo o que fizeram conosco! Eu e Jú passamos um dia inteiro trancadas em um quarto proibidas de comer antes de nos levarem de volta à São Paulo. Deveríamos ter entrado na justiça na época. <br />
Izidorinho não podia ter feito conosco o que fez sem peso algum em sua consciência de empresário do lazer infantil. <br />
Um idiota! <br />
Um canalha! <br />
Mas não vou estragar meu post falando do Izidorinho que me proporcionou conhecer Jú e Clarissa que fazem parte da minha história e estão na minha vida até hoje. <br />
Clá é irmão da Jú e ela não foi expulsa. Ficou no acampamento até o fim da temporada ouvindo o Izidorinho dizer para os acampantes que quem não se comportasse iria embora que nem a Veridiana Toledo e a Juliana Raposo.<br />
Juliana hoje mora em Joanópolis e é chefe do Bistrô do "Capril do Bosque". <br />
Sua mãe, Heloisa Collins, há uns anos começou a investir de forma voraz na criação das cabras que começaram em pequena quantidade num capril improvisado e hoje ocupam em grande número um capril modelo no sítio Primavera.<br />
Criam cabras, produzem queijos variados e servem pratos deliciosos com carne de cabrito e queijos no bistrô, onde vendem uma linha incrível de derivados do leite de suas cabras de tetas cheias.<br />
Uma das maiores crises de choro que tive após uma das perdas de bebê foi no Capril do Bosque vendo os cabritinhos mamarem. <br />
E agora choro ao lembrar...<br />
Grávidas choram...<br />
Mas agora não choro mais por não poder dar de mamá. Meu Ianzinho está aqui firme e forte, está tudo bem e quarta feira estamos dentro do carro saindo de São Paulo para passar o feriado com a Jú, Helô e Clá no lugar onde o Ian foi concebido.<br />
Sim !!! Engravidei do meu filhinho dia 19 de novembro de 2011 na cama de casal do quarto de visitas quando fui para a comemoração de aniversário da Jú !<br />
Fomos agora mostrar para minha barriga o lugar que proporcionou a existência dela hoje colada aqui em mim e carregando a minha graça divina. <br />
O nome do meu filho significa: Deus é gracioso. E por isso ele é a minha graça !<br />
Depois de um trânsito considerável com uma garoa insuportável e gente dirigindo mal de mais pela cidade, pegamos a Fernão Dias livre, sem chuva e até nos prometendo um feriado ensolarado, o que não veio a acontecer. Choveu sem parar.<br />
Ian deve ter ficado feliz de receber ar puro e ser alimentado com o leite poderoso de cheiro forte das cabras do capril, da sopa de abóbora da Vovó Ofélia e do feijão preto com lombo da "Collins". Mexeu mais que o normal e durante as noites não me deixou dormir.<br />
Vencida a guerra contra a azia, hoje me encontro em uma batalha disputada contra a insônia.<br />
Acho o fim da picada passar por isso na gravidez. Afinal, grávidas não sentem um sono fora do normal?<br />
Eu não...<br />
Eu não durmo mais que 4 horas há uns dez dias. E não são 4 horas seguidas ! É tudo picadinho !<br />
Comigo é tudo de 10 ! Dez dias sem fazer coco, 10 dias dormindo sentada por causa de azia e refluxo e agora uns dez dias tendo insônia.<br />
Bem que eu podia ganhar dez milhões na Mega Sena ...<br />
Não foi diferente no sítio onde achei que o barulho dos grilos e da garoa caindo sobre as amoreiras cooperariam para meu sono em falta.<br />
Ver a Jú é sempre uma aventura. Tudo na vida dela é muito intenso e eu adoro, já que a minha vida não tem do que reclamar se tratando de aventuras.<br />
Passei dias prazerosos comendo o que não foi feito por mim- o que tem um sabor especial- produzindo a festa, me comunicando com Camila por internet- viva a tecnologia!- e vendo Juliana atender clientes a passeio por Joanópolis.<br />
Acho incrível a capacidade que a cozinha da casa do sítio tem para acolher tantos corações e tantas bocas.<br />
A sensação é que a comida ali se multiplica como um milagres de Jesus.<br />
Em que parte de Sua história Ele transforma pedra em pão e água em vinho mesmo ? <br />
Eu nunca li a bíblia.<br />
Heloisa é um poco Cristo. <br />
Minha mãe também e BEM Cristo.<br />
Mães são um pouco Jesus. <br />
Todos nós somos no fim das contas !<br />
Afinal somos todos irmãos de Jesus Cristo e filhos de Deus, não é isso ?<br />
Voltamos de Joanópolis no sábado pela manhã para não corrermos o risco de amargar em um trânsito de volta de feriado da Fernão Dias. Foi bom pois meu amor chegou em São Paulo e caiu de cama como nunca ví em 8 anos e meio de casamento.<br />
Cuidar de enfermo fora de casa é sempre mais difícil.<br />
Estou cuidando dele como se fosse meu filhinho.<br />
Nossos maridos sempre são um pouco filhos...<br />
Homes sempre serão meninos na enfermidade. <br />
E enquanto eu escrevo esse monte de coisas que não sei a quem interessa e olho no relógio para não perder a hora de ir receber uma drenagem do Buddha Spa, penso na parada Gay.<br />
Eles deves estar se divertindo muito neste momento.<br />
Será que Jesus ia imaginar que 2012 anos depois de sua morte haveriam tantos gays no mundo e que no feriado do dia da comemoração de algo relacionado a Seu "corpus", a Avenida Paulista estaria enfeitada com um grande arco-íris inflável ?<br />
Nunca saberemos...<br />
O que sei é que nunca vou mandar Ian passar férias no Acampamento dos PUMAS e nem na neve de Barilhoche. Mas certamente iremos em família ao Capril do Bosque visitar a Jú, comer de suas delícias e ver os cabritinhos mamar.<br />
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Corpus Christi? Que Feriado é esse ?</div>
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Tábua de queijos: Patê, bolinhas da boursin, parmesão, brie entre outas delícias</div>
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Juliana com seu respeitável chapelão de chefe no Bistrô do "Capril do Bosque"</div>
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Gays sabem se dirvertir !</div>
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Ian está melhor lá dentro que todos nós. No quentinho... Com comida sem esforço e sem o trânsito e a chuva de São Paulo.</div>Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-73837091741223760542012-05-31T04:42:00.000-07:002012-05-31T05:22:11.186-07:00Novos companheiros ou Danoninho não deveria valer por um bifinho, deveria valer por uma noite de 6 horas de sono corrido !Dizem que nosso corpo e cabeça vão se preparando para a chegada de um filho e que quanto mais se aproxima da data do PARTO, menos se dorme.<br />
É o organismo se adaptando ao que vem pela frente; poucas horas de sono, leite escorrendo pelo bico do peito e chorinho de recém nascido com fome na madrugada.<br />
Das famosas dicas dadas por todos e qualquer um, a mais ouvida tem sido: "<em>APROVEITE PARA DORMIR BASTANTE AGORA, TIRE O ATRASO ANTECIPADAMENTE E DURMA. <span style="background-color: orange;">VOCÊ</span> PASSARÁ UM BOM TEMPO SEM SABER O QUE É ISSO DEPOIS QUE SEU BEBÊ CHEGAR". </em><br />
Infelizmente nem meu corpo nem minha mente tem seguido as orientação dos famosos doadores de sugestões para grávidas que estão sempre de plantão nas lojas de enxoval, supermercados, farmácias, laboratório de análises clínicas e filas de onde quer que seja deste mundão.<br />
Depois de viver "<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>A SAGA DA CONSTIPAÇÃO DE 10 DIAS SEM FIM</strong></span>" e ter colocado meu intestino em um diálogo maravilhoso com todos os remédios e fibras do universo, passei dias em êxtase profundo indo ao banheiro diariamente e curtindo muito analisar as minhas fezes antes de me despedir delas ao apertar a descarga. Porém... Eu não sabia que novos companheiros de gravidez me esperavam logo a diante para me dar de bandeja motivos para desenvolver assunto na academia, colher dicas pelo facebook de amigas que já carregaram ou carregam "panças" por aí, ter mais temas a desenvolver no blog e pautas de reclamação diária para o coitado do meu amor.<br />
Galdino tem sido um santo !<br />
Dona azia e Senhor refluxo passaram a caminhar, "dormir", "nadar", "fazer Yôga", assistir Avenida Brasil, comer, ir a médicos entre outras atividades ao meu lado. As aspas que envolvem o <em>nadar,</em> o <em>dormir e o fazer Yoga, </em>foram colocadas por um motivo. Passei mais de uma semana sem conseguir realizar essas 3 coisas tão prazerosas e importantes para qualquer um, e muito para mim que estou grávida.<br />
Mais de uma semana com uma azia infernal, aterrorizante, venenosa, picante, gástrica, em chamas queimando minha faringe, dissolvendo minha traquéia, minha goela, minhas amídalas e cercada de almofadas por todos os lados me apoiando e amparando na tentativa de um sono recarregador e reanimador. <br />
Recorri ao arsenal de travesseiros, travesseirinhos, almofadas de amamentação, protetor de berço, rolinhos apoiadores e todas as coisas macias e recheadas de espuma ou fibra de silicone que se encontravam disponíveis na minha casa - amo almofadas e adoro fazer almofadas- acreditando que elas colaborariam nesta empreitada, mas não...<br />
Rolinho em baixo da dobra dos joelhos, almofada de amamentação ao redor da cintura apoiando a lombar, travesserinho de dormir no avião ao redor do pescoço e torres de almofadas e travesseiros apoiando a cintura que já não existe mais. Grávidas perdem suas curvas e ganham novas !<br />
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Mais de uma semana sem dormir por mais de 2 horas seguidas... ai ai ai...<br />
Colocar meu corpo na horizontal foi algo que me causou medo neste período. Nas aulas de Yôga fui para ouvir a trilha sonora da minha professora que arrasa como DJ de Shiva e Ganesh. <br />
Nem nadar foi possível. Era entrar na água para a potência da azia aumentar em milhões.<br />
Pepsamar, Maalox plus, bicarbonato de sódio, gelatina, água de coco, óleo de coco,3 gotas de limão em jejum pela manhã, leite de magnésia, pantoprazol, fermento em pó Royal... Tudo foi feito e nada solucionou.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilsYGrxeABeAfsiFD3k-TNAIUWFHPSFk21kOltAKEy0SFW9TciYfhDfceFTSW2uOip78oGgBMas51wF-DXbcDHzXLTvR_M6FhP66Y2aSv6A70Pjx1cvCw0Cg89ZZh_1ESP3nxsixa_okAv/s1600/Bocarbonato.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" rba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilsYGrxeABeAfsiFD3k-TNAIUWFHPSFk21kOltAKEy0SFW9TciYfhDfceFTSW2uOip78oGgBMas51wF-DXbcDHzXLTvR_M6FhP66Y2aSv6A70Pjx1cvCw0Cg89ZZh_1ESP3nxsixa_okAv/s1600/Bocarbonato.jpg" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipK6zC0kBDygFTexp3Y5X2cpx4njICKvV0AN031b4touBjYxoSP3JGCniHqchndkSVf8ncQeAjR0CrcbFY0P-FMvBA8jCs1XxFn_B4n3rAf_BUeDZ9i0STDLEGiPqpz9HTds0IUXvdKvyp/s1600/Panto.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" rba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipK6zC0kBDygFTexp3Y5X2cpx4njICKvV0AN031b4touBjYxoSP3JGCniHqchndkSVf8ncQeAjR0CrcbFY0P-FMvBA8jCs1XxFn_B4n3rAf_BUeDZ9i0STDLEGiPqpz9HTds0IUXvdKvyp/s1600/Panto.bmp" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaQvUGsq1aRpzPmivGddNBFwd2I0Rtg8jEA3fdGbJhlO5B8uISR4sTI5ujYeuDVgNuRho8XkW0hGUkIT6IDhfKMma44eUONZOYkTLCl15ACrJwvClRO01ghVTZvwDuaXLz-1mJEgy80efm/s1600/%C3%B3leo+de+coco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" rba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaQvUGsq1aRpzPmivGddNBFwd2I0Rtg8jEA3fdGbJhlO5B8uISR4sTI5ujYeuDVgNuRho8XkW0hGUkIT6IDhfKMma44eUONZOYkTLCl15ACrJwvClRO01ghVTZvwDuaXLz-1mJEgy80efm/s1600/%C3%B3leo+de+coco.jpg" /></a></div>
<br />
Decidi comer o mínimo possível por causa do refluxo. <br />
"Sem nada no estômago, não tem o que voltar! Eu paro de comer e está tudo resolvido! O Ian vai se alimentar desse monte de células gordurosas que se acumularam na minha coxa e teremos 2 problemas resolvidos: fim do refluxo e coxas um pouco mais magras!"<br />
REFLUXO DE SUCO GÁSTRICO foi o resultado da minha experiência.<br />
O que pode ser pior que isso ?<br />
Enquanto eu estava tendo refluxo de iogurte, de maçã, barrinha de cereal estava ótimo. Mas de bílis ????<br />
Não Não Não Não Não Não !!!<br />
O que eu bufei, o que sofri, o que reclamei... Deixei muita mulher insuportável em TPM extrema para trás com a minha capacidade de ser chata e reclamona.<br />
"Beleza então. Já que é para não dormir, eu já fico acordada uns 2 anos e quando o Ian completar 24 luas, eu saio em Lua de mel com o Galdino para dormir, o que não fui capaz de fazer neste período."<br />
Imaginem que maravilha. Um sono de 24 meses acumulados. Uma espécie de morte com direito a passagem de volta... Nada mal imaginar isso para quem ficou quase uma semana praticamente sem dormir.<br />
A Verdade é que são 6:00 da matina, eu já estou há uma semana tomando PLASIL - sim , foi Plasil o salvador dos meus problemas !!!!!- minha azia diminuiu considerávelmente, meus refluxos sessaram e eu continuo dormindo 2 horas por noite no máximo.<br />
Hoje devo ter dispertado as 4 da manhã. <br />
Rezei, agradeci a Deus pela reunião de ontem na Band News FM ( "Meu trabalho é um Parto" está correndo o sério risco de virar pílulas diárias na programação da 96,9), pensei nos posts que quero escrever sobre memória de grávida, humor de grávida, e sobre parto programado que é o novo fantasma que me ronda, mudei a almofada que apóia meu joelho quinhentas vezes de lugar, lembrei que tenho ultrassom ás 11:00 ( Oba !!!), que quero fazer mais almofadas para o quartinho do Ian que está quase pronto e lindo, que quero um chá de bebê bem legal com muitos amigos mas que não tenho dinheiro para promover tal festança, que... que ... que...<br />
Chega ! Vou levantar. Vou escrever, ler , comer qualquer coisa menos fritar na cama.<br />
Vim para o computador.<br />
O que é isso ?<br />
Meu Deus! Galdino também acordou! Estou ouvindo o barulho de seu xixi em contato com a água do vaso sanitário...<br />
Galdino não tem sofrido de azia mas está sofrendo dos mesmos males de insônia.<br />
Desço e pergunto: Já acordou meu amor ?<br />
Ele responde: Fico me perguntando se é ansiedade com a proximidade do nascimento do nosso filhinho ou se meu corpo já está se preparando para não dormir...<br />
- Tô escrevendo exatamente sobre isso em um novo post meu amor !!! O que está acontecendo com a gente. A Azia e o refluxo passaram e eu não durmo ! Culpei os coitados por ausência de sono por mais de uma semana e eles nem eram os verdadeiros responsáveis? Coitados. Sei como é ruim levar a culpa sem tê-la de fato... Passei minha infância e adolescência levando a culpa sem merecer. Mesmo tendo sido um adolescente chata como minha azia e meu refluxo !!! Coitados de nós !!!!<br />
Tomamos café da manhã depois de longos abraços e muitas juras de amor eterno e subi para terminar esse post. Agora ele está gritando lá de baixo me perguntando se pode comer um Danoninho que comprei para mim com a desculpa de que o Ian adora !<br />
Lógico meu amor !!! Pode comer o danoninho sim e fazer o que mais você quiser. Nosso ultrassom é só ás 11:00 e são 7:00 hs da manhã ainda. Podemos comer Danoninho, escrever mais 10 posts, ler as Vejas do mês todo, assistir OS SIMPSONS na FOX... temos a vida toda de insônia pela frente. Temos um nenê que cresce dentro da minha barriga e que muito provávelmente vai nos proporcionar muitas noites sem dormir.<br />
No começo por causa de cólica, fome, frio, calor e daqui uns anos por causa das festas, dos namoros, as amizades e o MONSTROS que habitam nosso planeta.<br />
Mas vamos deixar um post sobre nossos temores, sexo, drogas e Rock and roll para daqui uns 14 anos.<br />
Não vamos sofrer por antecipação.<br />
Vamos comer Danoninho, afinal, ele vale por um bifinho !<br />
Mas deveria mesmo era valer por uma noite de pelo menos 6 horas de sono seguido.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRJqxkMRs2_P87SoTZZlbvAorK-QJ53M81TfCMXYwbjHDhg3kiTEno429kF4P5KD6U8mxnYTmLxyEHqt3YUmyFefqJe0NROCfqGN7B4y8A4s6jq9rbMFnw5sU1xC4TpNDnC9lyQHoMyhYA/s1600/danoninho.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" rba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRJqxkMRs2_P87SoTZZlbvAorK-QJ53M81TfCMXYwbjHDhg3kiTEno429kF4P5KD6U8mxnYTmLxyEHqt3YUmyFefqJe0NROCfqGN7B4y8A4s6jq9rbMFnw5sU1xC4TpNDnC9lyQHoMyhYA/s1600/danoninho.bmp" /></a></div>Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-84693346062367729592012-05-20T04:26:00.001-07:002012-05-20T04:47:52.864-07:00Música dentro da máquina de fazer pão e bailinho na cozinha ao som de "Depois"Nunca fui muito ligada em BLOGS e quando coloquei no projeto do espetáculo para a secretaria da Cultura e para patrocinador a criação de um pensei: "Quem vai ler o meu ?"<br />
Se dependesse de mim e da minha assiduidade a "moda" já teria acabado.<br />
Prova disso é o fato de eu não ter entrado em nenhum sobre "Mães Blogueiras" na mesma matéria da VEJA São Paulo em que "Meu Trabalho é um Parto" saiu no fim de semana do dia das mães.<br />
Falando bem a verdade eu já estou exausta dos assuntos que envolvem gravidez, parto, maternidade, educação, comportamento e tudo relacionado ao universo "colocar um filho no mundo"... Estou exausta antes mesmo de colocar o meu nesta VIDA DE MEU DEUS. <br />
Mas não tenho como negar que gostei de ter acordado no dia 13 de Maio com presentes colocados em lugares estratégicos pela casa e carta de amor escrita pelo meu marido e assinada também pelo Ian, que já declara seu amor por mim através do pai antes mesmo de eu colocá-lo nesta VIDA DE MEU DEUS...<br />
Será que ele vai me amar mesmo ? Ou Galdino já decidiu isso por ele assim como já decidimos que ele vai se chamar Ian antes de olharmos em sua carinha e confirmarmos se ele tem mesmo cara de Ian ?<br />
Outra verdade é que escolhemos e definimos um monte de coisas pelos outros. Pelos filhos então !!!<br />
"Nome, a escolha de um nome, seu título. Um som que você vai ouvir inúmeras vezes por dia, todos os dias , para sempre... Nós é que deveríamos escolher os nossos nomes não é não? A verdade é que queremos escolher tudo. Sexo, signos, cores, cabelos... A Maria Lua foi escolhida no primeiros mês de namoro e no fim das contas , quem está aqui é o Ian ."<br />
Isso é um trecho de texto da peça e faz dias que estou para escrever sobre o assunto. Sobre a Maria Lua !<br />
Mas de novo vou deixar o assunto para depois do dia das mães. Não o do ano que vem !!! Para depois de eu contar que acordei um pouco mais tarde que o normal e pela primeira vez em 8 anos e meio de casamento meu amor pode fazer uma surpresa para mim. Sempre acordo muito cedo e saio da cama antes dele o que nunca me possibilitou ganhar um café da manhã de novela e nem presentes "escondidos" pela casa.<br />
Ganhei música e elas estavam escondidas dentro da máquina de fazer pão onde havia deixado um sendo preparado durante a madrugada. Felipe Catto e Marisa Monte. Dançamos "lentinha" na cozinha ao som da música tema de Rita e Batata ou Nina e Jorginho, como os bailinhos da adolencência em que eu nunca era chamada para a pista por nenhum garoto por ter sido gorda e feia. <br />
Hoje aos 37 anos sou casada e danço "lentinha" com meu marido que me ama na cozinha de casa no dia das mães, já não sou mais feia e gorda mas me encontro REDONDA. Estou grávida de 6 meses e 1 semana.<br />
Chorei dançando.<br />
Chorei ao ler a carta.<br />
Choro agora ao escrever e recordar.<br />
Grávidas choram.<br />
Me imaginar no dia das mães daqui uns anos, com meus filhos me dizendo coisas boas e Galdino declarando seu amor por mim me faz feliz. <br />
E que DEUS permita que sejam Ian e Maria Lua.<br />
Pronto. Chegamos nela.<br />
Sempre fui noveleira. Ana Raio e Zé trovão não escaparam da minha rotina por oito meses na tal adolescência de menina gorda e feia que já citei. Fora o fato de que eu havia acabado de perder a minha virgindade com um peão boiadeiro do interior e estava "envolvida" com o assunto. Assistir a novela era estar em contato com a realidade daquele que havia me proporcionado descobrir o que eu não queria para a minha vida sexual que alí teve início.<br />
Na novela hora ou outra apareciam pessoas que eu conhecia das festas de Rio Preto e Mirassol. Paulo Emílio que criava gado e alugava seus bois para as gravações da Manchete, Rui Asa Branca que era locutor de rodeio e mais tarde veio a fazer parte do meu querido diário... Assistia a novela e me sentia "conhecedora da causa" e íntima do assunto.<br />
Coisa de adolescente.<br />
Imagina, que ingenuidade a minha... Eu só tinha um cinto de fivelão, uma bota, a presença em algumas festas e uma noite péssima com um idiota que me tratou mal ao tirar minha virgindade e fingiu não me conhecer no dia seguinte. Ainda bem que não fiquei traumatizada pois nunca romantizei "a primeira noite", ou melhor; a primeira trepada!<br />
Mas assistia a novela como seu eu montasse em bois e criasse cavalos e adorava ouvir Almir Sater cantando a música da Maria Lua. Uma personagem da novela assim como a Flor Violeta, outro nome de personagem da trama que me agradava.<br />
Naquela época resolvi que se eu tivesse uma filha ela se chamaria Maria Lua.<br />
Há oito anos e meio no Morro de São Paulo, Bahia, quando me juntei ao Galdino e demos início ao desenvolvimento da nossa relação de amor, ouvindo meus CDs do Palavra Cantada ele me perguntou sobre meu gosto por música infantil e se eu queria ter filhos.<br />
Disse que não pensava no assunto mas que se eu tivesse uma filha ela se chamaria Maria Lua.<br />
Ali ficou definido que teríamos uma filha com esse nome.<br />
Coisa de sonhadores. <br />
Imagina, que ingenuidade a nossa... <br />
Passamos os anos todos de casamento falando nela, decidindo como a educaríamos sonhando com os cabelos, os laços de fita, os vestidos e as receitas que eu ensinaria para ela na cozinha.<br />
Demos o nome de Maria Lua para nossa empresa, abrimos conta no banco para a Maria Lua Produções Artísticas, e Maria Lua virou senha de internet entre outras senhas e sonhos.<br />
Maria Lua ganhou da minha sobrinha Ana Helena um enxoval lindo e completo de vestidos e sapatinhos de princesa, Maria Lua é citada no espetáculo e virou uma entidade que nos acompanhou em viagens, passeios, planos e projetos.<br />
É óbvio que Deus, depois de "tentar" me ensinar coisas importantes para um vida emocionalmente mais estruturada e com uma fibra espiritual mas resistente me proporcionando a experiência de perdas de bebês, mais uma vez ia me mostrar o quanto não temos o poder de escolha em alguns setores nos mandando o Ian em vez da Maria Lua.<br />
Ele já tinha me deixado claro que pelo menos nesta minha passagem não adiantava eu programar, planejar, organizar datas em função dos meus desejos. Os fatos se dariam de acordo com o que Ele decidisse para mim, e assim foi.<br />
Eu perdi bebês, não fiz a estreia de "Meu trabalho é um Parto" grávida como eu queria e provávelmente a Maria Lua não viria, e assim foi.<br />
Ele me mandou Ian !!! Abençoado filho que nós tanto queríamos e lutamos para que ele viesse, para que ele VINGASSE.<br />
Descobrimos depois de seu nome já escolhido que o significado de Ian é : "Deus é gracioso".<br />
Escolhemos uma Graça Divina e estamos felizes. A cada ultrassom que comprova sua boa formação e batimentos cardíacos ritmados, a cada chute que levo no meio da noite e acordo assustada ficamos felizes e agradecidos. <br />
Já não consigo mais pensar na minha vida sem Ian antes mesmo dele chegar e se num passe de mágica ele se transformasse em Maria Lua, eu não ia gostar. Agora eu quero ele, mas depois quero a Maria Lua sim !<br />
Essa noite passei MUITO MAL. Muito! Como não me lembro de ter passado alguma vez na vida.<br />
Liguei para meu médico e ele disse que devo estar com rotavírus e que era para eu me acalmar e aprender a distinguir o que sou eu, o que é a gravidez e o que é o bebê.<br />
Mas além de um mal estar profundo, vômito, desinteria e vontade de sair voando de angústia eu pensava preocupada: "Será que está tudo bem com ele? Ele não está mexendo..."<br />
Aprender a distinguir o que sou eu e o que é ele será uma tarefa árdua e missionária já que tenho o péssimo hábito de impor meus desejos sobre os desejos alheios. Faço muito isso com meu marido !<br />
Mas tenho que me lembrar que antes dos meus desejos, do meu marido, filho e próximos, existem os desejos do UNIVERSO, que prefiro nomeá-lo como Deus.<br />
Gosto da palavra Deus, gosto de acreditar que ele existe e se preocupa comigo.<br />
A lição já foi dada e eu não devo esquece-la; não sou eu quem escolho!<br />
Como sou uma enroladora autêntica e convicta, sempre me preocupo em explicar o porque de cada "enrolapost" e agora é hora de fazê-lo já que as laudas se estendem e hoje em dia ninguém quer ler longos textos.<br />
Imagino que todas as mães blogueiras do Brasil devam ter postado homenagens e reflexões sobre nossa condição no dia das mães e eu não! Fiquei pensando: "Que mãe relapsa eu sou ! Preciso amamentar um dos "Filhos do Parto" neste dia de música e 'bailinho' na cozinha!"<br />
Mas não ... Preferi bailar ao som de "Depois" de Marisa Monte, Carlinhos e Arnaldo Antunes e comer a torta de limão divina que a cozinheira da minha irmã fez para nosso almoço em família. E preferi dormir no super sofá de casal laranja da minha sala ao som bem baixinho do jogo de futebol que meu amor assistiu.<br />
Um dia típico de grávida. Mimos, comida, soninho e nenhuma obrigação. Deixa para depois um post em homenagem a esse dia que colabora expressivamente com os cofres de todas as lojas do país e com as contas do governo, já que vivemos num Brasil de impostos... ai ai ai...<br />
Uma semana depois do DIA DAS MÃES, escrevo sobre o que estava devendo há tempos, as escolhas, aos nomes e a Maria Lua. E presto aqui minha homenagem a mim, ao meu filho tão esperado que devia estar acuadinho e assutado com meus barulhos produzidos a cada passagem pela latrina para vomitar, e ao meu marido que ontem a noite antes de deitarmos me disse a seguinte frase: " Obrigada por estar suportando passar por tudo isso para gerar o nosso filho."<br />
De nada meu amor ! De nada... Afinal isso é muito pouco diante de uma vida de dedicação absoluta e preocupações sem fim que teremos de agosto em diante após o nascimento do nosso Ian.<br />
De nada... Afinal não dizem que ser mãe é padecer no paraíso?<br />
Comigo não seria diferente.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSQgBmjQ3JXYt3D1Crkgkz05WinwXZ892qNTq6zUroEeCNMpSQHWegTadsAnUi0EBMoqbX0N8sE0MKmuLjiSSFCshoyQH_gZJyP6dG06CWxnXLLC5Lm6NL0t9XOub1v5MJgPIPYWJ289HH/s1600/ENERGIA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="255" kba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSQgBmjQ3JXYt3D1Crkgkz05WinwXZ892qNTq6zUroEeCNMpSQHWegTadsAnUi0EBMoqbX0N8sE0MKmuLjiSSFCshoyQH_gZJyP6dG06CWxnXLLC5Lm6NL0t9XOub1v5MJgPIPYWJ289HH/s320/ENERGIA.jpg" width="320" /></a></div>
Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-9621002440480314122012-05-07T11:06:00.002-07:002012-06-04T01:44:50.849-07:00Filosofias escatólogicas do universo GRAVIDEZ durante uma entrevista na Band News FM<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
Sexta feira fui ao complexo <strong>BAND</strong> no bairro do Morumbi dar uma entrevista em um programa chamado <strong>Alta Frequência </strong>que<strong> </strong>vai ao ar diariamente das 17:00 ás 19:00 e é muito ouvido por muitos motoristas ávidos por distração no horário de trânsito infernal na cidade. Apresentado pela jornalista Neli Pereira, teve nesta sexta a companhia da Tatiana Vascocellos, que também apresenta um programa na rádio, e a minha participação. Estamos chegando bem próximo ao dia das mães e ter no estúdio uma atriz grávida, que tem peça de gravidez, livro de gravidez e blog de gravidez para falar sobre as aventuras que antecedem a MATERNIDADE, parecia ser algo interessante como pauta.</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
No último post eu conto sobre o dia que recebi o telefonema com o convite para "me divertir" durante 2 horas na companhia super agradável da Neli e da Tatiana na Band News FM em um dia LOUCO onde tudo aconteceu junto a entrevista com a Helena Galante da Veja. Dias depois do telefonema do Jô... <br />
Meus "por quês" sobre esse assunto de vez em quando ainda reaparecem e me perseguem...<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimXigc3Ajx7NEIFLaF9y6SbDbkOw74Jxcl6DOdJP_q8YKfKsebTLlSoeUNV9esTSjiVzLagdboZdD3R0xHivkufWEfgDlLKDDyaiWE9AGX3-cYgMIAB83dnPPWV2FesjMI9YggYgUntKga/s1600/Interroga%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" mea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimXigc3Ajx7NEIFLaF9y6SbDbkOw74Jxcl6DOdJP_q8YKfKsebTLlSoeUNV9esTSjiVzLagdboZdD3R0xHivkufWEfgDlLKDDyaiWE9AGX3-cYgMIAB83dnPPWV2FesjMI9YggYgUntKga/s1600/Interroga%C3%A7%C3%A3o.jpg" /></a></div>
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Um parenteses:<br />
Para quem tem curiosidade a respeito da minha vida e dos meus desabafos em momentos "meu querido diário" de blogueira, uma importante informação: meus dias tem sido mais tranquilos no sentido ATIVIDADE e COMPROMISSOS. Minha rotina tem sido de grávida. Meus programas são fazer exame de curva glicêmica e tomar vacina ati tetânica. O problema é que tem sido também muito tranquilo no quesito ATIVIDADE INTESTINAL.<br />
Logo logo entraremos no assunto... se preparem, este será um post bastante constipado e escatológico.<br />
Para quem não está a fim de ler sobre prisão de ventre, por favor: mude de canal.<br />
Começa o programa! Neli começa me perguntando a que devo o fato de ter muitas habilidades e já ter feito muitas coisas aos 37 anos de idade. <br />
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Respondi que por ser sagitariana e por ter muita energia, mas depois fiquei pensando que não é isso. O fato de eu ter uma mãe maravilhosa que me estimulou, incentivou a ir atrás dos meus desejos e curiosidaes e me permitiu experimentar tudo que eu tive vontade, fez toda a diferença e me possibilitou ser quem eu sou.</div>
Todas as pessoas legais do mundo mereceriam uma mãe maravilhosa como a minha.<br />
Criação, educação emocional, embasamento intelectual, ou seja; FAMILIA ESTRUTURADA é TUDO nesta vida.<br />
A entrevista continua e começam as perguntas relacionadas ao espetáculo, personagens e a minha realidade de grávida. Falamos sobre DESEJO e então contei que o nome científico para o desejo na gravidez por substâncias não comestíveis como naftalina, cinza de cigarro, tijolo, sabonete entre outros absurdos é PICA ou PICAMALÁCIA. <br />
Depois disso choveu mensagens pelo twitter da rádio e comentários através do site da BAND. Os coitados dos ouvintes, presos no trânsito, relembravam os desejos das esposas, parente e amigas e digitavam as "guloseimas favoritas" das ex pançudas em seus celulares.<br />
Coco seco de passarinho, etanol e sabão em pó são alguns exemplos de picamalácia das conhecidas dos ouvintes. Rolou salsicha com leite condensado para os exemplos de desejo com sabor um tanto questionável.<br />
Enquanto entravam os anúncios no ar, informações de política, economia, as notícia das fotos da Carolina Dieckmann pelada que vazaram na internet e dicas do Bassi de como temperar carne de leitão, eu pensava nas exeperiências que eu ando vivendo como um "ser grávido"e nas minhas próprias histórias.<br />
" Interessante... Nos milhares de e-mails que recebi com histórias de grávidez para criar o texto do meu espetáculo, não tinha história de perda de memória e de prisão de ventre! Curioso... prisão de ventre tem me proporcionado reflexões de uma escatologia criativa inacreditável! Para vômito e peido algum botar defeito. Por que será que não me mandaram história de constipação heim? Tantas histórias de gases, de coco que sai no meio de um pum, e nada de coco preso-incalacrado, duro, seco como o meu... Nossa... o tla do Guido Mantega tá um sucesso hoje, bombando nas rádios, Já ouvi falarem dele em outra rádio vindo para cá, que beleza esse ministro... mas que frio faz neste estúdio! Ian tá mexendo a beça, não sei se porque está sentindo meu corpo "temblar" ou se está percebendo o quanto estou curtindo estar aqui... Nossa Senhora como a Neli tem que manjar dessa mesa! Olha a quantidade de botão que ela tem que apertare ter controle... Será que vou fazer coco hoje ? Será que as cápsulas de óleo de linhaça vão funcionar. Já faz 4 dias que tô tomando a parada... que legal é trabalhar em rádio !"<br />
Pronto! Chegamos no assunto ATIVIDADE INTESTINAL que eu falei que logo entrariamos!<br />
O que fazer quando o intestino DE GRÁVIDA fica preso e durante 10 dias, o vaso sanitário não vê sinal algum de suas refeições digeridas e todas as fórmulas, truques, dicas, receitas caseiras, DO IN, laxantes naturais,químicos, chás variados e todas as possibilidades do universo sideral já foram testadas ou colocadas em prática?<br />
Me digam? O que fazer ? A balança vai apresentando um crescimento expressivo em seus dígitos, nada sai, café da manhã, almoço , jantar e lanchinhos entram diáriamente e fica a pergunta no ar: Para onde está indo todo esse coco pelo amor de Deus ?<br />
Nestes 10 dias de "inferno intestinal" tive conhecimento de uma novidade do <strong>Universo Pança; </strong>o famoso refluxo. O espaço provávelmente todo ocupado por aquilo que já deveria ter saído, mas não saiu, impede a ocupação daquilo que está entrando. Aí vira uma guerra de faringe, estômago, traquéia e tripas. Tudo vai sendo empurrado e naturalmente expulso para fora do corpinho redondo da gestante.<br />
Tem cabimento engasgar com refluxo? Falando português claro; engasgar com vômito ?<br />
Pois é, isso andou acontecendo comigo repetidas vezes durante a noite. Minha novela "Avenida Brasil" tem sido interrompida com crises de refluxo seguido de azia infernal. isso quando não acordo de madrugada sufocada com o peto de frango grelhado do jantar.<br />
Aliás, João Emanoel Carneiro andou cometendo erros de roteiro o que me fez ficar um pouco de mal dele nesta semana que passou. Mas isso eu deixo para depois pois antes de estar de mal do João eu estiva de mal do meu estômago e intestino..<br />
Minha mãe que participa intensamente da minha vida de grávida que não faz coco já havia me comprado uma coleção maravilhosa de Activia. Vários novos saberes em uma bandejinha promocional de 6 copinhos por R$ 4,99. Comprou de cara 3 bandejas. Ou seja; 18 iogurtes para eu me divertir nos cafés da manhã.<br />
Ela passou então a me mandar torpedos diários do tipo : " Veripeta ( um aplido de mãe), e o coco? Fez ?"<br />
A resposta era: "Não mã... "-durante os tais 10 dias. Depois ela veio com um frasco de cápsulas de óleo de linhaça indicado por uma ex grávida recentemente parida e os topedos passaram a ser : " Bom dia Veripeta, a linhaça funcionou?". E resposta continuou a mesma: " Não mã...".<br />
Nesta fase eu já tinha experimentado de tudo, até 2 Lacto Purga de uma só vez eu já tinha jogado para dentro e nada.<br />
Mamão, ameixa preta, aveia, germe de trigo, farelo de trigo, linhaça triturada, óleo de linhaça, All Bran, Fibrax, Activia, Tamarine, Lacto Purga, supositório de glicerina, chá de sene, chá de cáscara sagrada... Sagrado seja seu efeito...Meu sagrado Jesus Cristo filho de Deus que está no céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade e que hoje seja ela: Veridiana Toledo evacuar.<br />
Eis que ontem estou na academia fazendo esteira quando recebo o sinal sagrado de movimentos intestinais.<br />
Bendito coco seja louvado: Amém 1<br />
Quase dei tchau para o coco assim como fazem as crianças quando começam a desfraldar.<br />
Uma alegria contagiante.<br />
Saí do banheiro como se tivesse ganhado o prêmio Shell de melhor atriz.<br />
E com um desejo enorme de dividir aquela alegria toda com alguém.<br />
" Mã, fiz coco!"<br />
E a Claro faturando com a minha prisão de ventre. A VIVO também através de minha mãe !<br />
Continuo com 2 perguntas me atormentando: onde é que foi parar tudo o que comi nestes 10 dias já que o resultado dos movimentos intestinais sagrados não foram de acordo com minhas 6 refeições fracionadas e o pão nosso de 7 grãos de cada dia da Nutrella... Afinal de contas; SÃO 60 REFEIÇÔES !!!!<br />
Tudo o que ingeri nestes 10 dias passou pela minha cabeça durante as 2 horas de <strong>Alta Frequência</strong> nos estúdios lindos e novos da <strong>BAND </strong>imaginando em qua parte do meu corpo se instalou cada fatia de peito de peré. E repensei tudo que foi citado nos diversos temas que o assunto GRAVIDEZ nos proporciona.<br />
Escolha de nome dos filhos ( Post que estou devendo)<br />
Desejo descontrolado por sexo na gravidez<br />
Aversão a sexo na gravidez<br />
Memória falha de uma grávida<br />
Mal humor de grávida.<br />
Incontinência urinária. Ah ! Tem essa novidade também agora. Toda vez que espirro, posso ter acabado de ir ao banheiro, faço xixi na calça. Olha só que legal ?!!!<br />
E não param por aí as aventuras de uma BARRIGUDA, o assunto não tem fim e é por isso que " Meu trabalho é um Parto" !!!<br />
Não tenho o menor problema em assumir que em vários momentos acho a gravidez um SACO e me espanto quando vejo um certo grau de repressão e crítica nos olhos de pessoas que me ouvem dizer isso.<br />
Ontem eu ouvi a seguinte pergunta com pitada de crítica: " Nossa Veri, mas você não acha nada legal na gravidez?"<br />
Resposta: "Sim, acho super legal sentir o Ian se mexer, fazer ultrassom e ver que está tudo bem e passar um dia inteiro sem azia"<br />
Engravidar, gerar e parir um filho é maravilhoso , SIM, mas combinemos amigos: Não é maravilhoso ficar 10 dias literalmente ENFEZADA.<br />
É lógico que depois que eu tiver meu Ianzito nos braços vou pensar que valeu a pena cada uma das 270 injeção de anticoagulante tomadas todas as noites durante os nove mese de gestação, que valeu cada azia, cada refluxo, cada coco não feito, cada Kg engordado, cada varize conquistada (olha só! tinha até me esquecido do assunto obsessão), cada estria arrebetanda, cada enjoo sentido... ... ...<br />
Tenho que dar graças a Deus que engordei "só" 8 Kg em 6 meses de gravidez. E a Carolina Dickmann que engordou 30 ?<br />
E assim termina a minha saga da prisão de ventre.<br />
Ninguém percebeu que só citei uma das duas perguntas que continua me atormentando né ?<br />
Queria deixar a segunda para a minha despedida !<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-pHS3tx4HR3RkWdTdyQJkZ_jaBNFaLRn8KMNmyFEjw8XBGq4JJQJ5kW9TNwG8vAOVoqMtSVBvpRkosYgvQZLkrhjy0fW6CsZ0dxrqonr5RTrH309EP6wlHSBysxddwosMSUWsPtmoH4B_/s1600/C%C3%A1scara+sagrada.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><span style="color: #e69138;"><span style="background-color: #990000;"></span></span></div>
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<span style="color: #e69138;"><strong><span style="background-color: orange;"><span style="color: #990000;"><span style="font-family: Courier New;">De tudo que testei, o que de fato funcionou para eu saber o que tomar caso eu fique de novo ENFEZADA ?</span></span></span><span style="background-color: #990000;"></span></strong></span></div>
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<br /></div>Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-17286766847655490992012-04-26T13:20:00.001-07:002012-05-01T04:26:40.925-07:00Toda grávida precisa de um corrimão e uma boa novela para acompanhar.Há dias venho pensando no volume de temas do "universo BARRIGA" que tenho em minha cabeça e quero abordar nos meus posts. Foi exatamente essa riqueza de assuntos e tudo que gira em torno de uma gestação e sua dualidade que me levou ao palco com " Meu Trabalho é um Parto" e seus derivados que agora chamo de "filhos do parto". São eles o livro, o blog, projeto de programa para Tv e documentário.<br />
Depois de ler um comentário que fizeram no último post, fiquei com muita vontade de escrever sobre a escolha de nomes dos filhos que também é um "capítulo" da peça e um muito importante na história de uma grávida.<br />
Mas decidi que esse fica para depois mesmo. Eu havia me comprometido a escrever sobre o SEGUNDO TELEFONEMA.<br />
Vamos voltar a quarta feira passada, eu acabava de desligar o telefone após falar com o Jô e chorava no colo do meu marido que vem suportando lágrimas salgadas a beça que saem deste meu corpo redondo e cheio de varizes ( minha obsessão) quando percebo no meu celular o símbolo de uma mensagem de voz.<br />
- Oi Veridiana , quem fala é Helena Galante repórter da Veja. Estou fazendo uma matéria de capa para o dias das mães, o assunto é Mães Blogueiras e eu gostaria muito de fazer uma entrevista com você. Meu telefone é XXYYZZKK e eu espero seu retorno.<br />
" Olha só amor, é a Helena Galante da Veja. Lembra dela? Ela fazia crítica de espetáculos infantis e escreveu sobre a gente mais de uma vez. Está fazendo uma matéria para o dia das mães e serei uma das 'personagens' da matéria."<br />
- Você é danada né Veri ? Depois fica aí se lamentando que as coisas não acontecem para você... Aí, conseguiu o que queria, uma matéria no dia das mães na VEJA. Queria uma feita pelo Dirceu falando sobre a peça e conseguiu uma com a Helena falando do Blog. Tá feliz agora ?<br />
- Tô! Tô feliz sim, mas eu queria fazer a peça com o Jô...<br />
Ligo para o telefone que Helena deixou no recado e lógico, ninguém atendeu! Jornalistas trabalham muito, muitas vezes de madrugada, mas ás 23:00 hs de uma quarta sendo que a matéria sairá no dia das mães não tem para que a Helena ficar na editora Abril até tão tarde.<br />
Nos falamos no dia seguinte, marcamos a entrevista na minha casa na tarde de segunda feira da próxima semana. <br />
"Legal ! Helena vem ás 15:00 hs , o fotógrafo ás 19:00 hs... ai ai ai meu Deus. Marquei a instalação do corrimão na parte da tarde também. Vou dar a entrevista com os técnicos fazendo barulho de furadeira..."<br />
Grávidas precisam de corrimão e na minha casa ainda não tinha. O último item que faltava. E grávidas precisam de Memorex ou de muito peixe ou de Ômega 3 pois são incapazes de registrar muitas coisas na memória e de FOCAR. Mas deixo o tema "memória" para outro post. Não falei que o "universo barriga" é muito rico ?<br />
Sexta feira daquela semana percebo que a pia da cozinha está lenta para escoar a água. Dou uma fuçadinha, uma bombadinha com o desentupidor e percebo que ela piorou muito... mais ainda... parou geral... ENTUPIU DE VEZ !<br />
Sábado foi feriado de Tiradentes e nenhum encanador sequer atendeu o telefone.<br />
Domingo é o sétimo dia e foi reservado para descanso pós criação.<br />
Segunda feira: dia de concertar a pia mas nosso carro ficou enciumado e queria uma atenção toda especial só para ele. Resolveu pifar também.<br />
Ás 8:00 hs da manhã tinha um guincho na porta de casa levando o carro para uma oficina mecânica. Eu tinha ginecologista ás 11:30 hs, e a tarde tinha corrimão, Helena e fotógrafo. Isso era o que eu pensava...<br />
O coitado do meu amor teve que faltar na faculdade que dá aula para resolver a história do carro enquanto eu ia para casa da minha mãe de metrô pegar o carro dela para poder ir ao médico.<br />
Viva as mães, pelo menos a minha, que está sempre PRONTA para me ajudar!!! Viva !!! Viva a mamãe Regina !<br />
Meu médico nunca atrasa. Naquele dia ele atrasou !<br />
Sai do médico no Itaim ás 13:50 hs e fui para a Pompéia, comi uma mixirica, os caras do corrimão já estavam em serviço, dei uma organizada na casa para receber a Helena e logo mais a campainha já estava tocando. <br />
"Nossa! Que pontual essa jornalista, coisa boa ! Minha explicação de como chegar aqui é realmente eficiente... 15:00 hs em ponto!"<br />
Com Helena falei sobre a minha vida toda pois ela começou me perguntando como conheci meu marido e como começou nosso casamento!!! E como tudo na minha vida é uma novela, já viram o tempo que a entrevista durou. TRÊS horas. Durante três horas falei sem parar sem respirar, sem beber água ( o que é um absurdo e raro pois minha garrafinha de água é minha grande companheira de jornada gravidez) e só com uma mixirica no estômago.<br />
Relembrei e revivi passagens da minha história que hoje me fazem ser quem sou e como sou. Falei de coisas muito íntimas e revelei "segredos" de adolescência e juventude.<br />
Pensar na linha do tempo que teve início quando eu comecei a criar o espetáculo " Meu trabalho é um parto" e como tudo se desenrolou, me possibilitou organizar as idéias e refletir novas possibilidades de POSTS, PARTOS, PRATOS, PLANOS...<br />
Porque os PRATOS no meio de PARTOS e PLANOS ?<br />
Porque eu cozinho e falei rapidamente sobre minha passagem pela cozinha.<br />
No meio de tudo isso os caras do corrimão se retiraram de cena, meu marido foi a pé ao mecânico buscar o carro com seu joelho "recém" operado e frágil e logo a campainha toca com os encanadores e seus apetrechos para salvar a minha pia e minha vida doméstica.<br />
O telefone tocou 2 vezes e não atendi. Um número não conheço, o outro é Poliana minha amiga do Lar Express. Ela pode esperar, estou com a jornalista da VEJA !!!<br />
Da pia começou a sair um cheiro medonho e uma borra preta nojenta que parece COCO. Um barulho insuportável do aparelho de desentupir e meu marido com sua potência vocal de grande ator em diálogo com os novos personagens recém chegados à cena.<br />
Levei Helena para conhecer minha casa, mostrei roupinhas do Ian, dei um livro com dedicatória de presente e nos despedimos. Eram 18:00 hs. Galdino meu marido tinha que sair para dar aula, o serviço dos encanadores tinha acabado mas meu dia ainda não. Eu tinha a cozinha para limpar e tudo que fica no armário em baixo da pia para arrumar, maquiagem para fazer pois o fotógrafo ia chegar, e alguma coisa eu tinha que comer !!! A mixirica passou o dia sem amigos no estômago! Eu nem estava com fome, mas grávidas precisam comer de 3 em 3 horas.<br />
"Ai que nojo essa coisa preta podre nojenta no chão, no armário, nos meus tupperwares ! Uma grávida não merece limpar sujeira de esgoto de pia entupida"<br />
Alguém já viu uma grávida subindo escada, amarrando um sapato ou fazendo faxina ? Já tiveram o "prazer" de ouvir a respiração ofegante de uma pançuda de plantão?<br />
No final da limpeza e arrumação eu já não suportava mais me ouvir respirar.<br />
Me maquiei e comecei a preparar algo para comer quando o fotógrafo chegou.<br />
"Nossa ! Que Pontual ! Esses profissionais da Veja heim ? Que maravilha de pontualidade."<br />
Mostrei minha casa , meu quarto e opções de foto para o Fernando. Muitas ele não gostou, mas a que gostou e valeu foi : Veri, dentro do berço do Ian com quadro da arte do espetáculo".<br />
Ás 20:00 hs Fernando deixa meu lar com sua super câmera e guarda chuva de flash no carro com motorista da Editora Abril e adesivo " REPORTAGEM" no capô e eu fiquei com meu prato de arroz, feijão preto, bolinhos de carne moída feitos em Minas pela Maria José, abóbora refogada e salada.<br />
"Agora vou comer. Que delícia! E depois não tem mais nada para fazer. Sentarei no sofá, vou sentir o Ian dançar dentro de mim e ver AVENIDA BRASIL. Obrigada João Emanoel Carneiro, você nem sabe da minha existência mas gosto de acreditar que seus colaboradores e você estão escrevendo a novela para mim, pensando em mim e na minha gravidez."<br />
Meu celular toca.<br />
" Que número é esse? Ai meu Deus... quem será ? Ainda bem que ainda não começou minha novela."<br />
- Oi Veridiana, boa noite. Quem fala é Marina. Sou jornalista da Band News Fm e gostaria muito de te convidar para fazer parte do programa Alta Frequência que vai ao ar ás sextas feiras das 17:00 hs ás 19:00 hs. São 2 horas ao Vivo de programa e como o tema é relacionado ao dia das mães, achamos que você tem tudo a ver. Você topa? Vamos ter que fazer uma pré entrevista agora, tudo bem?<br />
Fiquei no telefone até 21:00 enquanto o arroz e feijão me esperavam esfriando no prato e provavelmente pensavam: " Como ela fala não ?".<br />
Depois de comer fui procurar saber quem havia me ligado nos dois telefonemas não atendidos durante a entrevista com a Helena.<br />
Poliana além de querer saber o nome do Buffet de crepes que fez meu casamento me contou a triste notícia da morte por afogamento do namorado de uma amiga que acabou de alugar apartamento para ir viver com o novo amor. <br />
O outro telefonema era de um estúdio de locução. Eu tinha perdido um trabalho...<br />
" Não acredito! Gastos inesperados com desentupimento de pia e carro quebrado e eu não atendo um telefonema com oferta de trabalho? Meu Deus!!! Quero fazer a peça do Jô, Os donos da CULT que administram o Renaissance interromperam minha temporada em um e-mail e quero me vingar deles, preciso ganhar dinheiro para ajudar meu marido, quero fazer uma novela do João Emanoel Carneiro, esse feijão está me dando azia, meu nenê não está mexendo como de costume neste horário. Que saco tudo isso! Por que ? Por que? "<br />
Um segundo mais e registro a notícia da morte do namorado da minha amiga e penso que minha azia e não fazer a peça do Jô são questões ridículas diante da morte por afogamento de um jovem recém " casado".<br />
"Como sou ridícula e ingrata com a minha história. Valoriso pouco o que tenho, que vergonha de mim! Afinal, não é todo mundo que é 'personagem' de uma matéria de capa da Veja São Paulo depois de ser convidada para fazer uma peça com o Jô."<br />
A novela começa, Marcos Caruso e todo o elenco conseguem me distrair e divertir afastando meus pensamentos tolos, medos e neuroses me envolvendo na trama bem construída por João Emanoel Carneiro.<br />
"Que maravilha a forma como ele escreve para todos os atores. Todos os personagens são bons e bem desenhados! Quero fazer uma novela dele, quero trabalhar com esse cara e falar o texto escrito por ele. Pode ser que isso nunca aconteça e ele jamais saberá a relação que criei com sua novela na minha gravidez. Não! Ele precisa saber o que eu penso e sinto por Avenida Brasil... Ai meu Deus que azia... preciso alimentar meu "filho" Blog e fazer juz a ser matéria de capa... e o Jô?..."<br />
Quando eu ia entrar em parafuso de novo e recomeçar com meus devaneios que não me levam a nada, Eliane Giardini desce a escadaria da casa de Tufão.<br />
Lembro que ainda não havia utilizado os "serviços" do corrimão recém instalado na minha escada bem mais simples que da mansão de Tufão e penso: "João Emanoel Carneiro, agora eu tenho um corrimão! Tenho sua novela e onde me apoiar para subir e descer a escada. Toda grávida precisa de um corrimão e uma boa novela para acompanhar."<br />
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<span style="background-color: #f6b26b; color: #cc0000; font-size: large;">Ao acabar o capítulo da novela fui até a escada e testei meu corrimão. Ele é ótimo!</span></div>
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<br />Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-7838684263051616362012-04-21T07:31:00.001-07:002012-04-29T07:09:12.781-07:00Perdas e Partos 2 ou : Preciso falar com o JÔ ou : Interrogações de uma vida de "comos" e "por ques".Era 21:21 hs de quarta feira dia 18 de Abril. Eu estava assistindo a novela "Avenida Brasil" quando chegou um torpedo avisando uma chamada perdida de um número que desconheço.<br />
"Quem será que me ligou na hora da minha novela?"<br />
A cada capítulo de "Avenida Brasil" agradeço por telepatia João Emanoel Carneiro por me presentear na gravidez com uma novela tão bem escrita. Grávidas ficam muito em casa e o horário da novela das 9 é momento de recolhimento, pernas para cima ( de novo as varizes) e muitas lágrimas nas cenas de amor dos protagonistas mirins e adultos.<br />
Liguei para o telefone indicado no torpedo: REDE GLOBO.<br />
"Oi, boa noite. Me ligaram aí da Globo, quem foi heim ?"<br />
Não tem como saber quem, nem de que programa me ligaram , a ligação cai na central com a telefonista.<br />
Ela foi simpática e disse que infelizmente não tinha como ajudar.<br />
Na hora minha cabeça entrou em ação tentando decifrar o mistério e as possibilidades.<br />
"Ah !! Dever ter sido a Renata , produtora do Jô, ou o Zeca Bittencourt do elenco!"<br />
Tudo passou pela minha cabeça, a possibilidade de um convite para uma nova entrevista agora que estou grávida, ou para falar do livro que foi lançado pela Giostri, o teste para um trabalho ou renovação de material de vídeo...<br />
Enquanto procurava o telefone da Renata, liga um dos "padrinhos do PARTO", Douglas Picchetti, e diz que tinha acabado de receber um telefone do Jô Soares, que ele estava me procurando para fazer um convite de trabalho; o novo espetáculo que ele vai dirigir. Mas soube que estou grávida e só queria confirmar e dizer que ficava muito feliz pela minha conquista.<br />
"Meu Deus, que loucura Doug, estava ligando para a Globo e para a Renata agora! Como o telefone não tocou ? Como uma chamada perdida? Como um convite nestas proporções (em vários sentidos, afinal estamos falando do JÔ) na situação em que me encontro; GRÁVIDA ? Como não falar com ele ao telefone? Como ? Como ? Como ? Como ? Como ? Por que ? Por que ? Por que ? Por que ? Por que ?"<br />
Ligo na sequência para a Globo de novo.<br />
- Telefonista. Foi o Jô quem me ligou ! Pode uma coisa dessas ? Tem como eu falar com ele? Me ajuda , não é qualquer dia que recebemos um telefonema do JÔ.<br />
Ela foi super simpática, ligou para o fixo da sala dele, já não estava mais. Me disse que a gravação tinha acabado de terminar. Me deu o número e disse para ligar semana que vem. Quinta ele não grava.<br />
Liguei para a Renata, é o único canal de contato que tenho. Ela não atende. Penso em Cássio Scapin. " Como? o telefone dele sumiu da agenda do meu celular?" Mais um "Como" , mais um " Por que".<br />
Mandei então um torpedo para a Renata e deixei um recado de voz na caixa postal.<br />
Grávida louca insistente.<br />
E tudo isso na companhia do meu amor que teve que aguentar depois os lamentos e as lágrimas.<br />
" Não é possível! Preciso falar com o Jô. Ele tem que saber que eu soube que ele me quis ! Que ele pensou , lembrou de mim para uma peça. Ele disse! Ele falou ao final da entrevista no cenário do programa que um dia ainda trabalharíamos juntos. Chegou a hora ! Mas não chegou... Não posso, tô grávida. Ninguém quer uma grávida para trabalhar."<br />
Resolvi escrever um e-mail para a Renata. Preciso do endereço eletrônico do Jô. Meu celular ficou na parte de baixo da casa e eis que quando eu estava finalizando a mensagem, o celular toca. Era a Renata. Meu celular fala o nome de quem está ligando dos registrados da bina com uma voz ridícula eletrônica no meio de uma música mais eletrônica e ridícula ainda. "Por que escolhi esse toque ridículo para meu celular?"<br />
Saí correndo, desci as escadas de forma "nada grávida".<br />
- Oi Rê! Estava te mandando um e-mail agora, grávida insistente! Cê viu que história louca? Sou expulsa do Renaissance a semana passada, passo essa implorando a Deus um prêmio de consolação e ele me manda o prêmio pela metade. Uma chamada que não se completa, um convite que não tenho como aceitar... Que loucura !!!<br />
- O prêmio de consolação não veio pela metade não Veri, olha quem está do meu lado e quer falar!<br />
- JÔ !!! Ai Jôôôôôô... Que delícia, que loucura...<br />
- Veri, fico muito feliz pela sua gravidez e triste de você não poder fazer a peça. Quando o nenê nasce?<br />
- Em agosto Jô...<br />
- É, não tem como você fazer a peça mesmo. Mas eu desejo muita sorte para você. Outras oportunidades virão.<br />
- Eu sei Jô. Você me disse no dia da gravação da entrevista que íamos trabalhar juntos, eu acreditei e você cumpriu! Tenho um novo projeto e só consigo pensar em você para me dirigir. MUITO OBRIGADA viu ?<br />
- Beijo do GORDO !<br />
"Meu Deus , meu Deus , meu Deus , meu Deus o Jô me ligou ! Falei com o Jô por telefone. Ele me convidou para fazer uma peça e eu não posso"<br />
Meu marido perguntou qual o texto, o papel, que teatro e eu não sabia responder nada. Não quis saber, não vem ao caso agora, saber tudo isso seria aumentar a minha dor.<br />
Aí começam as indagações, a elucubração o questionamento com o Divino, com o Universo. <br />
Por que ? Por que só gora esse convite? Por que não antes? Por que não depois ?<br />
Escrevo uma peça para poder trabalhar na gravidez já que atrizes grávidas não globais não tem como ganhar a vida na gestação. <br />
Engravido e meu projeto é indeferido no Proac. Entro com recurso, refaço orçamento e fico sabendo que o projeto será aprovado no dia que sei que o bebê havia morrido dentro de mim, seu coração estava parado.<br />
Engravido de novo e fico sabendo que a Kimberly quer me patrocinar. Perco outro bebê.<br />
Sai o patrocínio. Estreio sem estar grávida. Ganho lá um dinheirinho, guardo para o tempo de vacas magras ( ou grávidas gordas), engravido. Sou convidada para ir para o Renaissance e vou sem patrocínio sem mídia e muita ajuda de parceiros. Não ganho um tostão furado. Minha temporada é interrompida no Renaissance e de um dia para outro não estou mais em cartaz e em seguida vem um telefonema assim ?<br />
Para me fazer ter certeza de que ninguém quer uma pançuda para trabalhar, nem mesmo o GORDO ...<br />
Para quem viu " Meu trabalho é um Parto" sabe o sentido que tudo isso tem. Eu começo a peça sendo recusada em um teste de trabalho por estar grávida e saio pedindo emprego para o público.<br />
"Oi, você não teria um emprego para me dar ?"<br />
Nestas horas colo de marido, ombro de mãe e mensagem de amigos é o que conforta além de Fé.<br />
E paciência. Temos que ter. Esperar esperar e esperar. Afinal, esperança é a última que morre.<br />
Vamos esperar o meu nenê nascer, cuidar, amar, ver crescer e depois voltar a trabalhar.<br />
Ainda bem que a telefonista da Globo me deu o telefone da sala dele.<br />
Já tenho para onde ligar assim que Ian desmamar, desfraldar, des des des...<br />
- Alô, JÔ !!! Você tem um emprego para me dar. O Ian já nasceu e já não sou mais uma grávida. Você me quer para trabalhar?<br />
Tenho mais essa história para contar no livro "A história das histórias de meu trabalho é um parto" que está no forno. E que o Ian nunca se sinta culpado por me impedir de trabalhar com o Jô neste momento da minha vida. Tadinho... ele não tem culpa de nada; o meu anjinho.<br />
Mas as novidades deste dia não acabaram:<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYCwEU3oycIoSr7c9_O0qpuuXBqXFbOtVuyXL5fbWfm2_Va42Sfdn1nyC-EoMjbXEtNueFHMpU2RJG_XM_8SxP8Iz31AH601YQb3XdWm_PtOdtQoaH-DB4qe5jKbyXI3GQeyeDS94TOxAX/s1600/Veri+e+J%C3%B4+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="107" qda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYCwEU3oycIoSr7c9_O0qpuuXBqXFbOtVuyXL5fbWfm2_Va42Sfdn1nyC-EoMjbXEtNueFHMpU2RJG_XM_8SxP8Iz31AH601YQb3XdWm_PtOdtQoaH-DB4qe5jKbyXI3GQeyeDS94TOxAX/s320/Veri+e+J%C3%B4+3.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: #f1c232; font-size: large;">Tem o segundo telefonema, aquele que me fez "dar de mamar" ao blog com mais afinco, e esse fica para a próxima mamada.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /><span style="background-color: #f1c232;"></span></span><br />
<br />Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-52902996077662820542012-04-19T12:31:00.002-07:002013-04-02T13:46:09.504-07:00PERDAS E PARTOSEssa semana começou "lacrimosa" e melancólica para mim. Através de um e-mail pouco simpático e cuidadoso, recebi a notícia de que minha temporada no Renaissance estava encerrada. <br />
Mas como assim ? Havíamos combinado a prorrogação da peça, não o término. Eu ia assinar contrato !!!<br />
"É meu bem, ia... Não vai mais ! Quem mandou confiar na palavra de pessoas que são desafeto de muitos, gente que coleciona inimigos e processos na justiça? "<br />
Tenho o péssimo hábito de confiar na palavra mesmo de quem não confio. Talvez me ache importante o suficiente para acreditar que COMIGO NÃO. <br />
Ledo engado. <br />
COMIGO SIM !<br />
Um dia antes de me apresentar, que pecado! Tiveram 12 dias para me comunicarem a decisão de não manterem a peça em cartaz e só fizeram isso um dia antes da apresentação daquele fim de semana.<br />
"Haverá um evento que está marcado desde novembro do ano passado."<br />
E por que não me avisaram quando combinamos que a temporada seria prorrogada ?<br />
Que sacanagem, não se faz isso com ninguém muito menos com uma Grávida !<br />
Ingressos vendidos, novos contratos de parceria assinados, novas promoções divulgadas, Revista VEJA, Folha e Estado anunciando apresentação normal e uma correria desenfreada para avisar todo mundo da rasteira que levei.<br />
Que tristeza ter feito a última apresentação sem saber que era a última, que tristeza interromper um processo que justificava a existência da peça; a necessidade e desejo de trabalhar durante a minha gravidez.<br />
E agora ? O que vou fazer ? Vou espalhar aos 7 ventos quem são esses sacanas, ordinários, mau caráter, desonestos, descomprometidos, desnecessários. Irei a imprensa, vou contar para todo mundo os podres que sei sobre eles e sobre a CULT, empresa que são donos. Dívidas, trambiques, mentiras. Sei de muita história errada, não posso ficar calada, alguma coisa tenho que fazer.<br />
" Você não vai fazer nada Veridiana, agora é hora de não fazer nada. Você está grávida, tem algo muito mais importante para se preocupar, seu filho, o Ian que está na sua barriga e não merece uma mãe louca por vingança criando ódio e rancor no coração. Os caras são bandidos e todo mundo sabe, não é novidade para ninguém. Não sofreram consequência alguma das sacanagens que fazem até agora sendo que já aprontaram coisa muito pior, não vai adiantar nada. O universo se encarrega de dar o troco."<br />
Entendo, concordo mas o universo já está encarregado de dar troco em muita gente. Ele não vai ter tempo para o meu caso. É "brasileirismo" de mais aceitar a coisa como está, achar que não vai adiantar nada e ficar de braços cruzados. No meu caso de braços cruzados e pernas para cima por causa das varizes da gravidez. <br />
O Brasil está como está porque a corrupção, sacanagem e falta de vergonha na cara começa de baixo, e nunca ninguém faz nada, não posso aceitar !!!!!!!!!!!!!<br />
Deixei o desejo de vingança de lado em banho Maria. <br />
Vamos cuidar então do meu nenê que está aqui empurrando tudo, me proporcionando uma relação de muita intimidade com meus sucos gástricos e com meus hormônios. Vamos cuidar do quartinho dele que ainda está desarrumado, sem decoração, sem cuidados. Vamos no Buddha fazer drenagem , na academia cuidar dos quilos e na Vilma receber massagem no sacro.<br />
Que delícia VILMA !!<br />
Ela começou colocando a mão na barriga e o Ian desembestou a dança dentro de mim, mas quando começou a massagear de fato e mexer em pontos de DO IN...<br />
Meu Deus, o Ian vai sair pela boca Vilma!<br />
A melhor parte de uma gravidez é sentir o nenê se mexer. Principalmente no meus caso que já vivi perdas e carrego de alguma forma, mesmo que pequeno, o "fantasma do medo". Sentir o nenê mexer é saber que ele está VIVO.<br />
MEXE MESMO IAN MEXE PARA A MAMÃE FICAR TRANQUILA.<br />
Depois de uma hora e maia com Vilma, volto ao meu lar relaxada e feliz pensando que está tudo bem, que tudo será bom e que Deus não nos dá uma cruz mais pesada do que podemos carregar e que a minha é mais leve do que a de muitos nesse mundão a fora.<br />
O que eu não sabia era o que Ele estava reservando para mim, dois telefonemas. Um que mexeria estruturalmente com minhas emoções. O outro que me faria sentar na frente do computador e dar uma atenção a este BLOG, alimentar este "filho" um pouco rejeitado por falta de tempo, mas também muito amado como a PEÇA e o LIVRO, os "outros filhos".<br />
Filhos do PARTO.<br />
Sobre o telefonema que mexeu com minhas emoções eu deixo para depois, afinal alimentamos nossos filhos de horas em horas , todos os dias, para sempre...<br />
E a próxima "mamada do Blog" será reservada para as interrogações.<br />
Muitos "Por ques" pela frente, assuntos suficientes para muitas refeições e motivo para a necessidade de muito DO IN.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvrX7V58_YTsBEC1G8l7JZJ5ZfJqvrAn6WBnBXc7LqDrz5Iv0-Nv_j35JqEIH8P3ODrVjOtN5p25O-qMBprUJ7heB0x1QAx9_dKqPdame01wP43axa3bNlzsaWKg-T2Y7ZryYeDr6sHq4Z/s1600/DO+IN.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" qda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvrX7V58_YTsBEC1G8l7JZJ5ZfJqvrAn6WBnBXc7LqDrz5Iv0-Nv_j35JqEIH8P3ODrVjOtN5p25O-qMBprUJ7heB0x1QAx9_dKqPdame01wP43axa3bNlzsaWKg-T2Y7ZryYeDr6sHq4Z/s1600/DO+IN.jpg" /></a></div>
Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-9980250910901692382012-04-01T05:22:00.000-07:002012-04-30T12:11:51.213-07:00VILMA NISHI !!!!Vai chegando fim de semana e meu coração vai ficando apertadinho e medroso de termos um público mixo e volume de pagantes insuficiente para o mínimo do teatro, as despesas com equipe técnica, taxas de cartão de crédito, valor cobrado por emissão de cada ingresso e todos os custos que envolvem uma produção de teatro.<br />
É sempre uma incógnita.<br />
O espetáculo é ADORADO por todos que assistem, a resposta do público é maravilhosa SEMPRE e sei que a grande maioria sai do teatro feliz, satisfeita e indicando a peça para os amigos, porém... O resultado de bilheteria nunca é de acordo com que ouço do público, dos e-mail e mensagens de facebook que recebo semanalmente e do boca a boca que já se formou em torno do PARTO.<br />
Um pecado, pois isso me leva a pensar em parar a temporada toda semana.<br />
Uma grávida não merece trabalhar sem ganhar. Aliás, ator nenhum no mundo merece trabalhar sem ganhar mas essa é nossa triste realidade. Normalmente pagamos para estar no palco.<br />
Ontem tive uma presença especial de mais na platéia o que me fez sentir algo maravilhoso e receber uma carga de GARRA e profundo desejo de "parir" para muita gente nessa vida ainda.<br />
Antes de começar a apresentação pensei: " Essa é a penúltima, semana que vem encerro a temporada e vou cuidar do enxoval e quartinho do Ian. Chega de sofrer pelo Teatro !"<br />
A decisão foi mudada depois de abraçar a Vilma.<br />
Uma das personagens reais mais LEGAIS do espetáculo foi me prestigiar depois de muito esperá-la.<br />
VILMA NISHI.<strong> VILMA VILMA VILMA VILMA VILMA</strong> . Viva a Vilma !<br />
A parteira mais amada e querida entre as grávidas de São Paulo e que "fez" o parto da Tata no nascimento da Luna. E FEZ ( sem aspas) o segundo parto no nascimento da Maia.<br />
Luna nasceu decretando sua independência e não precisou da ajuda de ninguém. Tudo de repente, num rompante, num " CRÁ", e Vilma por telefone orientou e acalmou Daniel, pai da Luna e da Maia.<br />
Tudo isso é relatado na última e mais "lacrimosa" cena de " Meu Trabalho é um Parto", a cena que faz o público compreender que estamos alí não só para fazê-los gargalhar e passar um momento divertido no fim de tarde de um sábado qualquer. Mas que nossa paixão pelo ofício de interpretar e nosso comprometimento com a VIDA nos faz compreender a necessidade de alertar a todos para a BELEZA que envolve o nascimento de um novo corpo habitado por uma alma que ocupará nosso planeta terra e certamente fará DIFERENÇA trazendo mais sentido para a existência de pelo menos duas pessoas; o papai e a mamãe.<br />
Vilma é responsável na colaboração da chegada de muitos destes corpinhos, habitados por almas velhas, novas, que já viveram aqui, alí, lá longe...<br />
A presença da Vilma ontem no Renaissance fez reNASCER em mim a chama da coragem para continuar lutando por algo que acredito muito e que merece além de elogios, prestigio, admiração, orgulho e até adoração de vários, retorno financeiro e menos agonia no peito a cada fim de semana que chega.<br />
Sigamos em frente PARINDO aos sábados se Deus quiser até bem próximo ao parto do Ian.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOVLkph_TFTlI62Y1DKK-8Hm_238I42-kcPKK-lJCYGUbC4nlAurJ9MkZsNp1CAgyy9MYPiflhpiKgetOiY9waadOTpb7T2cOopGc8NvllfTBG3eQzo48p0YWI22y1KPi9uW8NWqTeyftv/s1600/vilmanishi1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" dea="true" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOVLkph_TFTlI62Y1DKK-8Hm_238I42-kcPKK-lJCYGUbC4nlAurJ9MkZsNp1CAgyy9MYPiflhpiKgetOiY9waadOTpb7T2cOopGc8NvllfTBG3eQzo48p0YWI22y1KPi9uW8NWqTeyftv/s320/vilmanishi1.jpg" width="279" /></a></div>
<span style="color: orange; font-size: large;"><strong><em>Obrigada Vilma !!</em></strong></span>Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7375346764492912294.post-70491123725491351632012-03-05T01:59:00.001-08:002012-03-05T02:41:27.736-08:00Voltando ao palco de barriga verdadeiraEscrevi o espetáculo<strong> "Meu Trabalho é um Parto"</strong> para ter como trabalhar durante minha gravidez, quando eu engravidasse.<br />
A idéia começou a ser desenvolvida em 2009 quando comecei a "colher" histórias de gestações de amigas, parentes e até mesmo desconhecidas e tudo aconteceu por internet.<br />
Durante o processo de criação do texto, inscrição do projeto nas leis de incentivo a cultura, reprovação do projeto, entrada com recurso para nova tentativa, aprovação, captação de recurso, busca por parceiros, por teatro, produção do espetáculo ( cenário, figurinos, adereços, fotos, festa de estreia, divulgação e promoções) engravidei algumas vezes e tive a infelicidade de perder bebês.<br />
Estreei a peça em Agosto de 2011, fiz uma temporada de 3 meses e meio no Teatro União Cultural, me apresentei em algumas cidades do interior e em meados de novembro engravidei.<br />
Poder trabalhar grávida foi tudo o que eu sempre quis e planejei e reestrear a peça com uma barriga de verdade seria providencial.<br />
Recebi o convite para fazer uma nova temporada no <strong>Teatro Renaissance</strong> e dia 25 de Fevereiro de 2012, "parimos" para um público de 450 pessoas e muita emoção no Bairro dos Jardins dentro de um dos hotéis mais conhecidos de São Paulo em um teatro com lotação máxima.<br />
Foi um recomeço lindo com um público disponível ao riso e lágrimas , qie jogou junto nos 55 minutos de apresentação, aplaudindo diversas vezes em cena aberta e relembrando suas histórias pessoais.<br />
Hoje grávida de exatas 17 semanas de um menino que já se chama Ian, tenho o enorme prazer de dividir com meu público as delícias e loucuras de uma gestação com SUCESSO ! O mesmo acontece com minha vida em cima do palco interpretando as 12 personagens que dão vida às histórias que relato.<br />
Agora temos um "irmãozinho" da peça que é o livro lançado pela Editora Giostri no dia 25 junto a reestreia.<br />
E a prole vai crescendo, as possibilidades com o projeto aumentando e minha vida ficando cada vez mais rica de deliciosas experiências e emoções que envolvem todos esses <strong>PARTOS</strong> na companhia de novos e fu amentais Parceiros como a Arte Plural, a Zazou Moda para gestantes e uma companheira chamada Camila Sartorelli que é madrinha, enfermeira, babá e cuidadora deste bebê .<br />
Voltar a dar atenção, amamentar, e cuidar deste Blog faz parte desta nova fase dos cuidados com as crias e conto com as leitoras para que este filho volte a se desenvolver com saúde.<br />
Bom retorno para todos nós !<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhivmS1JRp7XWtrycxGgu_Wf9DFKlq8qEca5EP4681AE5N7ca0fQ3H9UhqLJ26vTEYzqtQRzVlMsj8hqSzuGERnlJLyl7kGWQSnh2odT48JScpRVSVjid0K6b1hdW2QALfv3BMOnOLmxDft/s1600/e-mail+marketing+campanha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhivmS1JRp7XWtrycxGgu_Wf9DFKlq8qEca5EP4681AE5N7ca0fQ3H9UhqLJ26vTEYzqtQRzVlMsj8hqSzuGERnlJLyl7kGWQSnh2odT48JScpRVSVjid0K6b1hdW2QALfv3BMOnOLmxDft/s320/e-mail+marketing+campanha.jpg" uda="true" width="320" /></a></div> Veridiana Toledohttp://www.blogger.com/profile/15695783624902977763noreply@blogger.com10